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Uma importante função da pele é servir de barreira mecânica e química entre o ambiente externo hostil e o organismo interno. As agressões externas, como a radiação UV, infecções microbianas e condições climáticas adversas, reconhecidamente alteram as propriedades de barreira da pele. Essa barreira é formada por uma estrutura única de lipídios e de queratinócitos diferenciados do estrato córneo, tudo complementado por uma finíssima película levemente ácida na superfície da epiderme – conhecida como camada hidro-lipídica.1,2

Esse manto ácido é composto por sebo misturado com pequenas quantidades de lipídios epidérmicos e secreções das glândulas sudoríparas, formando um importante modulador das funções de barreira da pele,3,4 especialmente por meio da hidratação do estrato córneo. Sabe-se que, com a idade, tanto o estrato córneo quanto essa película hidro-lipídica sofrem grandes alterações qualitativas e quantitativas2 que tornam a pele ressecada e mais vulnerável às agressões externas.

Lipidômicos já demonstraram que durante o envelhecimento o pH e a composição da película hidro-lipídica vão sendo alterados.5 Estudos micrográficos com elétrons mostram um estrato córneo mais espesso, fissurado e desorganizado em uma pele seca.6,7 Além disso, a pele com aparência envelhecida adquire textura mais áspera e amarelecida, o que, em parte, pode ter sido causado pelo menor conteúdo de água além da falta de queratinócitos, que se tornaram não-viáveis e enrijecidos, os corneócitos, que descamam normalmente.

Assim sendo, a recuperação da função de barreira da epiderme bem como as melhorias na capacidade de os cornócitos mortos se descamarem normalmente, são meios para revigorar a pele envelhecida, restaurar a hidratação adequada e preservar o meio interno.

Com vistas na recuperação da barreira, uma nova evidência revela que o Receptor -3 tipo Toll (TLR3), um membro da família