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Desde os primórdios

desde_os_primórdios.png     As primeiras grandes civilizações da humanidade deixaram provas da existência de cuidados com a saúde e a higiene pessoal. Entre achados arqueológicos da Mesopotâmia, por exemplo, estão placas de argila usadas pelos sacerdotes com tratados médicos que ressaltavam a importância do asseio corporal. Nas origens dos nossos hábitos de higiene também estão os rituais que relacionavam a limpeza do corpo à pureza do espírito. Ao longo dos séculos, a concepção de limpeza foi se transformando, sob a influência do contexto social, do clima, da religiosidade e dos costumes de cada período. Nessa trajetória, muita (às vezes pouquíssima) água rolou até que os hábitos de higiene e produtos para sua manutenção se tornassem parte do cotidiano.

     Nesse breve passeio histórico, merecem atenção especial os hábitos compartilhados pelos egípcios, que influenciariam tantas outras civilizações. Num período tão distante, 2000 a.C., eles já se lavavam cerca de três vezes ao dia e dispunham – para enfrentar o clima arenoso e de calor escaldante – de costumes e produtos que mantinham a limpeza e a beleza do corpo.

     No Egito antigo, nas casas dos mais privilegiados havia salas para banho, onde eram banhados por seus escravos, com a água que era despejada de uma bacia – a banheira só se tornou conhecida entre os egípcios depois da dominação romana. Como sabão era utilizada uma mistura perfumada, à base de cinzas ou argila. Poções combinavam óleos vegetais, gorduras animais e sais alcalinos, para manutenção do asseio ou tratamento de doenças de pele.

     Os menos abastados também mantinham práticas cotidianas de higiene, banhando o corpo em rios e canais. Sol e areia queimavam a pele, ressecando-a a tal ponto, que propiciava o surgimento de doenças. Para se proteger, as pessoas (incluindo os soldados, mesmo durante as guerras) untavam diariamente o corpo e os cabelos com óleos e gorduras, que também eram usados como base para cremes e pomadas.

     Essas misturas grudentas eram incrementadas com aromas marcantes, que foram se popularizando por todo o Mediterrâneo. Naqueles tempos, era comum e elegante participar de uma festa usando um cone de pomada perfumada no alto da cabeça, sob a peruca: com o passar das horas, a pomada ia derretendo e escorrendo pelo corpo todo, exalando perfume.