Formulações Tópicas para Peles Xeróticas
publicado em 01/08/2006
Telma Martins, Luís F. Gouveia, José Morais, Helena M. Ribeiro
Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal
Desenvolvimento galênico de emulsões A/O e O/A contendo parafina como agente oclusivo. Com posterior incorporação de óleos vegetais com propriedades emolientes para melhorar a sintomatologia de peles xeróticas. Avaliadas características físico-químicas e eficácia das emulsões por ensaio in vivo.
Development of W/O and O/W emulsions containing paraffinum as oclusive agent. Furtherly, vegetals oils with emollients properties were added to improve the sintomatology of xerotics skins. It was evaluated the emulsions physicalchemical characteristics and the emulsions eficacy using in vivo assay.
Desarrollo galénico de emulsiones W/O y A/W contenendo parafina como agente oclusivo. Con incorporación posterior de aceites vegetales com propiedades emolientes parar mejorar la sintomatolgia de las pieles xeroticas. Evaluadas caracteristicas isicoquimica y eficacia de las emulsiones por medio de ensayo in vivo.
Materiais e Métodos
Resultados e Discussão
Conclusão
O estrato córneo (EC) é o único tecido do organismo no qual as células estão num ambiente predominantemente hidrofóbico. A superfície exterior do envelope de cornificação está coberta com lipídeos, ligados covalentemente, para permitir a interação da superfície protéica dos corneócitos com as lamelas lipídicas hidrofóbicas extracelulares. A maturação do EC é um processo equilibrado, no qual a perda de corneócitos da superfície é contrabalançada pela taxa de proliferação celular. Durante o processo de maturação ocorre, ainda, a modificação enzimática dos lipídeos intercelulares do EC verificando-se diminuição da sua polaridade.1 Os fatores naturais de hidratação, presentes em elevadas concentrações nos corneócitos maduros, em conjunto com a estrutura lamelar lipídica do EC proporcionam uma barreira efetiva à perda de água.2,3 A hidratação da pele é influenciada pela velocidade de difusão da água proveniente das células subjacentes da epiderme e pela velocidade de evaporação da água, que por sua vez, depende do filme hidrolipídico, entre outros fatores. É necessário nível crítico de hidratação para manter a flexibilidade do estrato córneo. Assim, é possível admitir que uma alteração, mesmo que pequena, no conteúdo hídrico, possa afetar de forma drástica as suas propriedades.4,5 Se a função barreira falha o tecido perde água, sendo o sintoma mais perceptível a pele seca, denominada xerose.
Esta afecção cutânea manifesta-se freqüentemente em adultos na terceira década de vida, devido ao aumento da perda de lipídeos. Tornou-se aparente que a xerose resulta de perturbações no processo de maturação do EC e na descamação.
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