Potencial Alérgico de Conservantes Cosméticos
publicado em 06/05/2020
Marilucia Rita Pereira, Thaís De Lucca Machado, Angela Erna Rossato, Indianara Reynaud Toreti Becker, Juliana Lora
Curso de Farmácia, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma SC, Brasil
Os conservantes estão no grupo de matérias-primas cosméticas que mais causam reações alérgicas aos consumidores. Este artigo traz uma revisão bibliográfica de estudos realizados com conservantes e seu potencial alergênico, buscando uma classificação do conservante de maior para o de menor probabilidade de causar uma dermatite alérgica de contato.
Preservatives are among the group of cosmetic raw materials that mostly cause allergic reactions to consumers. This article presents a review of studies conducted with preservatives and their allergenic potential seeking a classification from the higher to the lower preservative probability of causing an allergic contact dermatitis.
Los conservantes son parte del grupo de materias primas cosméticas que más causan reacciones alérgicas a los consumidores. En este artículo se presenta una revisión de los estudios realizados acerca de conservantes y su potencial alergénico, en busca de una clasificación de la más alta a la menor probabilidad de un conservante causar una dermatitis alérgica de contacto.
Metodologia
Resultados
Discussão
Conclusão
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 211, de 14 de julho de 2005, define cosméticos como “preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano: pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado”. A RDC nº 335, de 22 de julho de 1999, da Anvisa, também classifica os produtos cosméticos de acordo com o risco que seu uso oferece ao consumidor: grau de risco I, produtos com risco mínimo; e grau de risco II, produtos com risco potencial.
As indústrias de cosméticos brasileiras vêm crescendo muito nos últimos anos, de acordo com o Panorama do Setor 2010, da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), a indústria brasileira apresentou crescimento médio anual de 10,6% nos últimos 13 anos. O faturamento líquido de imposto sobre vendas, que era de R$ 4,9 bilhões em 1996, passou para R$ 21,7 bilhões em 2008. Entre as características dessa indústria estão: a necessidade contínua de realizar pesquisas em toda a cadeia produtiva e a introdução de inovações em suas linhas de produtos. Uma de suas preocupações, hoje, é evitar reações indesejáveis decorrentes do uso de um produto.
Praticamente todas as pessoas realizam alguma forma de higiene na vida diária, a partir de itens comuns, como: sabonete, creme dental e desodorante. Apesar de esses produtos serem considerados seguros, algumas pessoas apresentam reações adversas após seu uso. Isso porque os cosméticos, em geral, permanecem em contato com a pele por longos períodos de tempo, favorecendo as reações alérgicas e a sensibilização que as numerosas substâncias químicas contidas nos cosméticos
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