O desperdício de alimentos é atualmente um problema no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e agricultura (FAO) estima-se perda de toneladas de alimentos com resíduos de processamento ou perda na cadeia provocando impacto econômico. O interesse em produtos naturais tem crescido nas últimas décadas mediante essa tendência, a utilização dos subprodutos alimentares que atualmente representam um problema ambiental, pode ser de grande interesse para a indústria Cosmética, fornecendo uma solução correta para o problema de poluição relacionado com o processamento de alimentos. As indústrias de transformação de hortifrutícolas minimamente geram anualmente várias toneladas de subprodutos, estes resíduos são normalmente desvalorizados, tendo como principal destino a alimentação animal, representando por vezes um problema para a indústria e constituindo um risco para o ambiente. Existem correntes que pregam que os resíduos sejam geridos como um recurso, e consequentemente a reciclagem e reutilização de resíduos torna-se uma opção economicamente atraente. Dependendo de sua matéria-prima e processamento que os originou, os subprodutos podem conter variáveis níveis de nutrientes básicos assim como compostos funcionais de elevado valor diferenciado como vitaminas, carotenoides, polifenóis entre outros; esses compostos podem ser aplicados nas indústrias alimentar, farmacêutica e cosmética seguindo metodologias apropriadas. Atualmente, pesquisas começaram a processar resíduos para obter novas opções de agentes ativos, principalmente antioxidantes, para serem implementados em produtos cosméticos. Diante desse contexto, tem-se por objetivo obter o extrato oleoso do licopeno, sem uso de solventes orgânicos, a partir de subprodutos da cadeia de produção de alimentos e realizar a extração de flavonóides a partir da casca da laranja para formular nanoestrutura com atividade antioxidante.