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As propriedades de regeneração e renovação das células-tronco chegam ao mercado cosmético, em produtos que prometem proteger e combater o envelhecimento da pele, graças à ação das células-tronco vegetais.

 

  O Que é?
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Cercadas por debates ideológicos e perspectivas animadoras em diversas áreas da medicina, as células-tronco inauguraram um novo capítulo nas pesquisas relacionadas à saúde. Elas têm potencial para revolucionar, no futuro, os tratamentos de várias doenças. As propriedades de renovação e regeneração das células-tronco humanas também estão presentes nas células-tronco vegetais, que estão sendo utilizadas pela indústria cosmética na formulação de produtos antienvelhecimento. São cremes e séruns que chegam ao mercado com a promessa de melhorar a textura, a vitalidade e a aparência da pele.

     Na definição da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), do Ministério da Saúde, células-tronco são tipos de célula que podem transformar-se em células com funções muito especializadas, constituindo diferentes tipos de tecido do corpo. “[...] podemos afirmar que células-tronco são células que têm o potencial de recompor tecidos danificados e assim auxiliar no tratamento de doenças como câncer, mal de parkinson, mal de Alzheimer, doenças degenerativas e cardíacas”, informa a BVS.

     As células-tronco podem ser embrionárias, aquelas que têm potencial para formar todos os 216 tecidos que formam o corpo humano, ou adultas, aquelas com potencial para formar alguns, mas não todos os tecidos. Na série de vídeos “Pergunte ao especialista”, realizada pelo portal da revista Veja, a geneticista Mayana Zats ressalta que para saber o que é uma célula-tronco embrionária é importante lembrar como começa a vida. “Todos nós começamos pela fertilização de um óvulo e um espermatozoide. Se essa fertilização for bem-sucedida, essa célula começará a se dividir. Seria uma célula-tronco embrionária”, diz a especialista.

     Uma célula vira duas, duas viram quatro, que viram oito e assim por diante, até que em determinado estágio as células começam a diferenciar-se. “Uma vai virar músculo, a outra sangue, a outra osso [...]. Depois haverá a diferenciação dos órgãos. Qual é a mensagem que a célula recebe, logo no   início da embriogênese e que diz que ‘você vai virar músculo e você vai virar cartilagem’ [...] é o que a gente quer entender, porque no começo elas são todas iguais. A gente sabe que, uma vez diferenciada, a célula-tronco descendente daquela célula vai manter as mesmas características [...]. O que a gente quer, e que o mundo inteiro está pesquisando é saber qual é o recado, a mensagem que a célula recebe e que determina: ‘você vai ser músculo, você vai ser osso, você vai ser sangue’. No momento em que a gente conseguir controlar isso perfeitamente, haverá um impacto enorme em todas as pesquisas com terapia celular”, explica Mayana.