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Resultados e Discussão
Conclusão

 

 

O estrato córneo (EC) é o único tecido do organismo no qual as células estão num ambiente predominantemente hidrofóbico. A superfície exterior do envelope de cornificação está coberta com lipídeos, ligados covalentemente, para permitir a interação da superfície protéica dos corneócitos com as lamelas lipídicas hidrofóbicas extracelulares. A maturação do EC é um processo equilibrado, no qual a perda de corneócitos da superfície é contrabalançada pela taxa de proliferação celular. Durante o processo de maturação ocorre, ainda, a modificação enzimática dos lipídeos intercelulares do EC verificando-se diminuição da sua polaridade.1 Os fatores naturais de hidratação, presentes em elevadas concentrações nos corneócitos maduros, em conjunto com a estrutura lamelar lipídica do EC proporcionam uma barreira efetiva à perda de água.2,3 A hidratação da pele é influenciada pela velocidade de difusão da água proveniente das células subjacentes da epiderme e pela velocidade de evaporação da água, que por sua vez, depende do filme hidrolipídico, entre outros fatores. É necessário nível crítico de hidratação para manter a flexibilidade do estrato córneo. Assim, é possível admitir que uma alteração, mesmo que pequena, no conteúdo hídrico, possa afetar de forma drástica as suas propriedades.4,5 Se a função barreira falha o tecido perde água, sendo o sintoma mais perceptível a pele seca, denominada xerose.

Esta afecção cutânea manifesta-se freqüentemente em adultos na terceira década de vida, devido ao aumento da perda de lipídeos. Tornou-se aparente que a xerose resulta de perturbações no processo de maturação do EC e na descamação.