Métodos Rápidos para Análise Microbiológica
publicado em 27/04/2020
Gisele Takahashi Tomazella, Patrícia Santos Lopes, Vânia Rodrigues Leite e Silva
Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas, Universidade Federal de São Paulo – Unifesp, Diadema SP, Brasil
O controle microbiológico é essencial para que a indústria cosmética possa garantir a segurança de seus produtos. Este artigo tem por objetivo mostrar, por meio de uma pesquisa de caráter bibliográfico, os métodos rápidos de análise microbiológica que podem ser aplicados em produtos cosméticos.
The microbiological control is essential for the cosmetic industry to ensure the safety of its products. This article aims to show, through a bibliographical research, the rapid methods of microbiological analysis that can be applied to cosmetic products.
El control microbiológico es esencial para la industria cosmética para garantizar la seguridad de sus productos. En este artículo se pretende mostrar, a través de uma investigación bibliográfica, los métodos rápidos de análisis microbiológico que se puede aplicar a los productos cosméticos.
Objetivo
Metodologia
Resultados e Discussão
Métodos Rápidos de Análise Microbiológica
Conclusão
No Brasil, a responsabilidade de controlar a fabricação e a importação de todos os produtos cosméticos é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vinculada ao Ministério da Saúde.1
O mercado brasileiro de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) vem crescendo em ritmo acelerado nos últimos anos e vários fatores têm contribuído para isso. Entre eles, destacam-se: a participação da mulher brasileira no mercado de trabalho, a utilização de alta tecnologia e o consequente aumento da produtividade.2
Os produtos que são expostos ao consumo e apresentam problemas de estabilidade organoléptica, físico-química e/ou microbiológica, além de descumprirem os requisitos técnicos de qualidade, podem colocar em risco a saúde do consumidor, o que configura infração sanitária. A contaminação microbiana é uma das principais causas de “recall” de produtos no mundo, particularmente nos países tropicais em desenvolvimento.3,4
Por meio do cumprimento das Boas Práticas de Fabricação e Controle e da utilização de sistemas conservantes adequados, pode-se garantir a estabilidade microbiológica do produto e diminuir possíveis riscos ao consumidor. Logo, testes microbiológicos devem ser realizados para que se comprove o atendimento aos parâmetros de controle microbiológico para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, conforme foi estabelecido pela Resolução nº 481, de 23 de setembro de 1999.5
Tradicionalmente, as análises microbiológicas baseiam-se nos métodos de detecção visual de uma grande população de micro-organismos, como colônias individualizadas em uma placa com meio de cultivo ou um caldo de meio de cultura turvo.
Atualmente, não há legislação que preveja expressamente a obrigatoriedade de as indústrias cosméticas terem seu próprio laboratório de controle de qualidade. De acordo com a legislação vigente, é permitido ao fabricante de produtos de HPPC
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2. Abihpec - Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Anuário Abihpec 2010. 2 ed., Public Projetos Editoriais, São Paulo, 116, 2011
3. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia de estabilidade de produtos cosméticos. 1 ed. Brasília, 52, 2004 4. Campana R et al. Microbiological study of cosmetic products during their use by consumers: health risk and efficacy of preservative systems. Letters in applied microbiology 43:301–306, 2006
5. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 481, de 23 de setembro de 1999. Estabelece Parâmetros de Controle Microbiológico para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. Brasília, 2005
6. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 176, de 21 de Setembro de 2006. Aprova o Regulamento Técnico “Contratação de Terceirização para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes”. Brasília, 2006
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