Algas Marinhas em Cosméticos

Derivados algínicos, pó de algas e extratos

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As algas marinhas são utilizadas há muito tempo em produtos cosméticos e farmacêuticos - alginatos, caragenas, e ágar-ágar são utilizados principalmente como agentes espessantes ou como veículos em cremes de barbear, pastas de dentes, e afins. Contudo, as algas marinhas também oferecem grandes possibilidades cosméticas quando corretamente utilizadas. Muitos autores relataram que as algas marinhas são fonte de numerosas substâncias ativas, importantes tanto no desenvolvimento de reações biológicas internas quanto extracelulares(1,2).

As algas marinhas oferecem esta possibilidade porque são cerca de dez vezes mais ricas em oligoelementos do que as plantas terrestres. Crescendo nas soluções grandemente concentradas de elementos nutritivos que são constantemente retirados da terra e dissolvidos no mar, as algas marinhas contêm numerosos minerais raros, sais solúveis e outros materiais úteis e, como os oceanos cobrem cerca de três quartos da superfície terrestre, elas recebem a maior parte da radiação solar. Esta energia solar, combinada aos nutrientes marinhos, permite que as algas marinhas armazenem grandes quantidades de energia biológica, como também diferentes compostos organometálicos, açúcares etc. A força desta energia pode ser observada no fato de que algumas espécies de algas marinhas (macrocistos) crescem até 50 cm por dia.

As algas marinhas podem ser divididas em quatro grupos principais, baseados em sua coloração: verde, azul, marrom e vermelho. Os dois primeiros não são de grande interesse para a cosmetologia, o que não se aplica às algas vermelhas e marrons, que incluem o maior número de plantas encontradas no habitat marinho.

As algas marrons e vermelhas acumulam reservas de energia na forma de poligalactosídios sulfatados, agaróides, ágar-ágar, alginatos, proteínas iodadas etc. A concentração e distribuição destes elementos de importância cosmética nas algas varia com a espécie, localização, estação do ano, salinidade e correntes marinhas. Levando estas variações em consideração, certas espécies podem conter até 50% de proteínas.

Entre as algas já estudadas, determinaram-se vários compostos proteicos mineralizados, juntamente com alguns microelementos como Fe, Mn, Cu, Zn, Mo, Co, Sr, V, B e íons básicos como Na+ , Mg++, C1- , I-, SO4 _P2O5 ; e poligalactosídios sulfatados e pró-vitaminas como ergosterol e caroteno. Os aminoácidos encontrados incluem serina, alanina, arginina, glicina, lisina, asparagina, valina e outros. Polissacarídeos incluem a fucose, xilose, manose, galactose e glicose. As vitaminas também estão presentes: K, C, D, E, A, e os ácidos fólico e pantotênico também foram identificados(3, 4). A tabela I