Metodologia de Teste de FPS in vitro

Validação e Vantagens do Método FPS in vitro

Perspectivas Futuras

Conclusão

 

 

O conceito de proteção solar remonta a civilizações antigas, nas quais eram utilizadas substâncias naturais para proteger a pele do Sol. No entanto, a abordagem científica da proteção solar começou efetivamente no início do século XX, coincidindo com o aumento da compreensão dos efeitos nocivos da radiação UV. A partir de então, a proteção solar tem sido reconhecida há muito tempo como uma medida crítica de saúde pública para mitigar os riscos associados à radiação ultravioleta (UV), incluindo eritema, fotoenvelhecimento e câncer de pele.

Mesmo que os primeiros filtros solares modernos tenham sido desenvolvidos na década de 1930, o conceito de fator de proteção solar (FPS) foi introduzido mais tarde, na década de 1960. Esse conceito forneceu uma medida quantitativa da capacidade de um produto proteger a pele principalmente da radiação UVB. Na verdade, o FPS tornou-se uma métrica fundamental, usada globalmente para comunicar a eficácia dos produtos de proteção solar. Historicamente, a determinação do FPS baseou-se em métodos in vivo, por meio dos quais seres humanos são expostos à radiação UV controlada.

O primeiro método padronizado de teste de FPS foi desenvolvido na década de 1990 pela Colipa (atual Cosmetics Europe), que lançou as bases para a norma ISO 24444, publicada em 2010 e revisada na versão de 2019.1 Esse método in vivo tornou-se referência global para a determinação do FPS, exigindo que os seres humanos fossem expostos à radiação UV para medir a dose eritêmica mínima (DEM) com e sem filtro solar. Apesar da sua ampla adoção, o método levantou preocupações éticas devido ao emprego de voluntários humanos e destacou a necessidade de abordagens alternativas que pudessem fornecer resultados confiáveis sem envolver seres humanos.

Impulsionados pelas orientações da Comissão Europeia,2 a indústria de fotoproteção e os especialistas passaram anos trabalhando juntos para criar métodos alternativos aos métodos de determinação de FPS in vivo atualmente estabelecidos, conforme é explicado em uma nota recente da Cosmetics Europe.3