Preservação Natural a partir de Conceitos da Natureza
publicado em 11/05/2020
Fernando Ibarra, PhD
Dr. Straetmans GmbH, Hamburgo, Alemanha
Christopher H. Johnson
Kinetic Technologies Inc., Haziet, NJ, Estados Unidos
Os mecanismos químicos de defesa usados pelo reino vegetal servem de base para os antimicrobianos naturais com multifuncionalidade para preservação de cosméticos. Ácidos orgânicos e os monoésteres de glicerila são dois exemplos.
Chemical defense mechanisms used in the plant kingdom are the basis of natural antimicrobials with multifunctionality for preservation of cosmetics formulations. Two examples are organic acids and glyceryl monoesters.
Los mecanismos químicos de defensa usados por el reino animal sirven de base para los antimicrobianos naturales con multifuncionalidad para preservación de cosméticos. Los ácidos orgánicos y los monoesteres de glicerilo son dos ejemplos.
Estratégias Naturais contra Microorganismos
Ácidos Orgânicos
Monoésteres de Glicerila
Avaliação de Preservantes
Sumário
A natureza apresenta diversas estratégias protetoras nos reinos animal e vegetal. Numa escala macroscópica, a mobilidade, ou seja, a capacidade de fugir, é o primeiro e mais evidente exemplo; contudo, as criaturas lentas ou imóveis são dotadas de outras maneiras fascinantes de se autoproteger. As estratégias químicas podem desempenhar papéis importantes nesse quadro. Muitas vezes, são usados odores fortes e cores brilhantes, fazendo com que um ataque seja mais perigoso para o predador do que para a presa. Essa estratégia depende de imensa variedade de materiais tóxicos naturais produzidos por animais e plantas em seus “laboratórios naturais”, onde são desenvolvidos alguns dos mais potentes venenos do mundo. A Figura 1 mostra as estruturas de alguns exemplos de venenos naturais.
Um pouco mais escondidas e, portanto, menos conhecidas, são as atividades do mundo microscópico. A estratégia de defesa química contra microorganismos será, normalmente, diferente da que é usada contra invasores maiores porque, em parte, existem diferenças entre os metabolismos das macro e microvidas. Enquanto grandes alcalóides ou polipeptídeos podem ameaçar com sucesso os animais, às vezes as moléculas menores e mais simples é que têm ação efetiva contra fungos e bactérias. A defesa química contra micróbios, normalmente, é encontrada em vegetais ou outros microorganismos competidores, ao passo que os animais dependem de sua resposta imunobiológica.
A análise a seguir irá se concentrar apenas nas defesas químicas contra microorganismos. Definiremos alguns princípios gerais que podem ser explorados para determinar os pontos fracos do metabolismo em face do controle de organismos-alvos. Indicaremos, também, como os sistemas naturais se autodefendem, ou seja, quais compostos químicos são os melhores contra as pressões permanentes de micróbios perigosos. Finalmente, demonstraremos os conceitos disponíveis hoje para que a indústria consiga uma preservação natural e sustentável – e ainda assim eficiente – dos produtos cosméticos.
Durante toda esta análise, o termo “natural” será usado para descrever preservantes e terá o significado descrito pelas principais instituições europeias de certificação de produtos – BDIH (Federação Alemã da Indústria e Comércio), Ecocert
Para visualizar o restante do artigo faça seu login ou então se cadastre gratuitamente e acesse todo o conteúdo disponível.
1. Seventheenth Roport of the Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives, World Health Organization Techinical Report Series, No 539, 1974
2. FAO Nutrition Meetings Report Series, No 53, 1974
3. JJ Kabara. Fatty acids and esters as multifunctional components, In Preservative-Free and Self-Preserving Cosmetics, Drugs. JJ Kabara and DS Orth. eds, New York: Marcel Dekker, p 131, 1997
4. JC Meng. New antimicrobial mono, sesquiterpenes from Soroseris hookeriana subsp Erysimoides, Planta Med (66):541-544, 2000
5. AC Dweck. Natural preservatives, Cosmet Toil 118(8):45-50, 2003
6. AC Dweck. An update on natural preservatives, Personal Care 6(4):11-15, 2005
7. DS Orth, DC Steinberg. The safety factor in preservative efficacy testing, Cosmet Toil 118(4):51-58, 2003
8.G Bergsson. In vitro inactivation of Chlamydia trachomatis by fatty acids and monoglycerides, Antimicrob Agents Chemother (42):2290-2294, 1998
9. DS Orth, JJ Kabara. Preservative-free and self-preserving cosmetics and drugs, Cosmetic Toil 113(4):51-58, 1998
10. D Smith, W Petersen. The self-preserving challenge, Cosmet Toil 115(5):67-74, 2000
11. O Cozzoli. The role of surfactants in self-preserving cosmetic formulas, In: Preservative free and Sefl-preserving Cosmetics and Drugs. JJ Kabara, DS Orth, eds, New York: Marcel Dekker, pp 110-11, 1997
12 J Woodruff. Getting the balance right, SPC (9):51-54, 2006
Deixar comentário
Para comentar é preciso fazer login no sistema.