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Em reação aos efeitos avassaladores da pandemia de covid-19, a indústria cosmética fez mais do que atender às novas demandas de consumo: a conexão com as pessoas foi intensificada. Soluções foram criadas para alinhar bem-estar, saúde e beleza às novas prioridades e rotinas. É mais que efeito batom: trata-se de um movimento de transformação, em sintonia com mudanças comportamentais que dão o tom ao ano que começa.

Desde 2000, a Pantone, empresa norte-americana de consultoria de cores, escolhe a cor que deve ser a tendência do ano seguinte para os mercados de moda, beleza e design. A importância de olhar para o outro e a busca por equilíbrio estão representadas na escolha para 2021.

Foram eleitas duas cores: o cinza Pantone 17-5104 Ultimate Gray e o amarelo Pantone 13-0647 Illuminating. A empresa informa que a combinação das tonalidades “amarelo caloroso” e “cinza sólido” expressa a ideia de positividade, “apoiada por uma fortaleza”.

“Prática e sólida como uma rocha, mas, ao mesmo tempo, reconfortante e otimista. Esta é uma combinação de cores que nos dá resiliência e esperança. Nós precisamos nos sentir encorajados e elevados: isso é essencial para o espírito humano”, descreveu Leatrice Eiseman, diretora-executiva do Pantone Color Institute.

Incorporada ao dia a dia, a dupla máscara e álcool em gel tem papel essencial dentre as medidas de proteção contra o novo coronavírus, mas o uso constante desses produtos vem causando problemas à saúde da pele – como o ressecamento das mãos. Vale mencionar que a categoria “hidratantes para as mãos” cresceu 169,1% de janeiro a setembro de 2020 na comparação com o mesmo período do ano anterior (em valor de vendas), segundo dados da Abihpec.

Estudos indicam que a utilização frequente da máscara aumenta a umidade e a oleosidade na região, o que pode causar irritações e obstruir os poros, favorecendo o surgimento ou o agravamento de quadros de acne. O distúrbio ganhou a designação “maskne”: junção de mask e acne. Novidades que unem proteção e hidratação da pele foram apresentadas pela indústria nos últimos meses.

A adesão (mesmo dos consumidores mais resistentes) ao comércio eletrônico, o aumento no consumo de produtos para pets, os apps que “resolvem” quase tudo e o trabalho remoto (com reuniões, lives e eventos online) foram algumas das mudanças que marcaram 2020 e sinalizam caminhos para diversos setores.

O comércio eletrônico brasileiro cresceu a patamares inéditos nos últimos 20 anos. Segundo pesquisa da Ebit/Nielsen feita em parceria com a Elo, o faturamento do varejo online subiu 47% no primeiro semestre do ano passado, ante o mesmo período de 2019.

A arrancada do e-commerce acelerou o uso de novas formas de experimentação, como a realidade aumentada, que permite “testar” produtos em tempo real por meio de sobreposições digitais. Essas experiências fortalecem as plataformas das marcas e suas interações com o consumidor, ao combinar a atratividade da loja física à conveniência do mundo virtual.

Nossos bichinhos de estimação ganharam maior atenção e novos players chegaram ao mercado. O Instituto Pet Brasil (IPB) revisou para cima a projeção de faturamento para o mercado pet em 2020, que deve chegar aos R$40,1 bilhões. O instituto estima que o crescimento em relação a 2019 deve passar de 6,25% para 13,5%.