Emulsões de Pickering
Comparação com Emulsões Estabilizadas por Tensoativo
Avanços Recentes nas Emulsões de Pickering para Cosméticos
Conclusão

 

Desde a década de 1980 vem ocorrendo uma tendência no sentido das emulsões sem tensoativo1-4 direcionadas por produtos para peles sensíveis e para filtros solares elaborados. Recentemente tem surgido um grande fluxo de pesquisas, desenvolvimentos e patentes no campo das emulsões estabilizadas por partículas. Para essas aplicações, estão sendo buscadas nanopartículas sob medida. O objetivo deste artigo é fazer uma rápida análise dos princípios básicos da estabilização das partículas.

 

Emulsões de Pickering

Pickering apresentou o primeiro estudo científico registrado5,6 sobre as emulsões estabilizadas por partículas em 1907, quando estabilizou água e parafina com sulfato básico de cobre e sulfato de ferro, nos quais as partículas foram precipitadas in situ. Nas suas anotações pode se ler: “muitas outras substâncias precipitadas agem como emulsificantes, mas essa propriedade é destruída, assim que estas sejam secadas ou, por algum outro meio, ficaram privadas de sua estrutura de grãos finos.” Atualmente, essas emulsões são chamadas de emulsões de Pickering. Nas emulsões de Pickering, pequenas partículas posicionam-se na interface óleo-água e formam uma barreira mecânica contra a coalescência.7 Essas emulsões eram conhecidas como ocorrência problemática na recuperação do óleo, porque emulsões estáveis água-em-óleo eram formadas por minerais presentes no sistema.8