A trajetória do aerosol | Primeiras descobertas | Popularização dos aerosóis

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Rumo ao crescimento | Cenário externo | Formulação para aerossol

Particularidades e limitações | A importância das válvulas

Mudanças no mercado nacional de propelentes

 

A trajetória do aerosol

a_trajetória_do_aerosol.png     Aerosóis têm como característica marcante a praticidade e a eficiência. Empregados em vários setores, agregam valor a determinadas categorias de produtos, tornando-as mais atraentes para o consumidor. Ao permitirem uma micropulverização que não pode ser obtida por outros meios, aumentam o rendimento do produto e facilitam sua utilização. Saiba mais sobre a trajetória do aerosol e seu desenvolvimento na indústria.

     Atualmente, a indústria do aerosol engloba a produção de produtos cosméticos, de higiene pessoal, farmacêuticos, veterinários, domissanitários, medicinais, automotivos, alimentícios, de defesa pessoal, dentre outros segmentos.

     O que é aerosol? Trata-se de um sistema no qual uma embalagem pressurizada contém a mistura de dois fluídos: o produto (desodorante, tinta, inseticida, creme ou espuma de barbear, dentre vários outros) e o gás propelente. Nessa forma de aplicação, o produto é composto por finas partículas, suspensas no gás propelente. Este, por sua vez, é a substância capaz de impulsionar o produto para fora do recipiente. Em síntese, a válvula é o dispositivo responsável por promover a mistura no interior da embalagem. Quando a válvula é pressionada, a combinação de produto e gás é liberada para a atmosfera, sob a forma de um spray.

 

Primeiras descobertas

     A patente desse tipo de embalagem foi requerida pela primeira vez em 1862, pelo norte-americano John Lynde. Ele desenvolveu uma válvula para liberar líquidos gaseifi cados de garrafas. Após algumas décadas, em 1893, o cientista belga Frederick Swarts efetuou a primeira síntese dos clorofluorcarbonetos (CFC). Meio século depois, esses compostos orgânicos se tornariam o fundamento essencial da indústria de aerosóis.

     No período de 1862 a 1940, foram registradas várias patentes relacionadas ao aerosol. Essas patentes foram revelando muitos dos aspectos fundamentais dos aerosóis, como as vantagens de seu uso, os tipos de formulações, os gases propelentes, os sistemas de válvulas e outras variantes que permitiram obter partículas cada vez menores – a exemplo da câmara de expansão no sistema da válvula (atuador).

     Em 1899, os cientistas alemães H. Helbing e G. Pertech desenvolveram um método para a produção de um spray, cujo acionamento produzia jatos finos de soluções de goma, resinas, nitrocelulose, dentre outros materiais, suspensas em cloreto de metila ou cloreto de etila. O calor produzido pelas mãos ao segurar o frasco fazia que o cloreto de metila provocasse pressão suficiente para que a solução fosse expelida, por meio de um fino orifício. O principal objetivo da invenção era permitir a aplicação de uma fina e uniforme camada de produto, do tipo colódio, na pele.primeiras_descobertas.png

     Charles Gebauer, sócio de seu irmão Theophil na Gebauer Chemical Company (criada em 1899, na Alemanha) é reconhecido como o criador de um dos primeiros recipientes para aerosol a ser comercializado. Apostando na importância do mecanismo de expansão da câmara para produzir um spray mais fino, patenteou, em 1901, um tubo de metal “resselável” para manter e descarregar líquidos voláteis, como o cloreto de etila.

     No ano seguinte, aperfeiçoou o recipiente, melhorando o controle sobre o grau de abertura da válvula. Em 1903, Benjamin Moore obteve a patente de um atomizador de perfumes que utilizava o dióxido de carbono como propelente. A pressão do dióxido de carbono forçava a solução do perfume para a parte superior do tubo de imersão e, por meio do bocal, a solução era disparada.