Cosméticos Atípicos
Avaliação do Abuso pelo Consumidor
Teste de Desafio
Crescimento Microbiano
Atividade da Água
Medições da Atividade de Água do Produto
Probabilidades de Risco/Susceptibilidade
Controle de Contaminação
Conclusões


 

Podemos definir grosseiramente produtos cosméticos “atípicos” como aqueles produtos que não estão enquadrados na formulação “típica” óleo-em-água, que é a característica da grande maioria dos produtos atualmente no mercado.

Por anos a fio, vem existindo uma forte controvérsia sobre a filosofia geral da necessidade de conservar os produtos típicos e, se realmente existir tal necessidade, como atendê-la sem prejudicar artificialmente a integridade do sistema de produto que está sendo avaliado.

Nem a própria FDA e nenhuma outra agência responsável por normas chegou a abordar suficientemente esses temas de maneira que dê uma direção adequada para as empresas do setor. Essencialmente, a resolução dessas questões tem ficado, unicamente, a critério das indústrias farmacêuticas e de cosméticos. Em muitos casos, essas empresas desenvolveram domesticamente suas próprias políticas e filosofias a respeito das apresentações atípicas de produtos.

Para complicar ainda mais a situação, existe a infeliz – mas comum – prática em muitos laboratórios de, sem nenhum critério, submeter todas as formulações a extensos protocolos de testes de desafio com preservantes. Isso é feito independente do grau de sensibilidade do produto à contaminação microbiana, ou sem levar em consideração a hostilidade óbvia do produto a microrganismo. Esses protocolos também são aplicados sem nenhuma justificativa técnica, com o evidente propósito de apaziguar a consciência de todos os envolvidos. Aparentemente, dá para entender esse enfoque questionável, mas o conceito básico está na contramão dos princípios fundamentais da verificação da susceptibilidade do produto, e da avaliação da conservação e preservação do sistema.