Adaptação de Métodos de Teste de FPS para a Densidade de Filtros Solares Minerais
publicado em 04/05/2020
Paul G. McCormick
Universidade de Western Australia, Crowley, Austrália
A espessura da camada de um protetor solar é fundamental para o seu FPS. Contudo, as regulações atuais especificam taxas de aplicação para testes as quais são medidas em massa por área, em vez de volume por área. Essa alteração subestima significativamente os valores de FPS de protetores solares minerais, devido à sua maior densidade, quando comparados com os FPS de seus homólogos correspondentes orgânicos. Por essa razao, películas mais finas estão sendo testadas, como será mostrado aqui.
A sunscreen layer´s thickness is critical to its SPF. However, current regulations specify a mass application rate for testing, rather than a volumetric application rate. This significantly underrates the SPF values of mineral sunscreens due to their higher densities since, compared with their relative organic counterparts, thinner films are being tested, as will be shown here.
Un espesor de la capa de protector solar es fundamental para su FPS. Sin embargo, las normativas vigentes especifican tasas aplicación para pruebas que son medidas en masa por área, en lugar de volumen por área. Esta alteración subestima significativamente los valores de FPS de filtros solares minerales debido a su densidad mayor, cuando comparados con el FPS de sus homólogos orgánicos correspondientes. Por eso, películas más finas se encuentran em evaluación, como se muestra aquí.
Análise
Espessura da Película e FPS
Discussão
Conclusões
Sabe-se que a aplicação típica de um filtro solar baseia-se no volume, não na massa. Por exemplo, o Conselho Australiano do Câncer recomenda que adultos apliquem cerca de meia colher de chá de filtro solar na face, no pescoço e nas orelhas; uma colher de chá em cada braço e cada perna; uma colher de chá nas costas; e outra no peitoral.1 Entretanto, ao avaliar a eficácia dos filtros solares, o teste é realizado com base na massa, não no volume, como padrão de aplicação. Por exemplo, no teste de FPS in vivo e UVA in vitro, as especificações exigem que o filtro solar seja aplicado em camadas de massa por unidade de área.2-5 Tendo em vista que a atenuação da radiação solar incidente por meio de uma camada de filtro solar, em determinado comprimento de onda, depende diretamente da espessura da camada (ver quadro Lei de Beer), e não da massa aplicada por unidade de área; esse procedimento é incorreto e não tem base científica.
O motivo para adotar um padrão de teste baseado na massa em vez de no volume é histórico. Até recentemente, quase todos os filtros solares usavam apenas absorvedores orgânicos para atenuar a radiação UV. Esses produtos, invariavelmente, apresentavam densidades próximas a 1 g/cm3. Com densidade 1, a taxa de aplicação de 2 mg/cm2 é especificada para teste in vivo de FSP, pelos diversos corpos regulatórios,2,4 e corresponde à taxa de aplicação volumétrica de 2 ml/cm2 e a uma película com espessura uniforme de 20 micra. No passado, em muitos estudos6-9 e na Food and Drug Administration (FDA)10 ainda são usados 2 ml/cm2 e 2 mg/cm2 de modo intercambiável, mesmo referindo-se à espessura, em unidades de mg/cm2.
Recentemente, porém, começaram a entrar no mercado filtros solares minerais transparentes, com alta densidade de ingredientes ativos inorgânicos, apresentando densidades acima de 1 g/cm3.
Por exemplo, na Austrália há um mercado em rápido crescimento de filtros solares contendo óxido de zinco 20/25% p/p. Um filtro solar contendo 20% de óxido de zinco apresenta densidade aproximadamente 21% maior que a de um filtro solar orgânico típico.
Este artigo demonstra que o uso de taxa de aplicação baseada em massa, para testar FPS in vivo, subestima significantemente o FPS de filtros solares contendo altas cargas de ativos UV inorgânicos, especialmente de óxido de zinco. Além disso, o artigo confirma a ideia de uma taxa de aplicação volumétrica para testes de FPS in vivo ou, alternativamente,
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