Prebióticos na pele, pode? Pode! O uso de prebióticos como aliado nos cuidados com a pele
publicado em 17/03/2021 por Renata Vasconcelos
Vamos simplificar?
Mas e se falarmos em cuidados com a pele?
Conheça alguns produtos em alta no mercado da beleza quando o assunto são prebióticos
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Em época de vírus no ar, que tal conhecermos um pouco melhor as bactérias que nos fazem bem?
Quando falamos em nutrição, duas palavras logo vêm à nossa cabeça: probióticos e prebióticos. Está na internet, todo mundo fala, imaginamos que podem ser benéficos, mas será que sabemos o que são, como agem no nosso organismo e qual a importância dessas bactérias chamadas “do bem”?
Em primeiro lugar, precisamos entender e diferenciar os termos.
Probióticos são micro-organismos vivos que, em quantidades adequadas, agem no corpo facilitando a digestão e a absorção de nutrientes, conferindo benefícios à saúde e fortalecendo a imunidade. São as bactérias boas vivas existentes em nosso organismo que protegem, equilibram e melhoram nossa atividade celular, combatendo os micro-organismos patogênicos, ou seja, aqueles causadores de doenças. Esses micro-organismos atuam promovendo um aumento das bactérias boas no intestino, impedindo o crescimento daquelas más.
Os prebióticos são substâncias responsáveis por estimular o crescimento ou a atividade de bactérias benéficas preexistentes no indivíduo, por exemplo a inulina e a arabinose. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os prebióticos são componentes alimentares não-digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro pelo estímulo seletivo da proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis no cólon. Os prebióticos são encontrados em alguns leites e fórmulas lácteas, na banana, cebola, alcachofra e cereais integrais.
Vamos simplificar?
“De forma didática, os probióticos são os organismos vivos (bactérias e leveduras geralmente) benéficos para nossa saúde, sejam eles aplicados na pele ou mesmo ingeridos. Já os prebióticos são um grupo de alimentos que auxiliam na seleção natural e reprodução dos prebióticos”, explica Rangel César dos Santos, Gerente de PCP da Melhor Indústria e Comércio de Cosméticos.
Segundo Samara Eberlin, Farmacêutica, Mestre em Fisiopatologia Médica e Doutora em Farmacologia pela Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP, a microbiota, também conhecida como flora intestinal, pode ser alterada dependendo do tipo de dieta aplicada. Por exemplo, a ingestão de probióticos como as bifidobactérias - presentes em iogurtes, ou do prebiótico inulina, um polissacarídeo da frutose que estimula o crescimento de bifidobactérias, são essenciais para a saúde intestinal, pois estimulam os movimentos peristálticos. O consumo de probióticos também é favorável no controle de infecções recorrentes do trato urinário feminino.
“Outros exemplos dos benefícios dos probióticos são: melhora a digestão da lactose, reduz os sintomas da intolerância à lactose, reduz o pH intestinal e o colesterol, favorece a produção de vitamina B e melhora a biodisponibilidade do cálcio”, complementa Samara.
Os nomes não são muito fáceis, mas vale a pena conhecer os mais usados na indústria:
Os prebióticos mais conhecidos e mais frequentemente estudados são os frutanos do tipo inulina, incluindo a inulina nativa, a oligofrutose e os fruto-oligossacarídeos sintéticos (FOS). Outros exemplos são galacto-oligossacarídeos (GOS), arabinose, rafinose, lactulose, pirodextrinas, oligossacarídeos de soja e xilo-oligossacarídeos. Esses ingredientes podem ser extraídos de fontes naturais, como raiz de chicória, tubérculos de dália, alcachofra, yacon, agave, alho, cebola, aspargos, alho-poró, linhaça e soja, bem como no leite materno e leite de vaca, segundo Samara.
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Comentários
Parabéns a todos!!
há mais de 3 anosGostaria de saber se entre essas substâncias prebióticas citadas, como inulina e FOS, alguma delas pode ser usada diretamente sobre a pele? O uso puro traria benefícios?
há mais de 2 anos