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Conclusão

 

O Sol é essencial para a vida na Terra. Contudo, a exposição excessiva aos raios solares pode causar diversos prejuízos à saúde dos seres humanos – desde eritemas até câncer de pele. Para prevenir ou reduzir esses efeitos, torna-se necessária a utilização de filtros solares, que são substâncias capazes de absorver ou refletir a radiação ultravioleta. ¹

O espectro solar que atinge a superfície terrestre, após ser atenuado pelas camadas atmosféricas, é formado predominantemente pela radiação ultravioleta (UV), extremamente energética, que é dividida em radiação ultravioleta A (UVA), longa; ultravioleta B (UVB), mediana; e ultravioleta C (UVC), curta.

A radiação UVA, menos energética, estende-se de 320 a 400nm e ocorre durante todo o dia, provocando danos mais leves e crônicos. Caracteriza-se por não produzir eritema, por apresentar fraca ação bactericida, por ser pigmentógena e por ser responsável pelo bronzeamento imediato e de curta duração. Já a radiação UVB, que se estende de 290 a 320nm, ocorre predominantemente entre 10 e 14 horas e causa danos agudos, como queimaduras, é eritematógena, promove o bronzeamento tardio, é de longa duração e responsável pela transformação do ergosterol em vitamina D. A radiação UVC (mais energética), que se estende de 100 a 290nm, é absorvida pela atmosfera, na camada de ozônio. ²

Dependendo da intensidade, da frequência e das características individuais, a exposição aos raios solares pode resultar em diversos benefícios aos seres humanos, como bem-estar físico e mental, síntese de vitamina D, tratamento de icterícia etc. Contudo, a radiação solar pode causar inúmeros prejuízos ao organismo, caso a exposição ao Sol seja demasiada e realizada sem a proteção adequada.¹ Diversos estudos epidemiológicos apontam que a exposição à radiação ultravioleta (UV) é o principal agente etiológico do câncer cutâneo, especialmente se for excessiva e ocorrer durante a infância e a adolescência. A incidência do câncer de pele vem crescendo rapidamente nas últimas décadas, superando até mesmo os cânceres de mama, de próstata e de pulmão, tornando-se um grande problema de saúde pública, uma vez que interfere na qualidade de vida da população. ³

No Brasil, de acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele ocupa o primeiro lugar entre todos os tipos de câncer e o número de casos tende a aumentar em todo o território nacional. Portanto, é extremamente importante a ampliação de estudos relacionados à obtenção de novas substâncias fotoprotetoras, priorizando o desenvolvimento de fotoprotetores mais eficazes em relação ao amplo espectro de radiação eletromagnética. ³

Em 1928, nos Estados Unidos, surgiu o primeiro filtro solar comercialmente disponível – uma emulsão contendo benzil-salicilato e benzil-cinamato. Nos anos subsequentes, entretanto, pouca atenção foi dada a agentes fotoprotetores sendo seu uso bastante restrito. Em 1943, o ácido para-aminobenzoico (PABA) foi patenteado como primeiro filtro solar estabelecido, marcando uma nova etapa da fotoproteção. Somente durante a década de 1970 a popularização dos fotoprotetores ocorreu,