Materiais e Métodos

Resultados e Discussão

Conclusão

 

 

A utilização de fotoprotetores UVA e UVB sempre foi muito discutida e valorizada na indústria de cosméticos e no mundo. Entretanto, recentes estudos comprovaram a necessidade de implementar os fotoprotetores comuns com novos ativos para estender a proteção dentro do espectro eletromagnético. Com isso, a indústria passou a agregar, aos fotoprotetores, ativos para a reparação de danos causados pela luz azul (HEV) e pela radiação do espectro infravermelho (IR).

Essa proteção é baseada nos danos que a HEV e a IR geram nas células do rosto, partindo da teoria dos radicais livres –inicialmente discutida por Denham Harman, em 1956 – segundo a qual eles têm alta influência no fotoenvelhecimento precoce, potencializando-o.1 Por causa dessa teoria, formulações com ativos antioxidantes passaram a ser encontradas no mercado, uma vez que esses ativos têm o potencial de neutralizar os radicais livres, impedindo-os de provocar alterações em moléculas que são fundamentais para a saúde da pele, como o colágeno.

Em vista disso, a utilização diária desses novos fotoprotetores auxilia a manter a saúde e a integridade da pele por mais tempo, prevenindo o fotoenvelhecimento, aumentando os cuidados essenciais com a pele e trazendo para a população uma alternativa menos agressiva e mais saudável. A longo prazo, essa alternativa auxiliará na diminuição de procedimentos estéticos invasivos que têm sido buscados por conta do envelhecimento precoce.

Luz azul e seus efeitos na pele
A luz visível é composta de ondas de comprimentos entre 400 e 700 nm, as quais podem ser classificadas em ondas longas (vermelho), ondas médias (verdes) e ondas curtas (azul). Quanto menor for o comprimento de onda, maior será seu potencial energético e sua intensidade. A luz azul tem comprimento de onda entre 400 e 500 nm, sendo a banda de maior energia dentro do espectro visível.2

O Sol é a fonte natural primária de luz visível, emitindo entre 25% e 30% de luz azul, porém podemos ser expostos à luz azul em quase todos os ambientes, pois esta pode partir de fontes artificiais, como iluminações de LED presentes nas lâmpadas de iluminação ou em equipamentos eletrônicos, como tablets, computadores, televisores e celulares.2

A exposição da pele à luz azul pode aumentar a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) nos fibroblastos, desencadeando o envelhecimento cutâneo a curto prazo, causando manchas e intensificando linhas de expressão. A luz azul modifica os produtores de colágeno, as células de pigmentação, os melanócitos e os fibroblastos, que dão sustentação à pele.3,4

Radiação infravermelho e seus efeitos na pele
O espectro infravermelho é responsável por aproximadamente 40% da radiação solar que atinge o solo. A radiação infravermelho (IR) compreende ondas entre 760 nm e 1 mm, divididas em três bandas: IR-A (760 nm – 1.400 nm), IR-B (1.400 nm – 3.000 nm) e IR-C (3.000 nm - 1 mm).5,6