Controle de Qualidade da Vitamina C em Produtos Acabados
publicado em 28/04/2020
Letícia Caramori Cefali, Hérida Regina Nunes Salgado, Vera Lúcia Borges Isaac
Faculdade de Ciências Farmacêuticas – Unesp, Araraquara SP, Brasil
A vitamina C é vulnerável à degradação oxidante e, por isso, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica sobre o controle de qualidade da vitamina C em produtos acabados. Foi constatado que emulsões múltiplas e produtos contendo material encapsulante são capazes de protegê-la da oxidação, garantindo sua eficácia.
Vitamin C is vulnerable to oxidative degradation and then the aim of this study was conducting a literature review about quality control of vitamin C in finished products. The conclusion is determined multiple emulsions and products which contain encapsulant materials are able to protect it from oxidation ensuring its efficacy.
La vitamina C es vulnerable a la degradación oxidante y el objetivo del estudio fue realizar una revisión sobre el control de calidad de los productos terminados com vitamina C. Si encontró que las emulsiones múltiples y productos com encapsulantes son capaces de proteger de la oxidación y asegurar su eficacia.
Vitamina C
Degradação da vitamina C
Uso da vitamina C em formulações
Controle de qualidade da vitamina C em formulações
Vitamina C em fórmulas farmacêuticas sólidas
Vitamina C em suco de frutas
Conclusão
A vitamina C ou ácido ascórbico é uma substância hidrossolúvel, termolábil e existente em frutas cítricas e vegetais.1,2,3 É essencial para seres humanos, agindo como antioxidante e varredor de radicais livres e nutrindo as células, protegendo-as de danos causados pelos oxidantes, da mesma forma que o alfatocoferol, o betacaroteno e o licopeno.4,5
Para garantir a segurança e a eficácia de formulações farmacêuticas é necessário realizar seu controle de qualidade físico-químico e microbiológico. Em relação ao controle de qualidade microbiológico de produtos não estéreis, nos quais se admite a presença de carga microbiana limitada, o objetivo imediato dessa análise é comprovar a ausência de micro-organismos patogênicos e determinar o número de micro-organismos viáveis. Isso porque uma carga microbiana elevada pode comprometer a estabilidade do produto e, consequentemente, pode haver perda da eficácia terapêutica.6,7
O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sobre estudos relacionados ao uso e ao controle de qualidade, empregados em produtos acabados contendo vitamina C.
Para visualizar o restante do artigo faça seu login ou então se cadastre gratuitamente e acesse todo o conteúdo disponível.
1. KL Keller, NA Fenske. Uses of vitamins A, C and E and related compounds in dermatology: a review, J Am Acad Dermatol 39(4):611- 625, 1998
2. AM Maia, MV Robles, V De Paola, ME Ribeiro, VO Consiglieri. Ação das vitaminas antioxidantes em cosméticos, Revista Racine 65:52-60, 2001
3. SR Pinnell. Vitamina C Tópica, Revista de Cosmiatria & Medicina Estética 3(4):31-36, 1995
4. H Padh. Vitamin C: never insights into its biochemical functions, Nutrition Reviews 49(3):65–70, 1991
5. H Sies, W Stahl. Lycopene: A biologically important carotenoid for humans?, Biochem Biophys 336(1):1-9, 1996
6. AAS Andrade, MCB Arantes, JR Paula, MTF Bara. Análise microbiológica de matérias primas e formulações farmacêuticas magistrais. Revista Eletrônica de Farmácia 2(2):38-44, 2005
7. TJA Pinto, TM Kaneko, MT Ohara. Controle biológico de qualidade de produtos farmacêuticos, correlatos e cosméticos, Atheneu, São Paulo, 2000
8. RMF Figueiredo. Caracterização físico-química do suco e pó de acerola (Malpighia punicifolia L.) (tese). Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, 1998
9. A Raffo. Seasonal variations in antioxidant components of cherry tomatoes (Lycopersicon esculentum cv. Naomi F1). J Food Comp Anal 19:11-19, 2006
10. AV Silva, SGC Fonseca, PSD Arrais, EV Francelino. Presença de excipientes com potencial para indução de reações adversas em medicamentos comercializados no Brasil. Rev Bras Cienc Farm 44(3):397-405, 2008
11. DL Tanaka. Influência da desidratação por spray drying sobre o teor ácido ascórbico no suco de acerola (Malpighia ssp) (dissertação). Araraquara, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, 2007
12. RW Welch, YA Wang, JB Crossman Jr, KL Park, M Kirk. Accumulation of vitamin C (ascorbate) and its oxidized metabolite dehydroascorbic acid occurs by separate mechanisms. J Biol Chem 270(21):12584-12592, 1995
13. H Halliwell, JMC Gutteridge. The antioxidants of human extracelular fluids. Arch Biochem Biophys 280:1-8, 1990
14. Y Shindo, E Witt, D Han, L Packer. Dose-response effects of acute ultraviolet irradiatation on antioxidants and molecular markers of oxidation in murine epidermis and dermis. J Invest Dermatol 102:470-475, 1994
15. D Darr, S Combs, S Dunston, T Manning, S Pinnell. Topical vitamin C protects porcine skin from ultravioleta radiation-induced damage. J Dermatol 127(3):247-253, 1992
16. MM Azulay, CAM Lacerda, MA Perez, AL Filgueira, T Cuzzi. Vitamina C. An Bras Dermatol 78(3):265-274, 2003
17. P Humbert. Topical vitamin C in the treatment of photoaged skin. Eur J Dermatol 11(2):172-173, 2001
18. HS Lee, CS Chen. Rates of vitamin C loss and discoloration in clear orange juice concentrate during storage at temperature of 4-24ºC. J Agric Food Chem 46:4723–4727, 1998
19. HS Lee, GA Coates. Vitamin C in frozen, fresh squezees, unpasteurized, polyethylene-bottled, orange juice: a storage study. Food Chem 65:165–168, 1999
20. E Arena, B Fallico, E Macarrone. Evaluation of antioxidant capacity of blood orange juice as infl uenced by constituents, concentration process and storage. Food Chem 74:423–427, 2001
21. SR Tannenbaum, VR Archer, MC Young. Vitamins and minerals. In: Fennema OR. Food Chemistry, 2a edição, Marcel Dekker, New York, 1985
22. K Zerdin, ML Rooney, J Vermue. The vitamin C content orange juice packed in an oxygen scavenger material. Food Chem82:387–389, 2003
23. JF Kennedy, ZS Rivera, LL Lloyd, FP Warner, K Jumel. Lascorbic acid stability in aseptically processed orange juice in Tetra Brik cartons and the effect of oxygen. Food Chem 45(5):327–331, 1992
24. R Kawati. Pesquisa e extensão sobre a cultura da acerola no Estado de São Paulo. In: Simpósio Brasileiro sobre Acerola no Brasil, Vitória da Conquista, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 1995
25. JF Gregory. Vitamins. In: Fennema OR. Food Chemistry, 3a edição, Marcel Dekker, New York, 1996
26. AC Polydera, NG Stoforos, PS Taoukis. Quality degradation kinetics of pasteurized and high pressure processed fresh navel Orange juice: nutritional parameters and shelf life. Innov. Food Sci Em Tech 6(1):1–9, 2005
27. GL Robertson, CML Samaniego. Effect of initial dissolved oxygen levels on the degradation of ascorbic acid and the browning of lemon juice during storage. J Food Sci 51:184–186, 1986
28. O Solomon, U Svanberg, A Sahlstrom. Effect of oxygen and fluorescent light on the quality of orange juice during storage at 8ºC. Food Chem 53(4):363–368, 1995
29. Anvisa, Utilização de Vitamina C em Produtos Cosméticos. Online. Disponível em: www.anvisa.com.br. Acesso em 29 jul 2009
30. R Austria, A Semenzato, A Bettero. Stability of Vitamin C Derivatives in Solution and Topical Formulations. J Pharm Biomed Anal 15:795-801, 1997
31. M Gallarate, ME Carlotti, M Trotta, S Bovo. On the stability of ascorbic acid in emulsifi ed systems for topical and cosmetic use. Int J Pharm 188:233-241, 1999
32. KB Dalcin, SR Schaffazick, SS Guterres. Vitamina c e seus derivados em produtos dermatológicos: aplicações e estabilidade. Caderno de Farmácia 19(2):69-79, 2003
33. GH Dahms, M Tagawa. Novel multiple phase emulsions for stable incorporation of vitamin C derivatives and enzymes. In: International Federation Societies of Cosmetic Congress, Sydney, IFSCC Congress, 1996
34. N Arnejo, MC Garcia, V Lorenzo. Obtención de emulsiones múltiples W/S/W y su utilización como vehículo de vitamina C. In: Congreso Latinoamericano y Ibérico de Químicos Cosméticos, Buenos Aires, Colamiqc 2001
35. P Špiclin, M Homar, A Zupan-Valant, M Gasperlin. Sodium ascorbyl phosphate in topical microemulsions. Int J Pharm 256:65-73, 2003
36. APLB Zambon, BG Chiari, JDD Moraes, LC Cefali, MA Correa, VLB Isaac, RG Peccinini. Influência do alpha lipoic acid na estabilidade de emulsões O/A contendo filtros solares. In: 23º Congresso Brasileiro de Cosmetologia, São Paulo, Associação Brasileira de Cosmetologia, 2009
37. Anvisa. Guia de estabilidade de produtos cosméticos, Núcleo de Assessoramento em Comunicação Social e Institucional, Brasília, 2004
38. Farmacopéia Brasileira. 4ª edição, Atheneu, São Paulo, 1988
39. USP 31. The United States Pharmacopeia. 31a edição, The United States Pharmacopeial Convention, Rockville, 2008
40. HC Ansel, NG Popovich, LV Allen Junior. Farmacotécnica: formas farmacêuticas e sistema de liberação de fármacos. 6ª edição, Premier, São Paulo, 2000
41. JA Silva. Tópicos da tecnologia dos alimentos, Livraria Varela, São Paulo, 2000
42. M Buck. A guide to pharmaceutical excipients (Inert Ingredients). Pediatr Pharmacother 2(9):1-5, 1996
43. A Alishahi, A Mirvaghefi , MR Tehrani, H Farahmand, SA Shojaosadati, FA Dorkoosh, MZ Elsabee. Shelf life and delivery enhancement of vitamin C using chitosan nanoparticles. Food Chem 126(3):935-940, 2011
44. JS Rosa, RLO Godoy, JO Neto, RS Campos, MCP Araujo, RG Borguini, S Pacheco, VM Matta. Estudo da taxa de degradação de vitamina C em sucos de frutas. In: 3° Simpósio de Segurança Alimentar, Florianópolis, Sociedade Brasileira de Ciências e Tecnologia de Alimentos do Rio Grande do Sul, 2010
45. F Yamashita, MT Benassi, AC Tonzar, S Moriya, JG Fernandes. Produtos de acerola: estudo da estabilidade de vitamina C. Ciênc Tecnol Aliment 23(1):92-94, 2003
46. I Van Bree, JM Baetens, S Samapundo, F Devlieghere, R Laleman, I Vandekinderen, B Noseda, R Xhaferi, B De Baets, B De Meulenaer. Modelling the degradation kinetics of vitamin C in fruit juice in relation to the initial headspace oxygen concentration. Food Chem 134(1):207-214, 2012
Deixar comentário
Para comentar é preciso fazer login no sistema.