Por que usar Filtros Solares? |   Estratégias de Proteção |  Após a Aplicação e a Exposição |  Potenciais Efeitos Colaterais |   Presença Ambiental | Outras Preocupações 

 

Atualmente, os cuidados com o Sol devem ir além dos óculos escuros e das loções com altos valores de FPS. Consumidores, profissionais de marketing e a comunidade científica buscam meios de proteção não somente contra a radiação de todos os espectros, mas também contra outros agentes perigosos para os seres humanos, como peróxidos, nitrogênio e óxidos sulfúricos, radicais livres e outras moléculas ativadas pela atividade solar, incluindo o ozônio, que podem estar na atmosfera ou ser produzidos pelo nosso organismo.

Espécies reativas oxigenadas e nitrogenadas são representadas por radicais aniônicos superóxidos, como hidroxila, alcoxila e radicais peroxila lipídicos, como óxido nítrico e peroxinitrito.1 A formação desses agentes pelo organismo pode ocorrer pela atuação do Sol, da umidade, de absorvedores de UV, e por ingredientes fotoinstáveis que sejam inadvertidamente formulados ou gerados in loco em produtos de cuidados com a pele. O contato desses agentes com a pele humana pode deflagrar uma cascata de respostas inflamatórias.

Já foi constatado que nanopartículas do óxido de zinco, por exemplo, induzem estresse oxidativo e nitrosativo nos monócitos humanos, levando a uma maior resposta inflamatória do organismo por meio da ativação dos caminhos sinalizadores da redox sensível NF-KB e MAPK.2 Também já foi demonstrado que nanopartículas de dióxido de titânio, em um teste de bioensaio celular, aumentam, proporcionalmente à sua dose, a lesão ao DNA, a peroxidação lipídica e a carbonilação da proteína, além de reduzir significativamente as atividades de superóxidos dismutase e catalase, os níveis totais de glutationa e a capacidade antioxidante total – todos indicadores de estresse oxidativo.3 A ampla aplicação de nanopartículas de óxido de zinco e de dióxido de titânio em, por exemplo, cosméticos, tintas, biossensores, excipientes de medicamentos, embalagens de alimentos e agentes anticâncer também eleva o risco de exposição humana a esses materiais.

Também tem se avolumado o conhecimento de como as alterações induzidas por UV estão envolvidas na imunossupressão e na cascata de eventos relacionada com o câncer de pele não melanoma. Por outro lado, esse conhecimento traz consigo um vislumbre do desenvolvimento de estratégias para garantir uma proteção mais efetiva.4

No entanto, também existe a crendice de que “quanto maior é o FPS, melhor é o protetor solar”. Na verdade, o produto com