Substituição de Parabenos em Formulações Cosméticas
publicado em 09/06/2021
A Alencar Barbosa, AC Menezes Santos, AF Silva Ramalho Garcia
Escola de Ciências da Saúde, Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo SP, Brasil
Neste trabalho de revisão, os autores pesquisaram quais razões justificariam a substituição dos parabenos na formulação de produtos cosméticos por outros preservantes. São feitas avaliações quanto aos possíveis efeitos cancerígenos, como irritantes e como alergênicos, tanto em produtos para adultos como para produtos infantis.
In this review work, the authors researched the reasons that would justify the replacement of parabens in the formulation of cosmetic products by other presevatives. Assements are made as to the possible carcinogenic effects, as irritants and as allergens, in products for both adults and chiledren.
En este trabajo de revisión, los autores investiagaron las razones que justificarían la substituición de los parabenos en la formulación de productos cosméticos por otros conservantes. Se evalúan los posibles efectos cancerígenos, como irritantes y como alérgenos, en productos tanto para adultos como para niños.
Materiais e Métodos
Revisão de Literatura
Resultados e Discussão
Mercado
Conclusão
Segundo a RDC n.º 7, de 10/2/2015, cosméticos são preparações constituídas de substâncias naturais ou sintéticas e de uso externo nas diversas partes do corpo humano, como pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-las, perfumá-las, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais e/ou protegê-las ou mantê-las em bom estado. Pelo grau de risco que oferecem são classificados em grau 1 (produtos com risco mínimo) e grau 2 (produtos com risco potencial), tendo em vista a finalidade do uso do produto, as áreas do corpo abrangidas, o modo de usar e os cuidados a serem observados quando ocorre sua utilização.3
Nos últimos tempos, os consumidores de cosméticos têm aumentado imensamente a demanda por produtos que trazem benefícios para a saúde e causam bem-estar, fato que tem gerado a busca de opções de consumo cada vez mais saudáveis. Sensível a essa tendência, a indústria cosmética global apresenta, a cada ano, uma série de novos produtos com os apelos de alta tecnologia, sustentabilidade, segurança e de serem saudáveis.31
Para visualizar o restante do artigo faça seu login ou então se cadastre gratuitamente e acesse todo o conteúdo disponível.
1. Abihpec. Panorama do Setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos 2019. On-line. 2019. Disponível em: https://abihpec.org. br/publicacao/panorama-do-setor-2019-2/. Acesso em: 24/9/2019
2. Antonelli AB et al. Cosmético infantil. In: Simpósio de Assistência Farmacêutica 2, 2014, São Paulo. Cosmético Infantil. São Paulo: Centro Universitário São Camilo, 2014. Disponível em: <http://www. saocamilo- sp.br/novo/eventos-noticias/saf/resumo-17.pdf>. Acesso em: 8/9/2019
3. Brasil. Anvisa. RDC nº 7, de 10/2/2015. Dispõe sobre os requisitos técnicos para a regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e dá outras providências. DOU 30/8/2019
4. Brasil. Anvisa. RDC nº 29, de 1/7/2012. Aprova o Regulamento Técnico Mercosul sobre “Lista de Substâncias de Ação Conservante permitidas para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes” e dá outras providências. DOU 7/9/2019
5. Cadiotto AA, Wayhs AFF, França, AJBV Reações Adversas a Cosméticos e o Profissional da Estética. TCC (Graduação) - Curso de Cosmetologia e Estética, Universidade Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, 2010
6. Castelain F, Castelain M. Parabens: a real hazard or a scare story? Eur J of Derm 22(6):723-7, 2012
7. Chorilli M et al. Toxicologia dos Cosméticos. Lat Am J of Pharm 26(1): 144-154, 2007. Disponível em: <http://www.latamjpharm.org/ resumenes/26/1/LAJOP_26_1_6_1.pdf>. Acesso em: 27/4/2019
8. Coelho CS. Parabenos: Convergências e Divergências Científicas e Regulatórias. Dissertação (Mestrado) - Curso de Toxicologia, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2013
9. Comissão Europeia. Regulamento (UE) nº 1004/2014 da Comissão de 18/9/2014 que altera o anexo V do Regulamento (CE) nº 1223/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo aos produtos cosméticos. Disponível em: http://eurlex.europa.eu/legal[1]content/PT/TXT/PDF/?uri=OJ:JOL_2014_282_R_0002&fro m=PT. Acesso em: 8/9/2019
10. Corrêa GOP. Avaliação in vitro da citotoxicidade e potencial de irritação de conservantes antimicrobianos utilizados em cosméticos. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Araraquara, 2018. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/ bitstream/handle/11449/152947/correa_gop_me_arafcf_par.p df?sequence=9&isAllowed=y. Acesso em: 22/9/2019
11. Darbre PD, Aljarrah A, Miller WR, Coldham NG, Sauer MJ, Pope GS. Concentrations of parabens in human breast tumours. J of Ap Tox 24(1):5–13. 2004
12. Darbre PD, Pope GS, Coldham NG, Aljarrah A, Miller WR, Sauer MJ. Reply to Robert Golden and Jay Gandy. J of Ap Tox 24(4):299–301, 2004
13. Darbre PD, Harvey PW. Paraben esters: review of recent studies of endocrine toxicity, absorption, esterase and human exposure, and discussion of potential human health risks. J of Ap Tox28(5):561–578, 2008
14. Fernandes JPS et al. Estudo das relações entre estrutura e atividade de parabenos: uma aula prática. Quim Nova 36(6):890-893, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/qn/v36n6/26.pdf. Acesso em: 4/5/2019
15. Fransway AF et al. Parabens. Dermatitis 30(1):3-31, 2019. doi. org/10.1097/der.0000000000000429
16. Golden R, Gandy J, Vollmer G. A Review of the Endocrine Activity of Parabens and Implications for Potential Risks to Human Health. Crit Rev in Tox 35(5):435–458, 2005
17. Goossens A. Cosmetic Contact Allergens. Cosmetics 3(1): 5, 2016
18. Heldreth B. Parabenos são seguros. Cosm & Toil Brasil 31(1):36-37, 2019. Disponível em: https://www.cosmeticsonline.com.br/artigo/97. Acesso em: 2/11/2019
19. Hoppe AC, Pais MCN. Avaliação da toxicidade de parabenos em cosméticos. Rev Intertox de Tox, Ris Amb e Soc 10(3):49-70, 2017. doi.org/10.22280/revintervol10ed3.301
20. Monteiro BES. Toxicidade dos produtos cosméticos. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências Farmacêuticas, Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2017. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/ bitstream/10284/6563/1/PPG_27598.pdf. Acesso em: 5/10/2019
21. Pacheco ARB. Parabenos nas formulações cosméticas: sim ou não? Dissertação (Mestrado) - Curso de Farmácia, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, 2018. Disponível em: http://recil.grupolusofona.pt/bitstream/handle/10437/9064/ FINAL%20Trabalho_Ana%2 0pacheco.pdf?sequence=1. Acesso em: 2/11/2019
22. Parente LML et al. Câncer de mama e cosméticos. Arte Médica Am[1]pliada35(1):20-23, 2015. Disponível em: http://abmanacional.com.br/arquivo/cfb3f01417789d6e3639ea504c08327eab1dc37b-35- 1-cancer-de-mama-e-cosmeticos.pdf. Acesso em: 4/5/2019
23. Querino ETS, Silva RP. Análise dos riscos à saúde, dos parabenos em cosméticos. TCC (Graduação) - Curso de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal Rural do Semiárido - Ufersa, Mossoró, 2018. Disponível em: http://repositorio.ufersa.edu.br/bitstream/ prefix/1293/1/EdjaTSQ_ART.pdf. Acesso em: 2/2/2019
24. RCS Advancing the Chemical Sciences. Why do we worry about parabens? Piccadilly: Real Society of Chemistry, 2012. Disponível em: https://www.rsc.org/images/parabens_tcm18-219158.pdf. Acesso em: 10/10/2019
25. Routledge EJ, Parker J, Odum J, Ashby J, Sumpter JP. Alguns con[1]servantes de alquil hidroxi benzoato (parabenos) são estrogênicos. Tox and Farm Appl 153(1):12–19, 1998
26. Sasseville D, Alfalah M, Lacroix, J-P. “Parabenoia” Debunked, or “Who’s Afraid of Parabens?”. Am Contact Derm Soc 26(6):254- 259, 2015. Disponível em: https://journals.lww.com/dermatitis/ Abstract/2015/11000/_Parabenoia Debunked,_or _Who_s_Afraid_ of.3.aspx. Acesso em: 10/5/2019
27. Schulman FG et al. Citotoxicidade in vitro de preservantes cos[1]méticos em linhagem de fibroblastos humanos. Cosm Innov, 2015. Disponível em: https://www.cosmeticinnovation.com.br/ citotoxicidade-in-vitro-de-preservantes- cosmeticos-em-linhagem- -de-fibroblastos-humanos/. Acesso em: 29/10/2019
28. Spadoto M. Avaliação dos efeitos dos parabenos sobre organismos aquáticos e comparação de sensibilidade de espécies. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Ambiental, Escola de Engenharia de São Carlos, São Carlos, 2017. Disponível em: http://www.teses. usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-02102017 81533/publico/ TeseMariangelaSpadoto.pdf. Acesso em: 4/5/2019
29. Tahan GP. Correlação entre o uso de batom e a concentração de parabenos em mulheres expostas ao cosmético. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Alfenas – Unifal, Alfenas, 2015. Disponível em: http://200.131.224.39:8080/ bitstream/tede/733/5/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20de%2 0Ga[1]briella%20Padovani%20Tahan.pdf. Acesso em: 4/5/2019
30. Tavares AT, Pedriali CA. Relação do uso de parabenos em cosméticos e a sua ação estrogênica na indução do câncer no tecido mamário. Rev Multidisc da Saúde 3(6):61-74, 2011. Disponível em: https://revistas.anchieta.br/ index.php/RevistaMultiSaude/article/ view/934/823. Acesso em: 17/10/2019
31. Tozzo M, Bertoncello L, Bender S. Biocosmético ou cosmético orgânico: revisão de literatura. Rev Thêma et Scientia 2(1):122- 130, 2012. Disponível em: https://www.fag.edu.br/upload/ arquivo/1362061231.pdf. Acesso em: 30/4/2019
Deixar comentário
Para comentar é preciso fazer login no sistema.