A vez dos Emergentes

Eles “estão podendo”

A importância da boa aparência

Muito além do preço

Ascensão em números 

Impressão in loco 

 

A vez dos Emergentes

     Cobiçado por marcas de diversos segmentos, o brasileiro emergente, membro da classe C, vive um momento ímpar. Depois de conquistar os desejados eletrodomésticos, ele se rende aos perfumes importados, começa a viajar e lustra a autoestima apostando nos cuidados com o corpo, a pele e os cabelos.

     Em uma análise mais aprofundada e a despeito de possíveis estereótipos, quem é o cidadão da classe C? Se, por um lado, a resposta a essa questão não é das mais simples, por outro há valores facilmente identificáveis no seu perfil: ele é otimista, valoriza sua origem e o trabalho árduo para transformar sonhos em realidade. Como consumidor, ele sabe que dinheiro na mão “é vendaval”, por isso investe em produtos de qualidade.

     O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) classifica as classes sociais de acordo com a renda familiar mensal. A classe E é composta pelas famílias com renda de até R$ 751 por mês. Na classe D está a parcela da população com renda familiar entre R$ 751 e R$ 1.200. As famílias com renda entre R$ 1.200 e R$ 5.174 formam a classe C. O contingente que corresponde à classe B recebe entre R$ 5.174 e R$ 6.745 por mês. As famílias cuja renda mensal ultrapassa R$ 6.745 são classificadas como classe A.

     Os brasileiros da classe C totalizam 54% da população. Nos últimos anos, fatores como a estabilização da economia, a melhora nos níveis de escolaridade e o crescimento do emprego formal trouxeram novas possibilidades para esses brasileiros. “São 110 milhões de pessoas que descobriram que agora podem tudo e movimentaram, em 2011, R$ 1,03 trilhão. É aquele cidadão que viu seu padrão de vida melhorar com o cenário econômico favorável. Pela primeira vez, ele percebeu que era possível transformar seus antigos sonhos em metas concretizáveis”, aponta o sócio-diretor do Instituto Data Popular, Renato Meirelles. O brasileiro pertencente à classe C, a chamada nova classe média, “tem TV de plasma, DVD, celular e computador, e viajou de avião pela primeira vez. E o filho acabou de ingressar na universidade”, acrescenta Meirelles.