Receitas Estéticas Caseiras e Naturais: Análise de Riscos à Saúde
publicado em 25/04/2022
GA Chambilla Mamani, N Araujo Santos, S Wisam Abou Rafe, VH Lago Lorenzo, A Ramalho Garcia
Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo SP, Brasil
A adoção do “faça você mesmo” se transformou em uma prática comum, mas é preocupante pela falta de segurança que traz aos consumidores. Neste artigo os autores exploram o uso e a elaboração de receitas estéticas caseiras e seus possíveis riscos à saúde por meio de um levantamento bibliográfico e de uma pesquisa, obtendo dados primários e quantitativos.
The use of “do it yourself” has become a common practice and is worrying due to the lack of safety for consumers. In this article, the authors explored the use and preparation of homemade aesthetic recipes and their possible health risks through a literature review and research obtaining primary quantitative data.
El uso del “hágalo tu mismo” se ha convertido en una práctica común y preocupante por la falta de seguridad a los consumidores. En este artículo, los autores exploraron el uso y la elaboración de recetas estéticas caseras y los posibles riesgos para la salud por medio de una revisión de literatura y una investigación, en el cual fueron obtenidos resultados cuantitativos y primarios.
A Preferência por Ingredientes Naturais
Falta de Fontes Seguras: Medicina Popular e DIY
Material e Métodos/Metodologia
O movimento do it yourself (DIY) ou, traduzido do inglês, faça você mesmo, tem como principal vertente a ideia de “construir, modificar ou consertar seus objetos sem ter de recorrer à indústria ou a profissionais.”¹ De acordo com George McKay (1998), com a disseminação do consumo tecnológico e a mídia voltada a digitais influencers e celebridades, o movimento DIY vem se fortalecendo e contribuindo para a produção e consumo próprio.²
A crise financeira, a preocupação com o meio ambiente e a saúde, e o crescimento das mídias sociais, conectando facilmente a troca de experiências, foram fatores que alavancaram a produção de cosméticos artesanais e naturais.³
Diante disso, os “cosméticos naturais” são caracterizados por ter ingredientes vegetais, pela ausência de conservantes artificiais e por estimular a capacidade natural de recuperação da pele e do cabelo.4
Este trabalho busca fazer uma relação entre os seguintes pilares: a medicina popular, o movimento DIY e a cultura do natural para o surgimento dos cosméticos caseiros. Atrelada a isso, a pesquisa que foi realizada no presente trabalho se espelha em um levantamento quantitativo das fontes utilizadas para a busca de receitas caseiras e no conhecimento que os utilizadores dessas receitas têm sobre sua qualidade e seus riscos.
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1. Super Interessante.A volta da cultura do Faça Você Mesmo. On-line. Disponível em: https://super.abril.com.br/cultura/a-volta-da-cultura-do-faca-voce-mesmo/. Acesso em: 21/8/2021
2. G McKay. DIY Culture – Party & Protest in Nineties Britain. 1ª ed, Verso, UK, 1998
3. ER Svidzikievicz, DJ De Almeida. Medicina Popular: Tratamentos Estéticos. South Amer Develop Soc Jour 3(8):62-82, 2017
4. E Lyrio. Recursos vegetais em biocosméticos: conceito inovador de beleza, saúde e sustentabilidade. Natur On 9(1):47-51, 2011
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8. IBD. Diretrizes Orgânico e Natural: Para produtos cosméticos e higiene pessoal e ingredientes certificados como natural e orgânico. On-line. Disponível em: https://www.ibd.com. br/wp-content/uploads/2019/10/8_1_2_C_Diretrizes_IBD_ Cosmeticos_17102019_V.pdf. Acesso em: 8/6/2021
9. NL Etkin. Edible medicines: an ethnopharmacology of food. 1ª ed, University of Arizona Press, Arizona, 2008
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Comentários
Muito detalhado e ótimo estudo.
há 4 mesesAgradecemos pela leitura e comentário
há 4 meses