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Alimentos funcionais
O caminho para ter pele, unhas e cabelos bonitos e nutridos pode começar pela boca. Saiba mais sobre alimentos com propriedades funcionais, a origem do conceito e seus benefícios para a saúde
 
ET35_íntegra_Página_08.jpgAliar saúde, beleza e bem-estar é uma busca crescente na sociedade e que vem impulsionando o desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e serviços. Nesse contexto, também se torna cada vez mais forte a percepção de que, para conquistar uma aparência bela e saudável, é preciso começar pelo básico: a alimentação.
 
Com base na premissa de que somos aquilo que comemos, vegetais e frutas ganham o reforço de bebidas, iogurtes, chocolates, pães, sopas e outros tipos de alimentos elaborados com ingredientes ricos em nutrientes específicos e que contribuem para a prevenção e a redução do risco de doenças – além de proporcionarem benefícios estéticos. O mercado de alimentos funcionais se desenvolveu rapidamente nos últimos anos e apresenta um grande potencial de crescimento e de diversificação no país.
 
“Alimento funcional é qualquer alimento que tenha um impacto positivo na saúde do indivíduo e no desempenho físico e mental, adicionalmente a seu valor nutritivo intrínseco”, diz um trecho do livro Lugar de médico é na cozinha – cura e saúde pela alimentação viva (Editora Alaúde), do médico Alberto Peribanez Gonzalez. Alimentos funcionais são, portanto, alimentos ou ingredientes que, quando consumidos com regularidade, oferecem benefícios à saúde, além de suas funções nutricionais básicas. Esse tipo de alimento pode, por exemplo, reduzir o risco de doenças crônicas degenerativas – como câncer e diabetes.
 
O alimento funcional “tem uma função particular quando ingerido, podendo regular processos vitais específicos, como o aumento dos mecanismos biológicos de defesa do organismo contra influências ambientais [...] e a redução do processo de envelhecimento”, aponta o autor da obra mencionada acima. Soja e derivados, cereais integrais – como aveia, centeio, cevada e farelo de trigo –, tomate, uva, couve-flor, cenoura,brócolis, linhaça e leite fermentado são exemplos de alimentos considerados funcionais. A cenoura, por exemplo, é rica em betacaroteno, um pigmento antioxidante que diminui o risco de câncer e de doenças cardiovasculares.
 
Alguns autores restringem a conceituação de alimentos funcionais aos elementos que ocorrem naturalmente e não sinteticamente. No entanto, grande parte dos pesquisadores considera que alimentos funcionais podem: ser naturais e não-modificados; ter a adição ou a subtração de componentes para proporcionar benefícios; ter um componente substituído por outro, com atributos mais favoráveis; ou apresentar combinações entre essas características.
 
Aos olhos do consumidor, contudo, pode haver distorções. Um alimento enriquecido, por exemplo, não é um alimento funcional. As alegações de propriedade funcional “estão relacionadas ao papel metabólico ou fisiológico que um nutriente ou não-nutriente tem no crescimento, no desenvolvimento, na manutenção e em outras funções do organismo. Isso significa que estes alimentos contêm ingredientes que podem auxiliar, por exemplo, na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos e na proteção das células contra os radicais livres”, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).