Tendências Tecnológicas: Lauril Éter Sulfato de Sódio mais Verde
publicado em 25/04/2020
Danielle Carvas Carraça, Suzana Borschiver, Daniel Weingart Barreto
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Rio de Janeiro RJ, Brasil
Os desafios da inovação são enormes para o setor de HPPC, incluindo a colocação de novos produtos no mercado e a associação destes à sustentabilidade. O objetivo deste artigo é realizar um mapeamento tecnológico do lauril éter sulfato de sódio, de modo a ajudar a identificar oportunidades de torná-lo mais verde
Innovation challenges are huge for HPPC the sector, including placement of new products in the market and associations for sustainability. The objective of this article is to realize that LESS technology mapping helps identify opportunities that are greener
Los desafíos de la innovación son enormes para el sector HPPC, incluyendo la colocación de nuevos productos en el mercado y asociación en sostenibilidad. El objetivo de este artículo es realizar un mapeo tecnológico de LESS, de modo de ayudar a identificar oportunidades para que sean más verde.
Objetivo
Metodologia
Resultados e Discussão
Conclusão
Diante da necessidade de buscar uma solução para os problemas ambientais em escala global, a indústria química tem procurado alternativas para melhorar seu desempenho em função do seu reconhecido potencial poluidor.
Para atender a essa nova postura setorial, na década de 1990 surgiu um movimento denominado química verde, cujo principal objetivo é evitar ou minimizar os resíduos, efluentes ou gases tóxicos gerados ao longo de todo o processo industrial.
Entre os postulados da química verde, o sétimo princípio diz respeito ao uso preferencial de matérias-primas renováveis em detrimento das não renováveis.1,2
Dessa forma, uma das maneiras de fabricar produtos químicos mais sustentáveis é investir em rotas tecnológicas nas quais haja a substituição de insumos fósseis (carvão, petróleo, gás natural), por exemplo, pela biomassa renovável (carboidratos, aminoácidos, lipídeos e biopolímeros, como celulose, hemicelulose, quitina, amido, lignina e proteínas).
Apesar de a biomassa ainda não ser um tipo de escolha tecnológica muito usada pelas indústrias químicas, as crescentes pressões da sociedade tendem a estimular a adoção de tecnologias verdes por esse segmento industrial. Pressupõem-se que ocorrerá crescimento significativo de tecnologias a partir da biomassa.3
Essa transição tecnológica também favorece a preservação do meio ambiente por meio da fixação do dióxido de carbono presente na atmosfera,3 contribuindo assim para minimizar os efeitos do aquecimento global. Trata-se efetivamente de uma vantagem ambiental.
O uso de fontes renováveis tem obtido muito destaque, não só pelo potencial destas de sequestrar carbono, mas também pela facilidade de acesso a elas em comparação ao acesso às fontes não renováveis.4
A título de exemplo, a Braskem e a Coca-Cola investiram, com sucesso, em produtos cujos insumos fósseis foram parcialmente substituídos por outros, mais verdes. Do ponto de vista ambiental, ambas contribuíram com o sequestro de 60% e 20% do carbono presente na atmosfera, respectivamente.
A Braskem se destaca no cenário internacional como a grande produtora de resinas termoplásticas das Américas.5 Em 2010, passou a desenvolver o polietileno verde em escala comercial.
De maneira simplificada, pode-se dizer que o eteno utilizado na polimerização do polietileno provém do etanol da cana-de-açúcar. Segundo a própria Braskem,5 essa origem renovável confere a capacidade de capturar até 2,5 toneladas de dióxido de carbono da atmosfera, para cada tonelada de plástico verde produzido.
Desde que passou a desenvolver o polietileno verde, a empresa tem recebido grande retorno do mercado por estar comprometida com as causas ambientais. Como exemplo, podem-se citar o Prêmio Finep de Inovação 2011; o 2° Prêmio Top Etanol, na categoria Inovação Tecnológica/Bioplásticos; e a certificação Vincotte, que é a certificação máxima para produtos
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1. FSS Cavalcanti. Estudo do potencial explorador da sacarose como matéria-prima na geração de produtos químicos de alto valor agregado, com estudo de caso nos ésteres de sacarose (dissertação). Rio de Janeiro, Escola de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011
2. AGS Prado. Química verde: os desafios da química do novo milênio. Quím Nova 26(5):738-744, 2003
3. VF Ferreira, DR Rocha, FC Silva. Potencialidades e oportunidades na química da sacarose e outros açúcares, Quím Nova 32(3):623- 638, 2009
4. D Juais. Produção de polímeros derivados de fontes renováveis via catálise enzimática (dissertação). São Paulo, Instituto de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009
5. Braskem. On-line. Disponível em: www.braskem.com.br. Acesso em: 20/6/2013
6. Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. Química verde no Brasil: 2010-2030. Edição revisada e atual, Centro de Gestão de Estudos Estratégicos, Brasília, 2010, 438 p.
7. Cosmetics Design-Europe. Global organic cosmetics market to reach $13.2 billion by 2018. On-line. Disponível em: www.cosmeticsdesign-europe.com/Market-Trends/Global-organic-cosmetics-market-to-reach-13.2-billion-b.... Acesso em: 25/6/2013
8. AC Santomauro. Tensoativos: novos insumos vegetais melhoram função sensorial dos cosméticos. Química e Derivados 12- 22, 2012
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