Tornando Verde a Química do Cuidado Pessoal
publicado em 11/05/2020
James H. Clark e Louise Summerton
Green Chemistry Centre of Excellence, University of York, York, Reino Unido
Pressões econômicas múltiplas, do legislativo e dos consumidores estão forçando um inusitado nível de mudanças na fabricação de compostos e desenvolvimento de produtos químicos. Neste artigo, os autores examinam os propulsores de mudanças e oportunidades em todo o ciclo de vida do produto para a adoção da química verde e sustentável, incluindo o uso de recursos renováveis, métodos de sínteses mais limpos e produtos “mais verdes”.
Multiple economic, legislative and customer pressures are forcing an unprecedented level of change in chemical manufacturing and the design of chemical products. The authors examine the drivers for change and opportunities across the product lifecycle for green and sustainable chemistry including the use of renewable resources, cleaner synthesis methods and greener products.
Las múltiples presiones económicas, legislativas y del cliente están forzando un nivel sin precedente de cambio en la fabricación de los ingredientes químicos y en el diseño de los productos químicos. Los autores examinan los conductores para el cambio y las oportunidades a través del ciclo vital de producto para la química verde y sostenible incluyendo el uso de recursos renovables, de métodos más limpios de la síntesis y de productos más verdes.
Química Verde
Fontes Renováveis
Síntese Limpa
Produtos mais Verdes
Neste século XXI, os desafios para as indústrias que utilizam processos químicos, entre as quais as fabricantes de produtos para o cuidado pessoal, são tão grandiosos quanto os enfrentados por quase todas as áreas industriais.1 A indústria química, que vem sendo competente no fornecimento de diversificada pauta de componentes intermediários e formulações fortemente baseadas em matérias-primas de baixo do custo extraídas do petróleo, encontra-se, agora, sob pressão para modificar seu modus operandi. Os propulsores das mudanças afetam todos os aspectos da produção, especialmente as matérias-primas, os processos de fabricação e a escolha das características-chave dos produtos (Figura 1).
Embora o impacto das elevações do preço do petróleo sobre os custos de transporte e dos combustíveis recebam grande publicidade, os efeitos sobre outras indústrias dependentes do petróleo e sobre seus usuários, na cadeia de fornecimento, recebem menos atenção da mídia. Algo, em torno de 20% do petróleo utilizado pela União Européia, é canalizado para a fabricação de compostos químicos, como matéria-prima e energia, e mais de 90% dos produtos químicos orgânicos usados atualmente, derivam do petróleo.
Como se não bastasse o problema de elevação dos custos, a indústria vem enfrentando problemas de confiabilidade no fornecimento, devido à crescente demanda por regiões como, por exemplo, a China. Quando, em 2005, o preço do fenol, importante componente petroquímico, triplicou esse salto financeiro foi atribuído tanto à elevação dos preços do petróleo quanto à crescente demanda pelas indústrias do Oriente.
As indústrias químicas também tiveram de encarar um clima de aperto da legislação nos últimos 10 anos, e muitas empresas tiveram de “arrumar a casa”, reduzindo os níveis de poluição e melhorando seus cuidados com a saúde e a segurança no trabalho. Assim mesmo, as pressões continuam crescendo, com os custos da energia subindo rapidamente, e com as restrições sobre a armazenagem e o descarte de lixo perigoso, o que dificulta a concorrência com novas fábricas do Oriente.
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