Substituição de Microplásticos
publicado em 06/04/2020
Alessa Huneke, Judith Ryll
CFF GmbH & Co. Gerhren, Alemanha
Sandra Sarembe, PhD, Vanessa Sternitzke, PhD, Andreas Kiesow, PhD
Fraunholer Institute for Microstructure of Materials and Systems, IMWS, Halle, Alemanha
Em 2012, 4.300 toneladas de micropartículas plásticas foram utilizadas na União Europeia (UE) para a fabricação de produtos de cuidado pessoal. Embora isso represente diminuto consumo em relação a outras aplicações, poderia ser facilmente evitado usando-se alternativas naturais ou biodegradáveis. O objetivo deste estudo foi identificar, otimizar e analisar partículas naturais de celulose como alternativa biodegradável e ambientalmente amigável aos microplásticos.
In 2012, 4,300 tonnes of microparticles were used in the EU for the manufacture of personal care products. Although it represents small consumption compared to other applications, it could be easily avoided using natural or biodegradable alternatives. The objective of this study was to identify, optimize and analyze the natural properties of cellulose as a biodegradable and environmentally adequate alternative to microplastics.
En 2012, se utilizaron 4.300 toneladas de micropartículas en la UE para la fabricación de productos de cuidado personal. Mismo que represente pequeño consumo en relación a otras aplicaciones, podría ser fácilmente evitados utilizando alternativas naturales o biodegradables. El objetivo de este estudio fue identifi car, optimizar y analizar partículas naturales de la celulosa como alternativa biodegradable y ambientalmente adecuada a los microplásticos.
Material e Métodos
Celulose natural e partículas de referência | Formulações exfoliantes | Caracterização morfológica das partículas de celulose | Validação da biodegradabilidade | Testes de eficácia de abrasão e limpeza
Resultados
Caracterização de SEM | Biodegradabilidade | Eficácia da abrasão | Eficácia da limpeza
Discussão
Sumário
Vivemos em uma era em que os oceanos estão poluídos por resíduos plásticos. De acordo com a literatura, em 2050, poderá haver três vezes mais plásticos do que peixes nos oceanos.1-4 Partículas microfinas de plástico são levadas pelas águas servidas que vão para os mares e fazem parte da nossa cadeia alimentar. Isso ocorre porque, com dimensões inferiores a 5 mm, as partículas são muito pequenas para que sejam efetivamente removidas pelas instalações de tratamento de águas servidas. Quase todas essas partículas não são biodegradáveis e podem representar perigo para a vida marinha.
O potencial de risco dos microplásticos pode ser caracterizado, principalmente, pelas preocupações a seguir. Primeiramente, os microplásticos podem atrair toxinas ambientais devido às características de sua superfície. Em sua vida útil, as superfícies das partículas plásticas tornam-se ásperas, passando a agir praticamente como ímãs para outras substâncias perigosas que estão presentes no meio ambiente.5 Se essas toxinas e micropartículas plásticas forem ingeridas por organismos marinhos e depois liberadas em seus sistemas gastrointestinais, esses organismos podem sofrer efeitos negativos, como alterações de tecidos, reações inflamatórias, impactos toxicológicos, lesões internas e até mesmo sua morte.6 Em segundo lugar, as características morfológicas das próprias partículas podem representar ameaças.7
Com base nesses riscos e nas preocupações do consumidor, o uso de micropartículas plásticas, ou seja, de microesferas de
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