Admirável esmalte novo

Desde a Antiguidade

Números e inovações do segmento

Formulação de esmaltes

Inovação em pigmentos 

 

Admirável esmalte novo

     O esmalte é para todas. As prateleiras oferecem imensa diversidade de opções, num universo democrático que abrange desde as tradicionais marcas brasileiras até as coleções de grifes internacionais. Da concorrência acirrada surge uma profusão de cores, efeitos e acabamentos, cada vez mais inusitados. Atualmente, o mercado brasileiro de esmaltes de unha é o segundo maior do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. A criatividade das coleções, os dados de consumo nos últimos anos e a chegada de novas marcas - incluindo as oriundas de outras categorias – demonstram a força desse segmento.

 

Desde a Antiguidade

     Cerca de 3500 a.C., os egípcios cultivavam o hábito de pintar as unhas e os dedos com um preparado à base de hena. As cores dessa mistura variavam entre vermelho, rosa e preto e demonstravam a distinção entre as classes sociais: apenas as rainhas podiam pintar as unhas de vermelho, enquanto o restante das mulheres tinha de usar cores claras.

     Na China, os tons mais exuberantes também eram reservados à realeza. Por volta de 600 a.C., a pintura das unhas das chinesas era feita com uma espécie de verniz, elaborado com ingredientes como goma arábica, clara de ovos, gelatina, cera de abelhas e pétalas de flores. O vermelho era a cor reservada à família real. Para conseguir nuances metálicas, soluções de metais (como ouro e prata) eram adicionados a essa mistura.

     Já no período do Império Romano, o costume era polir as unhas com materiais abrasivos, em vez de pintá-las. Durante a Idade Média, as unhas eram adornadas com óleos rosados e perfumados. Cremes e pomadas completavam os cuidados. O pudor e o rigor estético do período não permitiam o uso de cores mais fortes. As unhas eram mantidas curtas.

     A trajetória dos primórdios do esmalte permaneceu estagnada por um longo período. No início do século 19, as mulheres ainda mantinham suas unhas curtas, moldadas com o uso de lima e recobertas por óleo essencial perfumado. Algumas inovações chegaram a partir de 1830, como os palitinhos de madeira que empurravam a cutícula para trás (antes disso eram usados instrumentos de metal, tesouras e até ácido para remover as cutículas) e os primeiros salões de manicure.

     No início do século 20 surgiram os primeiros esmaltes de unha transparentes, aplicados com pincel feito de pelos de camelo, e que não duravam mais do que um dia nas unhas. Persistia o costume de usar pós e cremes coloridos para massagear as unhas, que depois eram polidas para ficar brilhantes. Na primeira década daquele século, revistas para o público feminino incentivavam as mulheres a cuidar de suas unhas em casa.