Marketing da sustentabilidade

Na indústria cosmética

Percepção dos consumidores

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE APROVA EXIGÊNCIA DE RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE

 

Marketing da sustentabilidade

     Ao se realizar uma pesquisa rápida pela internet, é possível encontrar tipos de marketing bastante diversificados, como “marketing de guerrilha”, “marketing líquido” e “marketing dharma”. Nas últimas décadas, essas conceituações vêm se multiplicando – e promovendo, independentemente do embasamento de cada uma – um misto de banalização e complicação. Soma-se a esse cenário a associação do termo marketing a conotações negativas: usamos expressões como “é puro marketing” ou dizemos que uma pessoa é “marqueteira” quando percebemos que a imagem (de produtos, marcas, serviços ou pessoas) está descolada da realidade.

     A literatura oferece diversas definições de marketing. Na definição da American Marketing Association (de 2005), marketing é uma “função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado”. Partindo do princípio de que as estratégias de marketing precisam se adequar às mudanças na sociedade e antever tendências de comportamento, nada mais natural – considerando as transformações nos processos produtivos e no comportamento de compra dos consumidores – que o marketing se alinhe à sustentabilidade. Contudo, em que medida o discurso é coerente com o que se faz na prática?

     O conceito de sustentabilidade tem origem na expressão “desenvolvimento sustentável”. Define-se que esse tipo de desenvolvimento é aquele que supre as necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades. Nas últimas duas décadas, essa expressão deu lugar à palavra sustentabilidade, que abrange e correlaciona aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade.

     Informações sobre o uso de matérias-primas oriundas da biodiversidade e sobre os esforços das empresas para aperfeiçoar processos fabris, reutilizar recursos naturais e investir em projetos socioambientais são sempre bem-vindas. Essas informações podem colaborar para conscientizar pessoas, inspirar ações semelhantes e transformar realidades.