Quem nunca?”, “Chocada!” e “Pancadão” são alguns dos nomes que batizam lançamentos recentes na categoria de esmaltes. Além de divertidos, eles ilustram um pouco da energia criativa e democrática das cores. Escolhas como a nuance metalizada das unhas, os fios platinados e o vermelho intenso dos lábios estão relacionadas não apenas ao que dita a moda, mas também aos estados de humor e ao que nos inspira ou nos provoca.
Desde 2000, a Pantone – empresa norte- americana mundialmente famosa por seu sistema numérico de escala de cores – divulga a cor do ano. Essa escolha se tornou referência para a indústria da moda, do design e da decoração no mundo todo. Neste ano, pela primeira vez, a empresa elegeu a mistura de duas cores: “rose quartz” e
“serenity”. “Juntas, rose quartz e serenity evocam o equilíbrio que existe entre um rosa acolhedor como um abraço e um tom azul-claro mais frio e tranquilo, refl etindo a conexão entre o bem-estar e uma calma sensação de ordem e paz”, destacou a Pantone.
Além destas, outras cores são apontadas como hits para a temporada primavera-verão 2016/2017, como “snorkel blue”, um azul-marítimo; “lilac gray”, tom de lilás acinzentado; “buttercup”, tonalidade clara de mostarda; “limpet Shell”, um verde água “refrescante”; e “iced coffee”, cor de transição entre bege e marrom que remete a terra, suavidade e sutileza.
De forma semelhante à cadeia têxtil, a indústria cosmética também desenvolve produtos considerando as tendências de moda e as mudanças comportamentais dos consumidores, bem como os apelos da estação. No inverno, por exemplo, ganham destaque os tons escuros, como preto, grafite e azul-marinho. A luminosidade do verão traz cores fortes, quentes e alegres, como vermelho, laranja, amarelo e verde. Lançamentos, relançamentos e edições especiais em cosméticos
coloridos chegam ao mercado em sintonia com todos esses aspectos.
As tendências de moda são criadas na ponta inicial da cadeia têxtil, que são as empresas que desenvolvem fibras e fiações.
“Pesquisadores e analistas dos birôs de estilo veem quais cores e materiais vão estar mais disponíveis na natureza e no mercado, com uma antecedência que chega a dois anos para os fios e para as cores, um ano e meio antes para os tecidos e um ano para as formas”, descreve a jornalista Erika Palomino no livro A Moda (Publifolha). As informações que se materializam nas passarelas e chegam às revistas e a outros meios de comunicação, somam-se a outras variáveis, que infl uenciam consumidores em maior ou menor intensidade.
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