Novas Classes de Alisantes Capilares
Ácido Glioxílico (Glyoxylic Acid): a Molécula
Interação entre as Substâncias Ácidas e a Fibra Capilar
Saúde Ocupacional
Efeitos dos Ácidos sobre as Propriedades Físico-Químicas dos Cabelos
Conclusões

 

No início de 1900, Madam C. J. Walker, fabricante afro-americana de cosméticos de Indianápolis, Indiana, Estados Unidos, inventou uma pomada a partir de uma combinação de óleos que revolucionou as práticas de tratamento dos cabelos “afroétnicos”. Esse tratamento tornou os cabelos excessivamente ondulados mais macios, brilhantes e mais fáceis de pentear. No entanto, a pomada não alisava os cabelos e as mulheres com essa característica de cabelos não podiam ainda alcançar os estilos das mulheres caucasianas.1,2

Em 1905, Walker iniciou o uso da escova para alisamento em conjunto com o tratamento capilar que havia desenvolvido. A escova poderia ser aquecida no fogão e usada com a pomada, satisfazendo a necessidade, de certas mulheres, de alisar seus cabelos “afroétnicos”. Esse tratamento deixava os cabelos brilhantes, sedosos e temporariamente lisos. O método, primeiramente conhecido como método Walker, foi mais tarde chamado hairpressing e, nos dias de hoje, esse tratamento térmico que passou a ser feito com uso de piastra, é popularmente denominada chapinha.1,3,4

Até os anos 1950, para os cabelos excessivamente ondulados não havia um tratamento para alisamento mais efetivo. Somente em 1965, um tratamento inovador para o alisamento dos cabelos foi introduzido no mercado. O ingrediente ativo aplicado era o hidróxido de sódio. O método químico para o relaxamento dos cabelos eliminou a aplicação do método de alisamento temporário de Walker. As vantagens relativas à metodologia química foram inúmeras e o tratamento se expandiu rapidamente por diversos locais.

Com a inovação, algumas mulheres afro-americanas passaram a usar estilos que dominavam a cultura americana.

No final de 1960, forças competitivas iniciaram um trabalho para enfraquecer a primeira geração de cremes para alisamento dos cabelos.

De acordo com relatos, o uso consecutivo do relaxante alcalino diminuiria a resistência dos cabelos, tornando-os frágeis. O potencial de irritação do couro cabeludo e a dificuldade de enxague também foram pontos negativos identificados nessa tecnologia. Também ocorreram problemas com a estabilidade de fórmula, pois a presença do hidróxido de sódio no creme