Formulando para Eficácia
publicado em 01/08/2006
Johann W. Wiechers
Uniqema Skin R&D, Gouda, Países Baixos
Caroline L. Kelly e Trevor G. Blease
Uniqema R&D Department, Redcar, Reino Unido
J. Chris Dederen
Uniqema Personal Care Applied Research and Technical Service Group, Redcar, Reino Unido
Utilizando o Índice de Polaridade Relativa, os autores mostram que a escolha dos emolientes nas formulações cosméticas determina a quantidade total de penetração na pele dos ingredientes ativos, ao passo que a escolha do emulsificante determina sua distribuição no interior da pele.
Via the introduction of the Relative Polarity Index, the authors show that the choice of emollients in cosmetic formulations determines the total amount of active ingredientes whereas the choice of the emulsifier determines its distribution within the skin.
Utilizando el Índice de Polaridad Relactiva, los autores muestran que elegir los emolientes en las formulaciones cosméticas determina la cantidad total de penetración en la piel de los ingredientes activos, mientras que elegir el emuslificante determina su distribuición en el interior de la piel.
Considerações Teóricas para a Liberação de Cosméticos na Pele
Influência das Características da Formulação na Liberação sobre a Pele
Determinação ou Cálculo do Coeficiente de Partição
Índice de Polaridade Relativo
Uso na Prática do IPR
Liberação na Pele Demonstrando o Uso de IPR
Conclusões
Ingredientes ativos vêm se tornando populares há mais de uma década e novos ingredientes estão sendo continuamente identificados, estudados e promovidos. Muitos deles têm o uso recomendado por dados de eficácia in vitro, e há um número crescente de ingredientes para os quais também há dados de eficácia in vivo.
Com base nesses dados, poderia se supor a existência de mais produtos cosméticos ativos no mercado, o que, infelizmente, não acontece. Supondo que os dados de eficácia fornecidos sejam confiáveis (isto é, o ingrediente ativo tem, realmente, a atividade cosmética que diz ter), é possível questionar o processo de desenvolvimento de formulação que deveria garantir que a eficácia de um ingrediente ativo seja transformada num produto cosmético eficaz. Formulações cosméticas deveriam, portanto, escolher seus ingredientes e processos de fabricação de modo a obter eficácia do cosmético. Em outras palavras, deveria-se formular para eficácia. Em muitos casos, porém, não é o que acontece.
Muitas empresas possuem inúmeras formulações padrões às quais os mais recentes ingredientes ativos são, simplesmente, adicionados.
Após testes de estabilidade, e da eliminação dos ativos que não passam por esses testes, são realizados pequenos testes clínicos com as formulações aprovadas, para verificar se a eficácia anunciada do ingrediente ativo continua existindo na formulação padrão. Na maioria dos casos, se não for constatada eficácia, após algum trabalho adicional, o ingrediente ativo é descartado. Tendo em vista que os motivos para usar formulações padrões são muito compreensíveis, essa estratégia não leva ao melhor produto possível porque ignora completamente os princípios que sustentam a liberação do ingrediente ativo na pele.
Este artigo descreve os critérios de seleção dos ingredientes para formulações cosméticas, ingredientes esses que ajudam a otimizar a liberação do ingrediente ativo na pele. Como formulações podem ser muito complicadas, muitos fatores devem ser levados em consideração. Até o momento, apenas alguns poucos foram estudados sistematicamente. Os guidelines descritos neste artigo são, portanto, apenas caminhos, mas a fórmula básica estará bem mais perto de uma formulação cosmética eficaz do que de uma escolha aleatória entre formulações padronizadas. À medida que mais resultados de novos estudos ficarem disponíves, o sistema irá ficando mais refinado.
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