Bem-Estar
publicado em 05/04/2020
Erica Franquilino - Jornalista
Centro de pesquisa em bem-estar
A ascensão do bem-estar
O movimento pelo bem-estar abre possibilidades de negócios em diversos setores da economia e impulsiona um mercado global de mais de US$ 3 trilhões, segundo dados do Global Wellness Institute. A conexão entre saúde, beleza e bem-estar é uma busca crescente na sociedade e que vem estimulando o surgimento de novos produtos, tecnologias e serviços.
Fazem parte desse panorama a valorização da prática de exercícios físicos e de uma alimentação equilibrada, assim como as atividades e os tratamentos elaborados para relaxar corpo e mente – e que encontram sua mais perfeita tradução nos spas.
O levantameto feito pelo Global Wellness Institute avaliou os dez setores que compõem o mercado mundial de bem-estar, classificando-os dessa forma: Beleza & Antienvelhecimento (US$ 1,03 trilhão), Alimentação Saudável/Nutrição/Perda de Peso (US$ 574 bilhões), Fitness & Cuidados com o Corpo e a Mente (US$ 446 bilhões), Turismo de Bem-estar (US$ 494) bilhões), Saúde Preventiva/Personalizada (US$ 433 bilhões), Medicina Complementar/Alternativa (US$ 187 bilhões), Estilo de Vida (US$ 100 bilhões), Indústria de Spas (US$ 94 bilhões), Fontes Térmicas/Minerais (US$ 50 bilhões) e Bem-estar no Local de Trabalho (US$ 41 bilhões).
Dentre os muitos aspectos que explicam a relevância dos temas relacionados ao bem-estar na atualidade, está o envelhecimento da população. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a base da pirâmide populacional brasileira deverá ficar cada vez mais estreita, com a diminuição do número de filhos nas famílias. E estamos vivendo mais: na década de 1960, a expectativa de vida do brasileiro era de 54,6 anos. Atualmente, ela é de 79,31 anos para as mulheres e de 75,18 para os homens.
Para viver mais e melhor, cresce a preferência por uma alimentação saudável, com adequação às diferentes fases da vida, variedade e harmonia entre os nutrientes. Nesse contexto, ganham força os alimentos funcionais, aqueles que, quando consumidos com regularidade, oferecem benefícios adicionais à saúde, além de suas funções nutricionais básicas. Compõem esse segmento produtos como sucos, chás, shakes, chocolates e suplementos. Um levantamento realizado por entidades que representam a indústria de alimentos e de produtos nutricionais revelou que mais da metade dos domicílios do país (54%) consumiu algum tipo de suplemento entre outubro de 2014 e março de 2015.
O sedentarismo, apesar de persistir na rotina de grande parte da população brasileira, também vai perdendo espaço para um estilo de vida mais saudável. De acordo com o Diagnóstico Nacional do Esporte (Diesporte), divulgado pelo Ministério do Esporte, 54,1% das pessoas entrevistadas em seis cidades brasileiras afirmaram que praticam algum tipo de atividade física. Entre os principais motivos mencionados por quem incorporou os exercícios físicos a sua rotina, estão: o desejo por qualidade de vida e bem-estar, a melhoria no desempenho físico e a indicação médica.
A valorização do bem-estar também está relacionada à necessidade de desacelerar e viver o presente. Essa é a premissa do slow movement, filosofia que propõe o uso mais prazeroso e equilibrado do tempo.
O conceito foi criado pelo italiano Carlo Petrini em 1986, em oposição ao modelo fast food. O movimento chamado slow food defende um novo conceito de qualidade na alimentação, levando em conta não apenas o sabor, mas também como e por quem o alimento foi produzido. O slow food cresceu e ganhou adeptos em várias partes do mundo, tornando-se uma associação internacional, que atualmente tem mais de cem mil membros.
A proposta avançou da alimentação para outras áreas, como design, moda, arquitetura e educação. O principal responsável pela disseminação do slow movement foi o jornalista escocês Jean Carl Honoré, autor do livro In Praise of Slowness. Ele acredita que o próximo estágio do capitalismo é consumirmos menos, porém com mais qualidade.
As transformações vividas pela sociedade nos últimos anos e as mudanças comportamentais dos consumidores também fortaleceram a relação entre bem-estar e tecnologia. É o que diz um estudo divulgado pela Diagonal Reports, empresa especializada em pesquisas de mercado para o setor de beleza. Segundo o estudo, o segmento de skin care cresce com base em três pilares: bem-estar, tecnologia e estética.
A pesquisa ressalta que a associação entre bem-estar e tecnologia é uma tendência que se popularizou nos spas, alavancando um rico filão e possibilitando novas oportunidades de mercado. A partir dos anos 2000 – sobretudo nos Estados Unidos, na Europa e na China –, os spas se tornaram plataformas para o desenvolvimento de tratamentos inovadores, baseados na redução do estresse e na revitalização da energia, de forma a contribuir para uma pele com aparência mais jovem.
O relatório da Diagonal Reports também destaca que as mudanças nos padrões de consumo deverão transformar a abordagem das empresas no mercado de cosméticos, “uma vez que o cuidado da pele poderá ser responsável por até 50% de todas as vendas de produtos de beleza em alguns mercados-chave”.
A forma como conceituamos e falamos sobre bem-estar hoje começou a ganhar representatividade nos anos 1950, com estudos realizados por médicos e pensadores norte-americanos. As origens do conceito, no entanto, são remotas, como você verá a seguir.
Linha do tempo
Aspectos do conceito de bem-estar são identificados em vários movimentos intelectuais, religiosos e médicos nos Estados Unidos e na Europa no século 19. Princípios referentes à manutenção da saúde e da qualidade de vida também podem ser atribuídos às antigas civilizações da Grécia, de Roma e da Ásia, cujas tradições históricas influenciaram o movimento wellness.
DESDE A ANTIGUIDADE
3.000 - 1.500 a.C. – Ayurveda: nasceu como uma tradição oral, mais tarde registrada nos Vedas, conjunto de quatro textos sagrados hindus. O Ayurveda é um sistema holístico que busca harmonizar corpo, mente e espírito. Os regimes ayurvédicos são adaptados à constituição única de cada pessoa, com o objetivo de manter o equilíbrio e prevenir doenças.
3.000 - 2.000 a.C. – Medicina tradicional chinesa: nesse período, foi desenvolvido um dos sistemas de medicina mais antigos do mundo. Influenciada pelo taoísmo e pelo budismo, a medicina tradicional chinesa se vale de uma perspectiva holística para alcançar a saúde e o bem-estar. Abordagens e práticas corporais nasceram e evoluíram a partir dela, como a acupuntura, a fitoterapia e o tai chi.
50 a.C. – A medicina romana enfatizava a prevenção de doenças, adotando a crença grega de que elas eram produto da dieta e do estilo de vida. O sistema de saúde pública altamente desenvolvido da Roma Antiga, com seu extenso sistema de aquedutos, esgotos e banhos públicos, ajudou a prevenir a disseminação de germes e manteve a população mais saudável.
PESQUISAS E NOVAS ABORDAGENS
1860: O padre alemão Sebastian Kneipp promove sua “Kneipp Cure”, combinando hidroterapia, fitoterapia, exercícios e nutrição.
1870: Mary Baker Eddy funda a Ciência Cristã, baseada na cura espiritual. Andrew Taylor Still desenvolve a osteopatia, tratamento que consiste na utilização de técnicas de mobilização e manipulação de músculos e articulações.
Década de 1880: O médico suíço Maximilian Bircher-Benner, pioneiro na pesquisa nutricional, defendia uma dieta balanceada, com foco nos benefícios de frutas e vegetais. Nascia a YMCA, uma das primeiras organizações de bem-estar do mundo, com atuação voltada ao desenvolvimento da mente, do corpo e do espírito.
Década de 1890: Daniel David Palmer desenvolve a quiropraxia, focada na estrutura e no funcionamento do corpo.
AVANÇO E MASSIFICAÇÃO DO CONCEITO
O uso moderno da expressão “bem-estar” surgiu nos anos 1950, em um estudo realizado pelo médico norte-americano Halbert L. Dunn, chamado High Level Wellness.
Embora o trabalho de Dunn tenha recebido pouca atenção inicialmente, suas ideias foram posteriormente adotadas na década de 1970 por médicos como John Travis e Bill Hettler e o sociólogo Donald Ardell, que, em conjunto com outros profissionais, tornaram o conceito mais abrangente, desenvolveram novas ferramentas de avaliação, realizaram estudos sobre o tema e criaram o National Wellness Institute.
De 1980 a 2000, o bem-estar ganhou maior relevância nas áreas médica, acadêmica e corporativa. Em 1991, foi fundado o Centro Nacional de Medicina Complementar e Alternativa dos Estados Unidos. No mesmo período, associações e institutos de pesquisa voltados ao bem-estar foram criados na Europa. No final do século 20, corporações começaram a desenvolver programas de bem-estar no ambiente de trabalho. As indústrias de fitness e spa experimentaram um rápido crescimento.
O movimento global de bem-estar se fortalece no início deste século e provoca inovações em vários mercados, como as indústrias de alimentos, bebidas e turismo. Empregadores investem em estratégias de promoção da saúde e programas de bem-estar. Médicos voltados à medicina alternativa, como Deepak Chopra, Mehmet Oz e Andrew Weil, tornam-se nomes conhecidos. Temas relacionados ao bem-estar têm destaque em veículos de comunicação e maior representatividade junto a instituições médicas e governos.
Centro de pesquisa em bem-estar
A Fapesp e a Natura lançaram, em junho de 2016, o Centro de Pesquisa Aplicada em Bem-Estar e Comportamento Humano, voltado a estudos nas áreas de neurociências, psicologia positiva, psicologia social, neuroimagem, neuropsicofisiologia, psicometria e estudos populacionais e longitudinais. Sediado no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (Ipusp), o centro é formado por uma rede de pesquisadores das áreas de psicologia e neurociências da USP, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Os investimentos previstos para a implantação e a condução de suas atividades chegarão a R$ 40 milhões em dez anos, dos quais R$ 20 milhões serão divididos igualmente entre Natura e Fapesp. Outros R$ 20 milhões serão despendidos como contrapartida pelas universidades, em forma de apoio institucional e administrativo aos pesquisadores envolvidos.
Cerca de 30 pesquisadores conectados em rede desenvolverão projetos cooperativos, articulando instituições de pesquisa do Brasil e do exterior. A proposta é realizar estudos multidisciplinares, a fim de gerar novos conhecimentos, conceitos, metodologias, tecnologias, ações de educação, desenvolvimento de indicadores e a estruturação de uma base sólida para avaliação e promoção do bem-estar da população brasileira.
Coordenado por Emma Otta, professora titular do Departamento de Psicologia Experimental do Ipusp, e por Patrícia Tobo, gerente científica de Ciências de Bem-Estar da Natura, o centro tem como fundamento de suas pesquisas a neurociência e a psicologia.
As pesquisas serão focadas em duas áreas principais. A primeira delas é a psicologia positiva, que tem seu foco no estudo e no desenvolvimento das qualidades humanas e dos aspectos saudáveis da vida, como sabedoria, criatividade, coragem e cidadania. A segunda área de estudos é a neurociência cognitiva, que estuda a atenção, a memória e a linguagem, além da regulação emocional e sua influência nas relações sociais, em questões como raça, gênero e condições sociais, entre outros fatores.
Inicialmente, os pesquisadores atuarão em projetos voltados ao desenvolvimento de indicadores de bem-estar, por meio de estudos sobre o reconhecimento e a regulação de emoções, assim como a influência do contexto familiar e da sociedade nas relações humanas. Temas ligados à indústria cosmética, como as formas pelas quais as fragrâncias e a maquiagem podem alterar o estado de ânimo e a autoestima das pessoas, também serão estudados. Os projetos serão desenvolvidos ao longo de uma década, mas outras linhas de pesquisa poderão integrar o centro, com o passar do tempo.
Matérias-primas
Experiências sensoriais surpreendentes, ingredientes naturais e uma abordagem holística estão entre as características de cosméticos desenvolvidos para spas. Conheça alguns destaques em matérias-primas alinhadas a esse segmento.
Chemspecs
Beatriz Fabbrini de Godoy, gerente de marketing, destaca a forte demanda por produtos com apelo mais natural, “desde os produtos mais simples, até os mais inovadores e que apresentam propriedades multifuncionais”. “Em parceria com a Brazilian Kimberlite Clay, introduzimos o novo ingrediente Red Clay, ativo mineral, 100% natural e renovável. Com propriedades peculiares, ele se diferencia de todas as outras argilas já conhecidas”, ressalta.
Com mais de 100 minerais, o ativo oferece benefícios como: estimulação da regeneração celular, ação antioxidante, diminuição de rugas e linhas de expressão, adsorção de toxinas e excesso de oleosidade da pele. Dentre outras aplicações, ele é adequado para produtos voltados à desintoxicação da pele, ao controle de oleosidade e à redução de rugas. A linha de esfoliantes da chilena Granasur tem ação suave na pele, promovendo a remoção de células mortas e outras impurezas, estimulando a renovação celular e a microcirculação sanguínea.
“Apresentamos também um carvão vegetal produzido a partir de bambu, aprovado de acordo com os padrões Cosmos, que atua como um ativo detox e microesfoliante, removendo toxinas, impurezas, oleosidade e células mortas e que apresenta total adesão aos padrões de formulações que o segmento de cosméticos para spas procura”, acrescenta.
Cosmotec
Para Vanessa Silva, coordenadora de Tecnologia & Inovação, cosméticos para spas devem proporcionar experiências de conforto e sensorial agradável ao consumidor. “Se a formulação ainda promover uma transformação ou causar um efeito inesperado, o sucesso do produto pode ser ainda maior”, salienta.
Considerando a busca pela textura ideal em produtos para esse segmento, a empresa destaca três ingredientes:
AQUPEC HU C2002 (Cosmotec/Sumitomo Seika) – confere efeito lúdico, aparência e estrutura gelificada. É um modificador reológico associativo não iônico “para fórmulas desafiadoras”, informa a Cosmotec. Tem estabilidade e resistência a variações de pH, sais, tensoativos catiônicos e exposição UV. Permite obter estruturas jelly-like com propriedades spray e efeito-memória do produto.
AQUPEC SER W-300C (Cosmotec/Sumitomo Seika) – promove textura elástica sem pegajosidade. É um polímero ácido acrílico muito resistente a eletrólitos. Permite obter alta viscosidade, formando uma estrutura de gel elástica, proporcionando sensorial e aparência diferenciados.
AQUPEC MG N40R (Cosmotec/Sumitomo Seika) – proporciona sensorial confortável durante a aplicação. É um modificador de sensorial capaz de formar gel com aparência de elastômero de silicone, em estrutura totalmente aquosa. Confere maciez, sedosidade e conforto durante a aplicação, com efeito mate.
Lubrizol
“Num momento em que os consumidores são bombardeados por informações, o bem-estar se faz cada vez mais presente e urgente”, diz Karina Teixeira, gerente de marketing. Nesse contexto, ganha destaque o minimalismo. “Surgem fórmulas mais naturais, livres de ingredientes considerados intoxicantes pelo consumidor, com chassis mais enxutos, porém eficientes”, comenta. Com base nesse panorama, a Lubrizol sugere dois ativos: Avalure Flex-6 e Schercemol SHS Ester.
O polímero Avalure Flex-6 proporciona flexibilidade à formulação. Com resistência à água, formação de filme e sensorial de pó, permite uma formulação minimalista, em sintonia com o conceito “less is more”. Multifuncional, o ativo traz benefícios como estabilização e viscosidade em emulsões, dispersão de pigmentos e formação de filme.
O Schercemol SHS Ester é um emoliente com textura de manteiga, de origem vegetal, e que se liquefaz em contato com a pele, permitindo massagens com longo tempo de duração. É indicado para uso em loções hidratantes, cremes, manteigas e óleos corporais com texturas inovadoras.
MCassab
Andrea Adams Schvan, gerente de desenvolvimento de produto, destaca a tendência de cosméticos antipoluição. Dentre os ingredientes com esse atributo no portfólio da MCassab, ela menciona a linha Baycusan e o Emulium Mellifera.
A linha Baycusan é composta por produtos voltados a aplicações em produtos para pele, cabelo, maquiagem e filtros solares. São poliuretanos em base aquosa, formadores de filme respirável sobre a pele e os cabelos, biodegradáveis e que atuam como um escudo antipoluição.
O Emulium Mellifera é um emulsionante natural PEG-free para aplicações em personal care, com testes de adaptação em diferentes tipos de pele e climas, devido ao seu baixíssimo filme residual. Testes comprovam a ação de hidratação prolongada, efeito calmante, imediato e em longo prazo, e efeito antipoluição.
“A combinação desses ingredientes em uma formulação facial, por exemplo, formará um filme de sensorial leve sobre a pele, minimizando o impacto do uso de várias camadas de cosméticos”, afirma.
Sarfam
“Cosméticos para spas devem oferecer, além do tratamento estético, uma sensação incrível de bem-estar, com relaxamento profundo e emotivo. É importante alinhar texturas e sensoriais premium, ativos diferenciados ou exóticos e fragrâncias surpreendentes para ativar todos os sentidos”, aponta Cristina Unten, da equipe de marketing da empresa. Ela também destaca o microbioma da pele, tendência que marca a nova geração de cosméticos, as terapias e os tratamentos inspirados na Medicina Tradicional Chinesa e as “argilo-terapias”, que exploram texturas e aplicações criativas.
O Emul-34 C proporciona suspensão de partículas em produtos como esfoliantes e argilas, permite excelente transparência, suporta eletrólitos e não interfere na riqueza da espumação, no caso de produtos enxaguáveis.
O Yogurtene Balance é um composto prebiótico rico em aminoácidos e proteínas, que melhoram o fluxo e o equilíbrio da microbiota natural. É indicado para explorar inusitadas texturas gourmet.
Revivyl é um ativo oriundo da exótica planta francesa Orobanche Rapum, rica em neopolifenóis e com atividade antioxidante. “O principal diferencial deste ativo são os estudos que confirmam a sua capacidade de ativar a proteção da microbiota da pele”, afirma Cristina.
“Na linha Tersil, temos os únicos argilo-minerais no mundo que possuem estudos de eficácia para o tratamento da pele e dos cabelos. Seus compostos orgânicos são preservados durante o processo de produção, garantindo intensa performance e resultados no tratamento”, completa.
Sensient
A empresa elenca quatro tendências para o segmento, com suas respectivas sugestões de matérias-primas. A primeira diz respeito ao apelo natural e a comportamentos de consumo cada vez mais éticos e conscientes. As matérias-primas alinhadas a essa tendência são os óleos essenciais, como os de lavanda, alecrim, camomila, jasmim, sândalo e gerânio. O Natpure Feel M Eco, uma composição de ésteres de toque seco, origem vegetal e livre de silicone, é indicado para o desenvolvimento de óleos corporais, pois confere emoliência, sem deixar sensação pegajosa.
Para a segunda tendência, de bem-estar, são relevantes fatores como a cor, o odor, o brilho e o sensorial dos cosméticos. A Sensient tem uma linha de alta performance em cor, com itens de alto nível de pureza e controle de metais pesados. “As linhas Unipure (pigmentos) e Unicert (corantes) atendem a legislações de alta exigência em pureza, como as da Europa, dos Estados Unidos e do Japão”, comenta Fernanda Soro, gerente de marketing LATAM. O Covacryl MV60 é um polímero de acrilato que pode ser facilmente incorporado a formulações, inclusive a frio. O ativo proporciona sensorial fresco, sedoso, de fácil secagem e boa espalhabilidade. Para aplicações em hidratantes corporais, ela destaca o Covabead Velvet 20, partículas de polimetilmetacrilato com toque sedoso.
A terceira tendência diz respeito às máscaras faciais, que são febre mundial e ocupam lugar especial nos spas, com finalidades como clareamento da pele, hidratação e efeito detox. O Vegetal Charcoal, pigmento negro de fonte natural, confere a cor negra à aplicação de máscaras e promove a absorção de impurezas, como oleosidade e sujidades. A tendência das “terapias capilares” abrange os tratamentos que cuidam do couro cabeludo e da haste capilar, para melhorar a saúde de ambos. O Sensibiopro R é uma composição formada por lipídeos naturais (oriundos do óleo de coco), aminoácidos e agentes termoprotetores, que proporcionam reparação, nutrição e proteção térmica aos fios, bem como a proteção do couro cabeludo.
Matéria publicada na edição Agosto_2018 da revista Edição Temática
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