Pet care
publicado em 01/04/2020
Erica Franquilino - Jornalista
Legislação
Pet care
Shampoos, condicionadores, sabonetes, cremes desembaraçantes e perfumes fazem parte do arsenal de produtos para a higiene e o embelezamento de animais de estimação disponíveis no mercado. A oferta e a diversificação desse tipo de produto cresceram atreladas às mudanças comportamentais da sociedade ocorridas nas últimas décadas. Em estruturas familiares cada vez mais enxutas, animais como cães e gatos ganharam status de membros da família.
De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), atualmente existem aproximadamente 37,1 milhões de cães e 21,3 milhões de gatos no Brasil. Além desses animais, há 26,5 milhões de peixes e 19,1 milhões de aves. Outros animais somam 2,17 milhões, totalizando 106,2 milhões de pets. O Brasil ocupa a quarta colocação mundial em população total de animais de estimação e a segunda em cães e gatos.
José Edson de França, presidente executivo da Abinpet, estima um crescimento de 8,2% no faturamento do setor de produtos para pets em 2014, o que equivale à cifra de R$ 16,5 bilhões. Em 2013, o setor faturou R$ 15,2 bilhões, 7,3% a mais na comparação com 2012. Esses números, que excluem a receita dos criadouros, abrangem os segmentos de pet food (alimentação), o mais expressivo de todos, de pet care (equipamentos, acessórios e produtos para higiene) e de pet vet (medicamentos veterinários). O segmento de pet care corresponde a cerca de 7,9% do mercado pet no país.
“Hoje, o mercado pet já representa 0,34% do PIB brasileiro. De acordo com as previsões [para 2014], globalmente o Brasil permanecerá em segundo lugar, atrás dos Estados Unidos (30,9%). Em terceiro lugar está o Reino Unido (7%), seguido por França (5,8%) e Alemanha (5,7%). O faturamento mundial deverá ser de US$ 98,4 bilhões”, diz França.
Para ele, o crescimento desse mercado está relacionado ao reconhecimento dos benefícios proporcionados pela interação entre humanos e animais para a saúde de ambos. “Atualmente, os animais de estimação, além de parte da família, são considerados fundamentais em tratamentos terapêuticos e em políticas de inclusão social. As pesquisas sobre os efeitos terapêuticos da relação entre seres humanos e animais de estimação começaram nos Estados Unidos em meados de 1960. Depois de muitos estudos e muita observação, ficaram claros os benefícios dessa interação. É importante ressaltar que, no Brasil, ainda não há a devida atenção para esses estudos”, destaca.
A Abinpet mantém o Grupo de Estudos Interação Humano e Animal (GE-INTERHA), cujo objetivo é fomentar pesquisas que demonstrem a importância dos animais de estimação para a qualidade de vida das pessoas. “Essa convivência é capaz de melhorar a autoestima dos donos, diminuir problemas do coração, auxiliar a família na diminuição do estresse, na queda da pressão em hipertensos e, principalmente, de melhorar a interação social. Em estudo realizado recentemente, ficou comprovado que, em geral, as famílias que têm animais de estimação gastam menos com remédios”, diz França.
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