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Discussão
Conclusão

 

Bidens pilosa L. (Asteraceae), conhecida popularmente como picão-preto ou carrapicho-de-picão, caracteriza-se como uma erva de pequeno porte, que apresenta folhas verdes brilhantes e produz pequenas flores amarelas e frutos pretos. Distribui-se amplamente pela Floresta Amazônica e em outras áreas tropicais, como as demais partes da América do Sul, da África, do Caribe e das Filipinas. Em alguns países, dada sua alta ocorrência, é considerada como erva daninha.1-6

Historicamente, o picão-preto apresenta vasta aplicação. Nas diversas regiões da Amazônia, o picão-preto é utilizado popularmente para o tratamento da febre aftosa, angina, diabetes, desordens menstruais, diversos tipos de hepatite, laringites, constipação intestinal e processos inflamatórios internos e dermatológicos. Além disso, é comumente utilizada na medicina fitoterápica peruana como adjuvante no tratamento de hepatite, conjuntivites, abscessos, infecções fúngicas e prevenção da perda de peso repentina em crianças.7-9 No Brasil, por sua vez, utilizasse a planta para alívio da febre, malária, obstrução hepática e demais desordens biliares, diabetes, tonsilite, desordens vaginais e infecções.10-12 Externamente, extratos de picão-preto são utilizados para o tratamento de feridas, infecções micóticas, úlceras diabéticas, picadas de insetos e hemorroidas.13-14

O picão-preto tem sido objeto de recentes pesquisas científicas que suportam suas aplicações na medicina fitoterápica e na popular. Diferentes grupos de pesquisa têm demonstrado o potencial anti-inflamatório e imunomodulador de Bidens pilosa, especialmente por meio de suas capacidades de inibir a produção de citocinas pró-inflamatórias e de impedir a síntese de prostaglandinas e a atividade de ciclo-oxigenase induzida.1-5,15 Pesquisas recentes também demonstram que extratos obtidos