Fornecimento Sustentável
Óleos Sustentáveis e Funcionais
Conclusões

 

A maioria dos óleos naturais é formulada para pele ou cabelos por sua sensação, consistência e emoliência. Porém, muitas vezes, subestimamos o valor que esses óleos agregam à fisiologia da pele por causa de suas características químicas (desde seu perfil, com ácidos graxos, até seu conteúdo em vitaminas, polifenóis etc.). O uso de óleos naturais em produtos de cuidado pessoal tem sido limitado não apenas por causa de sua estabilidade contra a oxidação, o que leva à rancificação e à instabilidade das formulações finais, mas também em função de sua cor, seus odores e seus custos. Para que se perceba uma diferença sensorial é preciso utilizar grande quantidade desses óleos, levando em consideração as limitações citadas. Por causa dessas limitações, juntamente com os problemas comuns de falta de perfis de segurança para a pele, e pelo fato de os materiais não serem refinados, a indústria tem sido compelida a investir em óleos sintéticos, que são mais estáveis, inertes e mais baratos, e muitos apresentam excelentes propriedades sensoriais. Contudo, a crescente demanda do mercado por alternativas naturais vem forçando as marcas a continuar considerando o uso de óleos naturais em suas formulações.

Em anos recentes, cresceram as formulações contendo óleo de jojoba ou de abricó. As fórmulas à base de misturas de óleos exóticos naturais vêm se tornando populares, e linhas de cosméticos com óleo de argan (mais recentemente óleo de baobá) estão chegando ao mercado com certa frequência. A crescente presença de óleos naturais em produtos acabados está pressionando os departamentos de marketing e de P&D para que questionem os fornecedores quanto à comprovação dos benefícios mencionados no claim desses óleos, embora esses apelos estejam baseados em informações de uso tradicional e raramente sejam suportados por evidência científica. Já do lado dos fornecedores, a alta demanda do mercado forçou os