Cosméticos preciosos
publicado em 01/04/2014
Erica Franquilino - Jornalista
Pedras semipreciosas
Cosméticos preciosos
Metais e pedras preciosas sempre fascinaram o ser humano, não apenas pela beleza, mas também pelos mistérios e mitos que os envolvem. Diz a lenda, que a rainha Cleópatra tinha o hábito de dormir com uma máscara de ouro, para manter a juventude. Séculos depois, preciosidades como ouro e diamante ainda cumprem esse papel, sendo utilizados como ingredientes de máscaras e peelings em clínicas de estética. Esses e outros metais e minerais preciosos também estão presentes nas formulações de cremes antienvelhecimento, em produtos capilares e em itens de maquiagem, dentre outras categorias.
Trata-se de um mercado com muito a crescer e a oferecer, combinando a funcionalidade ao lúdico e à sofisticação. Símbolo de pureza, riqueza e valor, o ouro vem sendo cada vez mais usado em spas e clínicas de estética para tratar pele e cabelos, e para proporcionar experiências luxuosas, restritas a um público específico.
“Pedras e metais preciosos, como ouro, prata, diamante, rubi, cobre e opala, estão inseridos no arsenal de substâncias que buscam apresentar diferenciais graças à atração que proporcionam. Essa classe de cosméticos ‘preciosos’ atende não apenas o consumidor final, mas também os profissionais (...). Eles são recomendados principalmente para tratamento e prevenção dos sinais do envelhecimento, somando um toque de glamour ao tratamento oferecido”, comenta Alessandra Scorse, docente do curso de Estética da Universidade Anhembi Morumbi.
Nos meses de abril e maio deste ano, o Sofitel Guarujá Jequitimar e o So Spa Guarujá, no litoral de São Paulo, ofereceram aos clientes – em comemoração aos 50 anos da marca Sofitel – massagens relaxantes de 30 minutos, feitas com um produto à base de pó de ouro 24 quilates, o La Crème Parfait Corps, da marca francesa Caritá. Desfrutaram do mimo os hóspedes que compraram o tratamento facial personalizado da marca (por 260 reais a hora). A massagem, informou o Sofitel, promove efeito lifting e deixa a pele “extremamente iluminada e radiante”.
O diamante é usado como microesfoliante em produtos de maior valor agregado. “Em vez de partículas baratas, os fabricantes colocam o diamante. E o preço vai à estratosfera. A manicure coloca pó de diamante na unha da cliente, esfrega e aquelas linhas das unhas desaparecem. Existe uma questão lúdica e de marketing, mas também há o componente funcional. O consumidor que vai pagar 300 dólares por um frasquinho de 30 gramas vai querer ver resultado. Tudo nesse tipo de produto vai ser caro, incluindo a embalagem, que precisa ser sofisticada”, diz o farmacêutico bioquímico e consultor Emiro Khury.
Ele aponta que, nesse segmento, o mercado de produtos para uso pessoal é bem maior do que o de itens direcionados aos profissionais. Nos procedimentos estéticos, “o ingrediente ativo é coautor, pois o trabalho do profissional tem um grande peso”, afirma. Já nos produtos finais, “os que mais crescem no mundo”, como ele ressalta, é preciso apresentar um alto valor agregado para conquistar o consumidor.
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