Objetivo
Metodologia
Resultados e Discussão
Conclusão

 

Diante da necessidade de buscar uma solução para os problemas ambientais em escala global, a indústria química tem procurado alternativas para melhorar seu desempenho em função do seu reconhecido potencial poluidor.

Para atender a essa nova postura setorial, na década de 1990 surgiu um movimento denominado química verde, cujo principal objetivo é evitar ou minimizar os resíduos, efluentes ou gases tóxicos gerados ao longo de todo o processo industrial.

Entre os postulados da química verde, o sétimo princípio diz respeito ao uso preferencial de matérias-primas renováveis em detrimento das não renováveis.1,2

Dessa forma, uma das maneiras de fabricar produtos químicos mais sustentáveis é investir em rotas tecnológicas nas quais haja a substituição de insumos fósseis (carvão, petróleo, gás natural), por exemplo, pela biomassa renovável (carboidratos, aminoácidos, lipídeos e biopolímeros, como celulose, hemicelulose, quitina, amido, lignina e proteínas).

Apesar de a biomassa ainda não ser um tipo de escolha tecnológica muito usada pelas indústrias químicas, as crescentes pressões da sociedade tendem a estimular a adoção de tecnologias verdes por esse segmento industrial. Pressupõem-se que ocorrerá crescimento significativo de tecnologias a partir da biomassa.3

Essa transição tecnológica também favorece a preservação do meio ambiente por meio da fixação do dióxido de carbono presente na atmosfera,3 contribuindo assim para minimizar os efeitos do aquecimento global. Trata-se efetivamente de uma vantagem ambiental.

O uso de fontes renováveis tem obtido muito destaque, não só pelo potencial destas de sequestrar carbono, mas também pela facilidade de acesso a elas em comparação ao acesso às fontes não renováveis.4

A título de exemplo, a Braskem e a Coca-Cola investiram, com sucesso, em produtos cujos insumos fósseis foram parcialmente substituídos por outros, mais verdes. Do ponto de vista ambiental, ambas contribuíram com o sequestro de 60% e 20% do carbono presente na atmosfera, respectivamente.

A Braskem se destaca no cenário internacional como a grande produtora de resinas termoplásticas das Américas.5 Em 2010, passou a desenvolver o polietileno verde em escala comercial.

De maneira simplificada, pode-se dizer que o eteno utilizado na polimerização do polietileno provém do etanol da cana-de-açúcar. Segundo a própria Braskem,5 essa origem renovável confere a capacidade de capturar até 2,5 toneladas de dióxido de carbono da atmosfera, para cada tonelada de plástico verde produzido.

Desde que passou a desenvolver o polietileno verde, a empresa tem recebido grande retorno do mercado por estar comprometida com as causas ambientais. Como exemplo, podem-se citar o Prêmio Finep de Inovação 2011; o 2° Prêmio Top Etanol, na categoria Inovação Tecnológica/Bioplásticos; e a certificação Vincotte, que é a certificação máxima para produtos