Materiais e Métodos
Resultados
Discussão
Conclusão

 

A história da fotoestabilidade dos protetores solares está relacionada à maneira como esses produtos funcionam. Os “personagens principais” desse mecanismo são os fótons e os elétrons. Os “palcos” são muito pequenos e os “atos” extremamente curtos. Tomemos, por exemplo, um fóton UVB com comprimento de onda de 300nm (3000 Å). Se imaginarmos um fóton como um objeto circular e seu comprimento de onda como o diâmetro, é possível calcular o tempo necessário para o fóton passar sob um ponto no espaço, ao dividir seu diâmetro, 3x103 Å, por sua velocidade (velocidade da luz, c ou 3 x 1018 Å/s). Portanto, a breve jornada de um fóton de 300nm leva apenas 10-15  segundos ou seja, um femtossegundo (um milésimo de trilionésimo de segundo) para ser concluída.

Agora, considere a interação de um fóton com um único elétron ocupando um orbital não ligante (n) ou π (pi) em uma molécula orgânica. O papel principal do elétron é utilizar toda a energia do fóton para saltar para um orbital de energia superior. Essa transição inicial para um orbital de energia superior leva a molécula a passar do seu estado de energia basal a um estado energizado/excitado, conhecido como estado singlete. Nesse processo, o fóton desaparece completamente, sendo esse um estado de curtíssima duração, pois são necessários apenas 10-15 segundos para que a transferência de fótons ocorra. Uma vez que esse processo tenha sido bem-sucedido, o elétron mudará seu papel e aparentará agir mais de maneira