Produtos de higiene
publicado em 10/02/2020
Erica Franquilino - Jornalista
Origens dos produtos | Desodorantes | A origem do “ce-cê” | Cremes dentais | Enxaguatórios bucais | Talcos
Produtos para limpar, perfumar e manter a higiene do corpo Sabonetes | Desodorantes | Talcos | Cremes dentais e enxaguatórios bucais
Origens dos produtos
Onde surgiu o sabonete? Como nossos ancestrais perfumavam o hálito? Confira, a seguir, um breve apanhado histórico, com a evolução de sabonetes, desodorantes, talcos e produtos para higiene oral.
por ERICA FRANQUILINO
Uma antiga lenda romana nos conta que a palavra “sabão” teve sua origem no Monte Sapo, situado nas proximidades de Roma, onde animais eram oferecidos em sacrifício aos deuses. A gordura que escorria desses animais misturava-se com a madeira queimada no altar. Quando essa mistura argilosa escorria pelas encostas do monte, chegando às margens do rio Tibre, entrava em contato com as roupas lavadas pelas mulheres, que as limpavam com maior facilidade.
Os mais antigos indícios arqueológicos da existência de materiais saponificantes foram encontrados em cilindros escavados nas ruínas da antiga Babilônia e são anteriores a 2.800 a.C. As inscrições indicavam que o material era utilizado para limpeza dos cabelos e para ajudar a fazer penteados.
No início da era cristã, o escritor, historiador e administrador romano Plínio, o Velho (24-79 d.C.), autor da obra História natural, descreve a preparação do sabão a partir do cozimento do sebo de carneiro com cinzas de madeira. Ele atribui aos fenícios o conhecimento da técnica, praticada desde 600 a.C.
O médico grego Galeno (130-200 d.C.) também deixou o registro de uma técnica, segundo a qual o sabão, preparado com gorduras e cinzas, era utilizado ou como medicamento ou para remover tecidos mortos da pele.
Já no antigo Egito, além de gordura animal, a mistura usada para limpar o corpo incluía óleos vegetais.
Mas o sabão, em sua forma sólida, só surgiu no século VII, quando os árabes criaram o chamado processo de saponificação, a partir da fervura de uma mistura de soda cáustica, gordura animal e óleos naturais. Durante o período da ocupação árabe na Península Ibérica, os espanhóis acrescentaram azeite de oliva à mistura, para perfumá-la.
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