Pink Money
publicado em 31/03/2020
Erica Franquilino - Jornalista
Consumo e estilo de vida
“O futuro é fluido”
Dados
Eles driblam questões relacionadas a estereótipos e preconceitos, ampliam suas vozes e ganham cada vez mais representatividade na sociedade. A visibilidade da comunidade LGBT abrange lutas, conquistas, desafios, estilo de vida e um poder de consumo que vem chamando a atenção de marcas de diversos setores do mercado – mesmo os mais tradicionais. Pesquisas estimam que o público homossexual gasta 30% a mais do que o heterossexual.
LGBT é a sigla para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros. O termo surgiu nos anos 1990 e, desde então, vem crescendo em razão da valorização da diversidade e dos debates sobre identidade sexual e de gênero. Há variantes que incluem a letra Q, em referência àqueles que se identificam como queer – um termo abrangente com foco na ruptura de padrões e que dá novo significado a uma gíria inglesa, de tom pejorativo – e a letra I, para incluir pessoas intersexuais.
“Intersexo” é uma expressão usada para descrever um quadro de variações nas características corporais de um indivíduo, que não se encaixam nas definições médicas estritas do que é masculino ou feminino. Nos últimos anos, o termo LGBT ganhou mais letras e alternativas inclusivas, como a LGBTQIAP+, sigla para Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer, Intersexo, Assexuais/Agênero, Pan/Poli e mais. Na essência, a ideia de todas elas é abraçar as diferenças.
No Censo de 2010, ao incluir a pergunta “qual o grau de parentesco com o chefe da família?”, o IBGE apurou que existem no Brasil cerca de 67,4 mil casais formados por pessoas do mesmo sexo (0,18% da população). Segundo a pesquisa Estatísticas do Registro Civil, também do IBGE, os casamentos homoafetivos representaram cerca de 0,5% do total anual de uniões do país (aproximadamente 5 mil por ano) no período de 2013 a 2016. A população homossexual no Brasil é estimada em 20 milhões de pessoas.
Há poucos dados nacionais que ilustram os perfis sociodemográficos e de consumo desse grupo populacional. Consultorias e organizações que trabalham pela inclusão de pessoas LGBT vêm desenvolvendo pesquisas sobre essa parcela da população, para fornecer subsídios a novos estudos e embasar possíveis políticas públicas.
A startup TODXS, que atua na coleta e no processamento de dados sobre a população LGBTI+, lançou em abril deste ano o questionário on-line “Pesquisa TODXS LGBTI+: Pesquisa Nacional por Amostra da População LGBTI+”. O objetivo é compreender o que a comunidade compartilha em relação a temas como: identidade, renda, perfil sociodemográfico, nível educacional, atuação no mercado de trabalho, compreensão política e discriminação.
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