Materiais e Método
Análise dos Resultados
Resultados e Discussão
Conclusão

 

As emulsões são úteis em produtos cosméticos já que possuem uma aparência elegante, sendo agradáveis ao toque e ao olho humano, e se apresentam como uma fase homogênea.

Emulsões cosméticas são preparações farmacêuticas obtidas pela dispersão de duas fases imiscíveis, ou seja, são misturas relativamente estáveis de água e componentes oleosos com a presença de um emulsificante.1

São muito utilizadas em cosméticos para aplicação tópica, assim como em preparações farmacêuticas2 e em suas fases podem ser incorporados ativos hidrossolúveis e/ou lipossolúveis, dependendo de suas características e dos efeitos desejados.3

Do ponto de vista médico/cosmético, a emulsão não deve ser irritante, não deve degradar e tem que ser compatível com princípios ativos e aditivos especiais.3

A hidrofilia ou lipofilia da fase dispersante classifica a emulsão em: água-emóleo (A/O), que contém água como fase dispersa sob a forma de pequenas partículas na fase oleosa, e óleo-em-água (O/ A), em que a emulsão é composta pela dispersão de material oleoso/graxo na fase aquosa.

Segundo a Farmacopéia Americana (USP, 1990) estabilidade é definida como a amplitude na qual um produto mantém, dentro de limites especificados, as mesmas propriedades e características que possuía quando de sua fabricação, durante seu período de armazenamento e de uso.

A instabilidade física das emulsões é causada pela separação das fases, promovendo mudança considerável na aparência, viscosidade, densidade, redispersabilidade e “performance” do produto. Pode ainda ocorrer a instabilidade química com alterações dos valores de pH, hidrólise de tensoativos, umidade, contaminação microbiana, tamanho da partícula e processos fotoquímicos.4,5

Qualquer componente presente na fórmula, ativo ou não, pode afetar a estabilidade de uma emulsão. Variáveis relacionadas à formulação, ao processo de fabricação, ao material de acondicionamento e às condições ambientais e de transporte também podem influenciar. Conforme a origem, essas alterações podem ser classificadas como extrínsecas (determinadas por fatores externos) ou intrínsecas (quando determinadas por fatores inerentes à formulação).4

Uma emulsão está exposta a fatores externos como tempo (envelhecimento do produto), temperatura (altas e baixas acelerando reações físico-químicas), luz e oxigênio (reações de óxido-redução), umidade (alteração de volume, peso e aspecto) microrganismos (contaminação), além do material de acondicionamento (embalagens plásticas ou de vidro, bambonas transparentes). Os fatores internos ou intrínsecos estão relacionados com a incompatibilidade química (alteração de pH, reações de óxido-redução, reações de hidrólise, interação entre os componentes da formulação e estes ao material da embalagem). 4

No preparo de emulsões, as bases autoemulsionantes mais utilizadas são a aniônica, que além de ser muito usada é muito antiga, representada pela Lanette Wax N (marca da Cognis) composta por álcool cetoestearílico e cetil estearil sulfato de sódio; e a não-iônica, também muito utilizada, conhecida como Polawax NF (marca da Croda) composta por álcool cetoestearílico e monoestearato de sorbitano polioxietileno 20, sendo estas as bases preferidas pela boa estabilidade que apresentam.6

Na área cosmética não existe nenhum protocolo oficial padronizando os testes de estabilidade, pois estes devem ser adequados aos objetivos