Objetivo
Material e Método
Discussão
Conclusão

 

A evolução da beleza e dos cosméticos se iniciou a partir do momento em que os diferentes povos e suas culturas começaram a se relacionar no que diz respeito ao que é belo, criando, de forma autêntica, formulações primitivas de cosméticos como recursos para o embelezamento da época.6

A trajetória do uso de maquiagem remonta à pré-história, sendo que é possível afirmar que há cerca de 3.300 anos a.C. foram encontrados os primeiros registros da arte da maquiagem.16

Nesse período, eram frequentemente utilizadas tinturas produzidas com a mistura de pigmentos ocre e negro, extraí dos de minerais moídos e dissolvidos em água.16 Essas tinturas eram empregadas como “pinturas de guerra”, pois tinham o objetivo de fortalecer a imagem do guerreiro contra o seu inimigo, além de servir como cortesia para os rituais de caça, culto aos deuses e, com o tempo, para que o homem se afirmasse no topo hierárquico do grupo ao qual pertencia.16

Os egípcios são considerados, por diversas literaturas, os precursores da criação de maior parte dos recursos de embelezamento existentes na época. Foram os primeiros a adicionar coloração às tinturas utilizadas como cosméticos de maquiagem. As egípcias foram as primeiras mulheres a desfrutar da maquiagem como instrumento para ressaltar a beleza.11

No antigo império egípcio, há cerca de 3.000 anos a.C., foram criados óleos aromatizados e o khol, que atualmente é amplamente conhecido como delineador. Antigamente, o khol era desenvolvido com carvão e óleo vegetal ou gordura animal. Essa mistura era usada ao redor dos olhos e tinha a função de proteção contra os raios solares e insetos, porém as mulheres também a utilizavam como tintura para as sobrancelhas e os cílios.16

Outras substâncias bastante difundidas pelas mulheres egípcias eram um pó esverdeado à base de malaquita, utilizado para colorir os olhos, e o carmim, pigmento extraído de um inseto chamado cochonilha, que era utilizado como coloração para os lábios.16

Os gregos e romanos produziram os primeiros sabões, formulados com extratos vegetais e minerais alcalinos, como azeite de oliva, óleo de pinho, açafrão, mostarda, entre outros.11 Essas substâncias também eram empregadas na criação das formulações cosméticas das maquiagens romanas, que visavam manter a pele o mais clara possível. Como base para a coloração facial, eram agregados o azeite de oliva e os pós de trigo e arroz, os quais permitiam a aparência esbranquiçada desejada.16

O uso de maquiagem era frequente nas apresentações dos atores do teatro greco-romano como meio de caracterização. Porém as maquiagens causavam mortes por intoxicação, visto que alguns minerais eram compostos de chumbo ou mercúrio.17

Há relatos de que a criação do primeiro modelo de pó de arroz, feito com farinha de arroz, com o objetivo de clarear a pele de forma a torná-la semelhante à porcelana, ocorreu no Japão. Isso porque as maquiagens adotadas no teatro milenar japonês visavam expressar com limpidez a dramaticidade das histórias, o que atualmente permanece como símbolo do país, que mantém essa tradição.3,15

Durante a Idade Média, juntamente com a propagação do uso contínuo de produtos de maquiagem, houve a condenação desses conteúdos pelo clero (representantes religiosos).3

     Naquela época, o desejo feminino também era manter a pele branca e pálida, visto que ter a pele bronzeada remetia às classes de menor poder aquisitivo, como as dos camponeses e imigrantes, os quais se expunham ao sol diariamente. A escolha de cores mais vibrantes, como o vermelho e o rosa, era feita por prostitutas. Por isso a Igreja presumia que as mulheres que usufruíam das pinturas não estavam satisfeitas com a aparência concedida por Deus, sendo acusadas e a maquiagem era condenada.15,16

Somente no século XV, no período do Renascimento, a maquiagem reconquistou seu espaço, sendo ostentada como marco da beleza renascentista. O arquétipo do que era belo retornou à aparência pálida, que era obtida por meio do caulim, gesso