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Felicidade e Bem-Estar
 

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O “Quarteto da Felicidade”








 

 

 

 

Felicidade e Bem-Estar

Estudiosos da psicologia positiva afirmam que a felicidade é uma habilidade que pode ser aprendida e exercitada, como nossos músculos. A despeito das diferentes percepções das várias correntes da psicologia sobre o tema, é consenso que ela está associada ao autoconhecimento, à qualidade dos relacionamentos, aos momentos de autocuidado e a tudo que nos faz bem.

Tal Ben-Shahar, psicólogo, professor e escritor israelense, ministra a disciplina de Felicidade há mais de 15 anos na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Ele define a felicidade como a combinação de cinco elementos: bem-estar físico, emocional, intelectual, relacional e espiritual.

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“O bem-estar é específico: você pode sentir bem-estar no seu trabalho, na vida pessoal... A felicidade é um conjunto de ‘bem-estares’. Ela é global. Acredito que a felicidade resulta do quanto deixamos que coisas ruins nos abalem. Ela depende da nossa resiliência, do quanto deixamos que fatores externos, que não podemos controlar, nos afetem”, diz a psiquiatra Danielle Admoni, pesquisadora e supervisora na residência de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM).

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A psicóloga Juliana Santos Lemos, especialista em Psicopatologia e Terapia Cognitivo-Comportamental pela PUC do Rio Grande do Sul, aponta que a felicidade é uma emoção e, como toda emoção, ela é puramente biológica e fundamental para garantir nossa sobrevivência. “Todas as emoções têm funções, inclusive a felicidade, que nos traz equilíbrio em relação às emoções desagradáveis, como tristeza, medo e angústia. Porém, as emoções têm curta duração e podem aparecer em momentos específicos, como numa promoção, na relação com os filhos e em encontros sociais”.

“O bem-estar é um sentimento mais prolongado, ele traz sensação de prazer e contentamento por mais tempo. É uma construção de hábitos diários e que também sofre intercorrências dos nossos comportamentos e ambientes, sendo eles saudáveis ou não. A sensação de bem-estar é algo passível de ser reforçado diariamente, com rotinas de autocuidado, por exemplo”, completa.

Felicidade e bem-estar são temas de livros, pesquisas e congressos, estão transformando ambientes corporativos e, naturalmente, são conceitos explorados em ações de marketing. Do mote “Abra a Felicidade”, lançado pela Coca-Cola em 2009, às ações pós-pandemia, focadas na tangibilidade e no “aqui e agora”, a felicidade vem sendo trabalhada de forma mais abrangente e diversificada pelas marcas.

No mercado cosmético, ela se fortalece no movimento de quebra de paradigmas de beleza, na valorização do autocuidado e nas iniciativas relacionadas à inclusão e à conexão – para além do viés de consumo. Apesar da subjetividade inerente ao assunto, o ponto em comum em pesquisas sobre a felicidade é a construção de bons relacionamentos.