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“O menino me ensina
como um velho sábio
o quanto sou menina”

Alice Ruiz

 

Provavelmente os leitores do Cosmetoguia concordam com a minha impressão de que a beleza, para além da herança genética, é fruto de um processo de construção diária, feita de escolhas, cuidados e autoconhecimento. Mas e se a tal beleza - tão cantada, idealizada e perseguida - puder também ser o resultado de uma desconstrução? Sim, desconstrução de padrões, regras e tabus.

Assumir os cabelos brancos, por exemplo, pode ser uma afirmação de beleza conquistada, tanto externa como internamente, notadamente para as mulheres. “O ato de pintar os cabelos é automático entre as mulheres, não existindo, muitas vezes, um autoquestionamento sobre a necessidade ou mesmo desejo verdadeiro de pintá-los, e tem como intuito manter a aparência jovial, ou seja, seguir um padrão de beleza imposto” analisa Gabriela Guerra de Alvarenga Andrade, pós-graduada em Cosmetologia e Coordenadora de Qualidade da Paresí Nature.

A mesma sociedade que cultua a juventude é a que vincula charme aos homens grisalhos e desleixo às mulheres na mesma condição. Núbia Lemes, graduada em Estética e Cosmética e Técnica Capilar da Mutari, acredita que, hoje em dia, assumir os cabelos brancos é mais do que uma decisão meramente estética, é levantar uma bandeira de liberdade em um ato de aceitação e amor próprio.