Análise
Espessura da Película e FPS
Discussão
Conclusões

 

Sabe-se que a aplicação típica de um filtro solar baseia-se no volume, não na massa. Por exemplo, o Conselho Australiano do Câncer recomenda que adultos apliquem cerca de meia colher de chá de filtro solar na face, no pescoço e nas orelhas; uma colher de chá em cada braço e cada perna; uma colher de chá nas costas; e outra no peitoral.1 Entretanto, ao avaliar a eficácia dos filtros solares, o teste é realizado com base na massa, não no volume, como padrão de aplicação. Por exemplo, no teste de FPS in vivo e UVA in vitro, as especificações exigem que o filtro solar seja apLEI DE BEER.pnglicado em camadas de massa por unidade de área.2-5 Tendo em vista que a atenuação da radiação solar incidente por meio de uma camada de filtro solar, em determinado comprimento de onda, depende diretamente da espessura da camada (ver quadro Lei de Beer), e não da massa aplicada por unidade de área; esse procedimento é incorreto e não tem base científica.

O motivo para adotar um padrão de teste baseado na massa em vez de no volume é histórico. Até recentemente, quase todos os filtros solares usavam apenas absorvedores orgânicos para atenuar a radiação UV. Esses produtos, invariavelmente, apresentavam densidades próximas a 1 g/cm3. Com densidade 1, a taxa de aplicação de 2 mg/cm2 é especificada para teste in vivo de FSP, pelos diversos corpos regulatórios,2,4 e corresponde à taxa de aplicação volumétrica de 2 ml/cm2 e a uma película com espessura uniforme de 20 micra. No passado, em muitos estudos6-9 e na Food and Drug Administration (FDA)10 ainda são usados 2 ml/cm2 e 2 mg/cm2 de modo intercambiável, mesmo referindo-se à espessura, em unidades de mg/cm2.

Recentemente, porém, começaram a entrar no mercado filtros solares minerais transparentes, com alta densidade de ingredientes ativos inorgânicos, apresentando densidades acima de 1 g/cm3.

Por exemplo, na Austrália há um mercado em rápido crescimento de filtros solares contendo óxido de zinco 20/25% p/p. Um filtro solar contendo 20% de óxido de zinco apresenta densidade aproximadamente 21% maior que a de um filtro solar orgânico típico.

Este artigo demonstra que o uso de taxa de aplicação baseada em massa, para testar FPS in vivo, subestima significantemente o FPS de filtros solares contendo altas cargas de ativos UV inorgânicos, especialmente de óxido de zinco. Além disso, o artigo confirma a ideia de uma taxa de aplicação volumétrica para testes de FPS in vivo ou, alternativamente,