Multifuncionalidade das Vitaminas
publicado em 01/08/1998
Profa. Dra. Maria Valéria Robles Velasco de Paola, Profa. Dra. Maria Elizette Ribeiro e Farm. Julia Kayoko Yamamoto
Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo SP, Brasil
A vitaminas desde há muito tempo são utilizadas em cosméticos. Neste artigo as autoras apresentam a descrição das vitaminas de interesse, os benefícios proporcionados e as concentrações de uso.
Vitamins since long time are utilized in cosmetic products. In this paper the authors describe the vitamins utilized, the benefits granted and the concentrations usually adopted.
Las vitaminas hacia mucho tiempo son utlizadas en productos cosméticos. En ese artículo las autoras describen las vitamins utilizadas, los beneficios y la concentración usualmete adoptada.
Vitamina A
Vitamina B2 (riboflavina)
Vitamina B6 (piridoxina)
Biotina (coenzima R ou vitamina H)
Acido fólico
Pantenol
Nicotinamida
Vitamina E
Vitamina C
Vitaminas são substâncias orgânicas essenciais aos seres vivos, tanto para o homem, animais, vegetais e microrganismos, para a manutenção das funções metabólicas. Atuam em reações bioquímicas específicas como cofatores enzimáticos. Pertencem ao grupo dos nutrientes reguladores, não sendo utilizadas na produção de energia, nem na formação de estruturas corporais. Devem ser recebidas externamente por meio da alimentação, suplementos e medicação, pois o homem não tem capacidade de sintetizá-las.18,26,40
A humanidade, desde os mais remotos tempos, possuía conhecimento do potencial terapêutico e cosmético dos óleos, gorduras e essências, fontes naturais das vitaminas. Com os avanços nos estudos da fisiologia da pele, unhas e cabelos, o interesse na utilização tópica das vitaminas tem crescido significativamente.18,25
Atualmente, como fontes de vitaminas podem-se empregar óleos de peixes, verduras, cereais, anfíbios, ovos, manteiga, suco de frutas (principalmente as cítricas) isolados ou conjuntamente com outras substâncias ativas, em diverso tipos de formulações com finalidades cosméticas ou terapêuticas.
A alimentação inadequada ou a deficiência de vitaminas na dieta produzirá avitaminose, que se manifesta de diversas maneiras, muitas vezes como lesões cutâneas. As deficiências vitamínicas graves ou prolongadas podem resultar em doenças como beribéri, escorbuto, raquitismo e pelagra. Juntamente com outros metabólitos, as carências vitamínicas podem também determinar a interrupção no crescimento dos cabelos e propiciar sua queda.18
Normalmente os tratamentos dos problemas ocasionados pelas deficiências vitamínicas são contornados por sua administração oral, mas existem evidências que em certos casos, a aplicação tópica é mais efetiva do que esta via. Também nos casos em que existe comprometimento da circulação ou ocorrem alterações metabólicas, que afetam o transporte de vitaminas na pele, a via externa de administração apresenta resposta adequada.18
Experimentos em animais e humanos, avaliando a penetração tópica das vitaminas, indicaram que é possível obter concentração local maior na pele do que por via oral. A vitamina fornece o nutriente ao epitélio deficiente, e pode exercer também determinada ação farmacodinâmica.18
As vitaminas e seus derivados podem melhorar o desempenho dos cosméticos, atuando com funções antioxidantes, protetoras, corretivas renovadoras de processos ligados a pele, cabelos e unhas, principalmente evitando, retardando ou interrompendo mudanças degenerativas associadas ao processo de envelhecimento. Assim, atuam no combate à secura, descamação e formação de rugas na pele.40
A aceitação de cosméticos aditivados com vitaminas é grande pelo público, por sua multifuncionalidade e principalmente pelo apelo mercadológico em tê-las como produtos naturais, embora normalmente sejam de origem sintética.25
A interferência das vitaminas sobre as funções da pele e em particular, no metabolismo, tem sido investigada e é assunto de grande interesse na área cosmética.26
Na cosmetologia certos sintomas da deficiência vitamínica são evidenciados externamente, como secura, escamação, aspereza, falta de elasticidade, presença de manchas e rugas na pele; fragilidade, falta de brilho, caspa, seborreia nos cabelos e unhas quebradiças. Também há interesse na utilização tópica de vitaminas em produtos cosméticos para a prevenção, retardamento ou interrupção de determinados processos degenerativos decorrentes do envelhecimento.18
A utilização das vitaminas A, nicotinamida, complexo B, C, D, H, E, pantenol e ácido fólico em formulações cosméticas pode ocorrer como gel, creme e loção para corpo e mãos, com finalidades nutritiva, suavizante, bronzeadora e protetora do sol, em produtos para os cabelos, como shampoo, loção, aerosol; produtos para bebês e também em batons, sabões, sabonetes etc.18,40
Vitamina A
E uma vitamina lipossolúvel e é necessária a presença de gorduras e sais minerais para ser adequadamente absorvida pelo aparelho digestivo. Não necessita de administração diária, pois pode ser armazenada no organismo e liberada controladamente, de acordo com as necessidades fisiológicas. 43,25
O termo genérico para vitamina A e seus derivados é "retinóides", compreendendo o retinol (álcool de vitamina A) e seus ésteres empregados nas formulações cosméticas, bem como o ácido retinóico.25
É encontrada no óleo de fígado de peixe, cenoura, vegetais verdes e amarelos, ovos, leite e laticínios, margarina e frutos amarelos.43,40
Sua absorção no organismo se eleva na presença das vitaminas D, E e do complexo B, do cálcio, fósforo e zinco. O fígado necessita de zinco para retirar vitamina A de seu depósito de reserva.43
Esta vitamina é essencial não apenas para o desenvolvi mento da pele normal, mas também no crescimento e manutenção de ossos, glândulas, dentes, unhas e cabelos.
Está relacionada com os seguintes fenômenos:
- Combate à cegueira noturna e auxílio no tratamento de diversos problemas visuais (permite a formação da púrpura visual no olho);
- Elevação da resistência às infecções respiratórias;
- Manutenção das camadas externas de tecidos e órgãos saudáveis;
- Remoção de manchas da pele envelhecida;
- Crescimento e fortalecimento dos ossos, pele, cabelos, dentes e gengivas;
- Tratamento da acne, impetigo, furúnculo, carbúnculos e úlceras abertas (uso tópico);
- Auxilia no tratamento de enfisema e do hipertireoidismo.43
Em termos gerais, a vitamina A aplicada topicamente é bem absorvida através da pele. Pode ser considerada como um agente que estimula tanto a mitose tecidual quanto o metabolismo celular, reduz a atividade da desoxirribonuclease na epiderme e pode alterar ou regular totalmente a síntese de colágeno. Atua contra o espessamento e pigmentação excessiva da pele. Auxilia a mantê-la macia, hidratada e melhora suas propriedades como barreira à água e por isso, atuando contra o envelhecimento.13,19,20,25,27,32,37,39
Foi demonstrada a absorção da vitamina A na pele mediante e após administração tópica de óleo de fígado de bacalhau, por meio de experimento empregando ratos deficientes de vitaminas, que apresentaram ganho de peso.26
A vitamina A é importante no tratamento de peles muito expostas a problemas sazonais e ambientais, como ar seco, calor, poluição. Sugere-se seu emprego em formulações aplicadas após exposição ao sol, devido suas propriedades corretivas em normalizar as alterações epidérmicas, evitando a secura, pele corneificada, vermelha, principalmente nas superfícies internas das mãos e pés.25,32
O ß-caroteno, precursor da vitamina A evita e reduz a peroxidação e a aspereza na pele induzida pela radiação ultravioleta (UV). Dessa forma, melhora o nível de hidratação.25
A deficiência da vitamina A provoca alteração do epitélio com atrofia visível, proliferação reparativa das células basais, crescimento e diferenciação das células novas em epitélio córneo. Ocorre espessamento, secura, descamação do estrato córneo, alteração na atividade das glândulas sebáceas, atrofia das glândulas sudoríparas, ressecamento e diminuição do brilho nos cabelos.26,32,35,40
Há evidências que a vitamina A inibe a diferenciação do epitélio escamoso estratificado. A dermatite papular hiperqueratolítica é um sintoma da deficiência de vitamina A. Nos casos em que ocorre forte descamação da pele, por exemplo na forma mais grave da psoríase, a vitamina A atua reduzindo o cemento patogênico das células.4,24,32
A vitamina A, em suas diferentes formas, tem sido muito empregada em formulações cosméticas e farmacêuticas de uso tópico. As preparações destinam-se ao combate ao envelhecimento da pele evitando a corneificação acentuada. A forma ácida (ácido retinóico), embora seja muito eficaz em tratamentos para rejuvenescimento, é utilizada exclusivamente como medicamento no tratamento da acne comedogênica, possui propriedades rejuvenescedoras da pele e no combate a rugas superficiais.6,8,21,25,32,34,38
O palmitato de retinol apresenta atividade sobre a pele, mas depende de sua conversão a ácido retinóico, que ocorre por meio de clivagem da ligação éster por enzimas específicas na pele(esterases) e, posterior oxidação do retinol a acido retinóico.
Pesquisadores determinaram que a administração de doses crescentes de palmitato de retinol em formulações cosméticas alteram a composição morfológica da pele. Verificou-se aumento máximo de 32% na relação proteína/unidade de superfície de pele, e elevação máxima de 128% do colágeno/unidade de superfície da pele quando comparado com o veículo controle. Observou-se também, aumento no DNA e significante espessamento da epiderme.13
Os derivados da vitamina A, principalmente o ácido transretinóico, promovem aceleração na velocidade de crescimento dos cabelos, além de prolongar a fase anagênica no ciclo evolutivo.4,24
A vitamina A oxida-se muito rapidamente quando exposta ao ar, é fotossensível e termolábil. É incompatível com oxidases e peroxidases. Também pode sofrer reações de isomerização, na presença da luz, formando isómeros com diferentes propriedades biológicas. Para evitar ou retardar esses problemas podemos utilizar antioxidantes nas formulações, como galato de propila, palmitato de ascorbila, a-tocoferol, ou combinações destes agentes.2,3,12,28,32,44
A estabilidade e a absorção da vitamina A pela pele, são influenciadas pelo tipo de base empregada como veículo. A presença de polietilenoglicol e lauril sulfato de sódio acelera a degradação da vitamina A. Dentre diferentes solventes, como álcool cetílico, parafina e esqualano, o último se apresenta como veículo mais adequado para manter a estabilidade da vitamina A.17
A presença de óleos vegetais em formulações que contenham vitamina A, pode diminuir o prazo de validade desta, pois há a possibilidade de ocorrer a oxidação do óleo produzindo-se peróxidos.28,36
A vitamina A permanece estável em temperaturas moderadas, principalmente em ambientes protegidos da luz.28
Os ésteres de vitamina A (fosfato, palmitato e acetato) têm sido muito empregados em formulações cosméticas, em concentrações que variam de 1.000 a 10.000 UI, pela maior estabilidade em relação a forma álcool, principalmente na presença de soluções diluídas.6,12,17,25,28,31,41
No campo cosmético, temos também a pró-vitamina A (β-caroteno) de coloração laranja-vermelha, lipossolúvel. É sensível ao ar, luz e aquecimento. Devido à presença de duplas ligações na sua estrutura apresenta capacidade de absorção a radiação UV em produtos fotoprotetores. Os efeitos cosméticos correspondem aos mesmos da vitamina A.
Vitamina B2 (riboflavina)
Pertence ao grupo complexo B, é hidrossolúvel e de fácil absorção.26,43
Todas as flavoenzimas contém riboflavina-5-fosfato e catalisam várias reações como a desaminação oxidativa dos aminoácidos, oxidação dos aldeídos e desidrogenação de cadeias alifáticas (coenzima A desidrogenase).26
Não é armazenada no organismo e as necessidades diárias devem ser repostas regularmente através de alimentos integrais, tais como leite, fígado, rins, levedura, queijos, verduras, peixes e ovos, por meio de suplementos vitamínicos ou medicamentos. Sua absorção é aumentada na presença de outras vitaminas, como B6, C e niacina.32,43
Está relacionada com os seguintes processos:
- Crescimento e reprodução;
- Formação da pele, unhas e cabelos;
- Desenvolvimento da visão e alívio do cansaço dos olhos;
- Diminuição da dor proveniente de lesões na boca, lábios e língua;
- Metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas.26,43
A deficiência da vitamina B2 pode causar hiperqueratose e em poucas semanas aparece atrofia e má formação do folículo piloso, podendo ocorrer queda de cabelo. Em estágios avançados de carência, temos redução das glândulas sudoríparas, diminuição dos linfócitos epidérmicos na região da boca, cílios e genitais, e, em alguns casos, ocorre atrofia da epiderme, descamação e ulcerações na pele.26,32
A vitamina B2 é sensível à ação da luz e álcalis, e incompatível com sulfas, estrógenos e álcool.32,43
Vitamina B6 (piridoxina)
A vitamina B6 é na realidade um grupo do substâncias que atuam conjuntamente: piridoxina, piridoxal e piridoxamina.43
Como as outras vitaminas do complexo B, é hidrossolúvel e precisa ser reposta no organismo através da alimentação, suplementos ou medicação. Está presente nos cereais, leite e leveduras.32,43
A fosforilação da vitamina B6 origina um produto importante no metabolismo proteico.26
A deficiência de piridoxina no organismo resulta em redução na concentração de piridoxal-5-fosfato nos tecidos, coenzima que atua em numerosos processos envolvendo a amino-ácido descarboxilase, aninotransferase, hidrolase e diaminooxidase. Ocorre distúrbio no metabolismo com o aparecimento de anemia hipercrômica, dermatite seborreica no nariz, olhos e boca, danos neurológicos acompanhados de convulsão, alteração do ritmo cardíaco e ulcerações na mu cosa oral.26,32
A vitamina B6 possui ação protetora contra pelagra (pele áspera).
Em pesquisas com animais, a deficiência da vitamina B6 causou espessamento epidérmico edematoso, com infiltração de leucócitos. O estrato lúcido tornou-se mais espesso, as células do estrato espinhoso ficaram distendidas e elevou-se a taxa de mitose na camada basal. Os folículos pilosos e as glândulas sudoríparas atrofiaram-se, enquanto que as sebáceas mantiveram-se intactas, houve o surgimento de seborreia. No estado carencial, a pele geralmente se apresentou hiperêmica, edematosa e com infiltração de leucócitos. Com a deficiência da vitamina B6, correu também redução da atividade histaminase propiciando o aparecimento de alergias.26
É particularmente efetiva quando combinada com ácidos graxos essenciais.32
A vitamina B6 foi patenteada isolada e também associada a estrógenos para ser utilizada na calvície feminina.4,24
As soluções ácidas são estáveis ao oxigênio, aquecimento, luz e sensíveis aos metais pesados.32.43
Biotina (coenzima R ou vitamina H)
É uma vitamina pertencente ao complexo B, contendo enxofre em sua estrutura e é levemente solúvel em água. É essencial no metabolismo de gorduras e proteínas. Pode ser sintetizada por bactérias intestinais. Atua na manutenção de pele saudável e apresenta sinergismo na presença das vitaminas B2, B6, A e niacina.43
Está presente no leite, arroz, farelo, vegetais, frutas, leveduras, gema de ovo, fígado e rins.32
A deficiência da biotina manifesta-se na criança sob a forma de dermatite seborreica. Pode também resultar em modificações na pele e cabelos (perda e mudança estrutural). 4,24,32
É empregada em formulações cosméticas para pele e possui ação antisseborreica.32
Acido fólico
Vitamina de cor amarela, muito solúvel em água, relativamente estável em soluções neutras. Está presente no fígado, rins, leite, espinafre e gérmen de trigo.32
O ácido fólico é necessário ao organismo para a biossíntese dos ácidos nucléicos, indispensável na formação das células.
Sua deficiência pode conduzir a modificações na produção de células sanguíneas. Posteriormente pode causar dano à pele e aos cabelos, principalmente quando se utilizam medicamentos como sulfonamidas e antibióticos.
Em produtos cosméticos empregam se como fontes de vitaminas do complexo B, extratos de leveduras solúveis em água ou aqueles provenientes de sementes de grãos.
Pantenol
É conhecida como vitamina B5, sendo a mais importante das vitaminas cosméticas do complexo B. E hidrossolúvel e constituinte normal da pele e cabelos. Pode ser sintetizada por bactérias intestinais, sendo encontrada na carne, grãos integrais, gérmen de trigo, soro do leite, rins, fígado, coração, verduras, levedura de cerveja, frutas secas, frango e melaço.25,32,43
Está disponível sob a forma de d-pantenol ou a mistura racêmica l-pantenol. A atividade fisiológica da forma racêmica corresponde a 50% da forma dextrógira. Um derivado comercialmente disponível é o pantotenato de cálcio.25,32
O intervalo de pH de uma solução aquosa a 10% varia de 9,0 a 10,5 e o máximo de estabilidade ocorre entre 4,0 e 6,0.32
Quando aplicado topicamente, o d-pantenol penetra na pele e se converte a ácido pantotênico, biologicamente ativo, que se difunde para os vasos sanguíneos periféricos.24,32 O ácido pantotênico contribui na formação das células epiteliais, na manutenção do crescimento normal, no desenvolvi mento do sistema nervoso central e é um componente importante da coenzima A. É fundamental para a conversão das gorduras e dos açúcares em energia, atua na produção de anticorpos e no funcionamento das glândulas suprarrenais.25,26,32,43
A regeneração celular é acelerada com a aplicação externa do pantenol, formando o epitélio com elevado nível organizacional das estruturas formadoras da epiderme. Sua aplicação tópica pode auxiliar na cicatrização de lesões superficiais presentes em queimaduras, fissuras, escaras e cirurgias plásticas; lesões córneas, dermatoses ulcerativas e piogênicas e dermatites alérgicas, com bons resultados estéticos. Também eleva a resistência a inflamações, eritema, alivia coceiras com possível ação anti-histamínica.25,26,32
Pode atuar como hidratante, pois apresenta capacidade de penetração na pele, atraindo ou retendo água e mantendo sua aparência natural.25,26
Quando aplicado sobre os cabelos, o pantenol penetra na haste o raiz. Permanece sobre a primeira, formando filme interno externo, exercendo efeito condicionador, mesmo após o enxágue com água, ajudando na retenção da umidade e conferindo tato suave, facilidade no pentear e o cabelo fica menos quebradiço. A quantidade absorvida pelo cabelo normal e quimicamente danificado, após um único ou múltiplos tratamentos com condicionadores contendo 0,5% de pantenol, indicam que mesmo após um ciclo de tratamento, quantidade significativa desta substância penetra no cabelo, e microscopicamente os fios danificados apresentam reparo extensivo. Com o uso repetido da formulação contendo esta vitamina, a deposição e absorção se elevam.25,26,32
O pantenol pode penetrar nas camadas superiores das unhas dos dedos, com efeito reparador.32
As quantidades desta vitamina utilizadas em produtos para os cabelos variam de acordo com o tipo de produto: removidos com enxágue: 0,75 a 1%; não removidos com enxágue:0,5 a 0,75% e sprays capilares: 0,25%.25
Pelas qualidades expostas, o pantenol é incluído em cremes, loções ou tônicos, aliviando o ressecamento da pele envelhecida, conferindo-lhe tato suave quando sem brilho ou afinada e apresenta as vantagens de não ser irritante nem sensibilizante.25,26
O pantenol age como solubilizante em microemulsões e é responsável por sua transparência.32
Em formulações para pele empregam-se 2 a 5% de pantenol, vitamina A e alantoina, com efeitos benéficos na regeneração celular. Também está indicado no mesmo intervalo de concentração em formulações fotoprotetoras porque estimula a pigmentação e reduz a formação de eritema. Outros usos do pantenol envolvem, preparações pós exposição ao sol, protetores labiais e cremes infantis.25,
A deficiência do acido pantotênico na pele é manifestada por acinzentamento dos cabelos, dermatite, corneificação, despigmentação e esfoliação da pele. Além disso, como todas as vitaminas do complexo B, pode conduzir a desordens nervosas e do trato alimentar. 25,32
Nicotinamida
É um componente da coenzima NADH e NADHPH, presente em todos os tecidos. Dieta deficiente em triptofano, precursor da nicotinamida provoca a pelagra, com aparecimento de lesões na pele e em regiões expostas à radiação solar. Assim, esta vitamina é efetiva na aplicação local contra a pelagra.26.32
A nicotinamida é muito solúvel em água e as soluções neutras possuem boa estabilidade. Os sintomas da sua deficiência envolvem modificações na pele e mucosas e desordens nervosas. As mudanças na pele correm em áreas expostas ao sol.32 É empregada em preparações para os cabelos e a pele.32
Vitamina E
A vitamina E apresenta-se como α-tocoferol, forma não esterificada, e pode ser encontrada no óleo de gérmen de tri go e outros óleos vegetais."
A tua como antioxidante natural ou fisiológico in vitro e in vivo, sendo encontrado nas membranas celulares. Sua ação nos tecidos consiste em evitar ou retardar a formação de lipoperóxidos a partir dos lipídeos poli-insaturados ou ácidos graxos, presentes nas glândulas sebáceas e no suor, bloqueando as ações danosas das espécies oxigênio reativas. Melhora a utilização do oxigênio tecidual e eleva a circulação capilar.15,25,26,32,40
No homem, a vitamina E atua conjuntamente com outras enzimas antioxidantes, tais como glutationa peroxidase, catalase e superóxido dismutase e também, com determinadas moléculas pequenas com propriedades antioxidantes, tais como ácido ascórbico, glutationa e ácido úrico.25
Um dos efeitos mais importantes da vitamina E é sua ação antioxidante, capaz de estabilizar a vitamina A, carotenoides e ácidos graxos essenciais.32
A deficiência de vitamina E, exposição ao sol reduzida e o envelhecimento conduzem ao mesmo tipo de dano às proteínas celulares, membranas e outras estruturas.32
A vitamina E atua contra o envelhecimento da pele, mantendo a integridade das membranas celulares, compostas de fosfolipídeos de elevado grau de insaturação, susceptíveis à formação de peróxidos lipídicos. Diminui a atividade das glândulas sebáceas e a pigmentação excessiva da pele, possível causa da diminuição de sua elasticidade e retenção de água, características do envelhecimento.25,32
De acordo com pesquisas realizadas com camundongos, ocorreu a supressão da peroxidação lipídica epidérmica induzida pela radiação UV, mediante administração tópica de 5mg de α-tocoferol dissolvido em acetona.45
A solubilidade de um antioxidante é importante porque determina que porção da célula pode proteger dos danos dos radicais livres. A vitamina E é solúvel em álcoois, gorduras e óleos.33
A aplicação tópica de um antioxidante pode tanto auxiliar no estresse oxidativo quanto preservar as defesas endógenas, retardando a deterioração natural que conduziria ao envelhecimento da pele. Pesquisas realizadas indicaram que a aplicação tópica de mistura de tocoferóis em camundongos conservou a vitamina E endógena, e conferiu proteção contra o desgaste oxidativo induzido pole radiação UV. 30,36 Após administração tópica, o álcool e acetato de tocoferol são absorvidos através da pele, pois foram detectados no estrato córneo e em camadas inferiores da pele. Pesquisas indicaram também, que a vitamina E penetra diretamente no córtex do cabelo.15,32
O α-tocoferol e o acetato de tocoferol são comumente empregados em cosméticos fotoprotetores com atividade antioxidante. O primeiro possui um grupo fenol livre, necessário à atividade mencionada, atuando como um "neutralizador" do radical peroxila.1,7,25
Em experimentos conduzidos com homogenato da epiderme submetido à radiação UV e com pele humana intacta também irradiada produziram-se espécies oxigênio-reativas, tais como radicais OH, H2O2 e superóxido O2. Estes radicais podem reagir com DNA causando dano oxidativo e conduzindo a mutações e possíveis neoplasias. Neste contexto, a vitamina E e seus derivados poderiam ser considerados auxiliares na fotoproteção, embora existam diferenças entre o α-tocoferol e o acetato e succinato de tocoferol. A aplicação tópica do primeiro diminuiu significativamente a incidência da fotocarcinogênese na pele e a imunossusceptibilidade induzida pela radiação UV-B em camundongos, após exposição à radiação.1,7,22,23
A capacidade da pele transformar as formas esterifica das, como acetato e o succinato de tocoferol, na forma de α-tocoferol é limitada. Este fato pode explicar a incapacidade destes derivados esterificados evitarem a fotocarcinogênese, podendo em alguns casos, promove-la, e também o crescimento das células epidérmicas da pele. Estes estudos sugerem que a maioria das formulações fotoprotetoras disponíveis comercialmente, pelo menos aquelas que contêm acetato de tocoferol, possuem potencial previamente não identificado de causarem danos aos usuários.1,22,29
Além das diferenças entre as capacidades antioxidantes, os ésteres de tocoferol, com absorbância máxima em comprimentos de onda de 286 nm, apresentam capacidade fotoabsortiva menor que o α-tocoferol, cuja absorção é máxima a 294 nm. Dessa forma, o α-tocoferol torna-se filtro solar mais eficiente que as formas esterificadas.22
A associação de antioxidantes é interessante para as formulações cosméticas, pois pode prolongar o prazo de validade dos produtos, principalmente os formulados com ingredientes naturais (extratos e essências), vitaminas e proteínas. Como exemplo temos o palmitato de ascorbila e a vitamina E.
Pesquisas realizadas indicaram que a combinação das vi taminas C e E fornecem boa proteção contra os danos da radiação UV-B, principalmente pela ação da vitamina E. Referente a ação contra a radiação UV-A, a vitamina C apresentou melhores resultados. Em formulações cosméticas de filtros solares, como a oxibenzona, as vitaminas C e E conjuntamente maximizaram o efeito fotoprotetor.15
Referente a estabilidade, traços de metais podem acelerar a decomposição da forma não esterificada da vitamina E, sugerindo a necessidade da introdução de agentes quelantes em emulsões ou soluções alcoólicas contendo esta substância. Álcalis, ácidos, agentes oxidantes, particularmente peróxidos podem destruí-la. É levemente estável na presença da luz e oxigênio.25,32
A vitamina E por pode ser associada a formulações cosméticas contendo ácido glicólico. Este possui ação esfoliante da pele, promove a renovação do estrato córneo e pode expor grande extensão da epiderme aos efeitos deletérios das radiações UV, efeito contrabalançado pela ação antioxidante da vitamina E.30
É amplo o emprego da vitamina E e seus derivados nos produtos cosméticos, podendo estender-se aos tônicos capilares, produtos pós-barba, shampoos, desodorantes, essências de banhos, loções e cremos para o corpo e boca, dental e enxaguatórios bucais.26
Vitamina C
É conhecida como ácido ascórbico, não é armazenada pelo organismo e apenas o homem, primatas superiores, morcegos e cobaias são incapazes de sintetizá-la. Por isso deve ser reposta por suplementos, medicamentos ou alimentos, como frutas cítricas, verduras e legumes.31,42
A vitamina C é um antioxidante não enzimático, solúvel em água até 30%, de importância biológica em todo organismo humano desde o sangue até a pele, interferindo na geração e/ou propagação de espécies oxigênio reativas mediadas pela radiação UV, Confere proteção a animais e plantas, oxidando-se rapidamente a ácido diidroascórbico. Ao lado dos grupos sulfidrila é o antioxidante mais eficiente do compartimento aquoso das células.5,9,14,25,32,33
É versátil, capaz de interagir com radicais oxigênio, superóxido e hidroxilas livres, atuando contra o estresse oxidativo da pele. Estimula os fibroblastos da derme a sintetizar o colágeno, maior alvo do fotoenvelhecimento crônico.9
A vitamina C tópica apresenta atividade fotoprotetora significativa, absorvendo as radiações e atuando contra o envelhecimento cutâneo. Pesquisas realizadas com animais comprovaram seu efeito na absorção das radiações UVA e UVB.9.14
O ácido ascórbico e o palmitato de ascorbila atuam na regeneração do c-tocoferol a partir do radical tocoferol.9,33
Os radicais livres oxigênio reativos estão envolvidos em danos cutâneos provocados pela ação do sol. A pele possui sistema de proteção antioxidante, que pode ficar debilitado pela ação dos fótons, com diminuição da atividade da superóxido dismutase, glutationa redutase, catalase e glutationa redutase.14,25,33
Pesquisas demonstraram que o aumento da Vitamina C na dieta conduz a redução estatisticamente significativa de tumores provocados pela radiação UV.14
Embora a vitamina C atue como supressor de radicais livres, é sensível a agentes oxidantes e também ao oxigênio atmosférico; e a luz, calor e metais pesados atuam como catalisadores da oxidação.32
O nível de ácido ascórbico na epiderme é cinco vezes maior que o encontrado na derme. Após exposição agua à luz UV, sua quantidade diminui tanto na epiderme quanto na derme e após 45 minutos no horário do meio dia, depletam-se 80% dos estoques de vitamina C da pele. A suplementação externa, pela alimentação ou aplicação tópica restaura os níveis reduzidos.9,14,22,25,33
No organismo, o ácido ascórbico participa como cofator na hidroxilação da prolina a hidroxiprolina, importante aminoácido do tecido conjuntivo das fibras de colágeno. Na infância a vitamina C atua na formação de dois aminoácidos, tirosina e fenilalanina.16,32,42
A vitamina C tem sido associada ao ácido fólico no tratamento de micoses na pele.32
O fosfato e o palmitato de ascorbila têm sido empregados no tratamento da hiperpigmentação. O primeiro por ser hidrossolúvel, possibilita sua incorporação em vários tipos de formulações cosméticas. Permanece estável no produto pelo menos 6 meses. Na pele, é hidrolisado pelas fosfatases a l-ascorbato.9,32,33
O palmitato de ascorbila é lipossolúvel, sendo mais facilmente incorporado a emulsões óleo em água e óleos, e por isso, penetra mais facilmente na pele que o ácido ascórbico, atingindo níveis elevados em períodos de tempo reduzidos e depositando-se na nas membranas celulares. Origina formulações de valor de pH neutro, não irritantes e podendo ser empregadas em todos os tipos de pele, principalmente as mais sensíveis, como ocorre posteriormente nos tratamentos com α-hidroxiácidos (AHA).9,32,33
No comércio, encontramos soluções de ácido ascórbico estáveis a valores de pH abaixo do primeiro pKa do ascorbato, ou seja inferior a 3,5. Dessa forma, a molécula apresenta características não-iônicas e pouco lipofóbicas, condições essenciais para a adequada absorção cutânea. Uma solução de ácido ascórbico a 15% aplicada topicamente, consegue penetrar na pele em 48 horas. Após isso, a vitamina C estabiliza-se, não podendo ser removida por lavagem ou fricção. Os níveis de ácido ascórbico acumulado na pele chegar a ser 20 a 40 vezes superiores aos obtidos pela ingestão oral e o efeito fotoprotetor permanece com mesma potência por pelo menos 3 dias.9,42
A vitamina C e o palmitato de ascorbila possuem também ação anti-inflamatória, pois quando aplicados topicamente previamente à exposição da radiação UV-B, ocorre diminuição do eritema. O efeito anti-inflamatório do palmitato de ascorbila foi verificado também em outras doenças da pele, como psoríase e dermatite asteotótica (pele seca).9,25,33
Em estudos realizados com ratos irradiados com UV, a vitamina C preveniu a imunossupressão temporária e a pele não apresentou dificuldades de sensibilização nas áreas irradiadas ou não. A imunossupressão ao UV tem estreita associação com a tendencia de surgimento de câncer cm animais.42
O palmitato de ascorbila é um anticarcinogênico mais potente do que o ácido ascórbico. No homem, estimula a produção de fibroblastos e a síntese de colágeno nos fibroblastos dérmicos com doses inferiores ao ácido ascórbico.
O fosfato de ascorbil magnésio é um derivado da vitamina C que apresenta algumas vantagens, pois as soluções aquosas (pH maior ou igual a 7) apresentaram-se estáveis e com boa capacidade de penetração na pele, principalmente quando incorporado em emulsões O/A e géis hidrofílicos, liberando no interior da pele a vitamina C intacta.5
Este artigo foi publicado na revista Cosmetics & Toiletries (Edição em Português), 10(4): 44-54, 1998.
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