Atualmente, é irrefutável a evidência de que a caspa é uma forma menor de dermatite seborréica, devido à infecção pitirospórica.

1. A caspa está associa a ao Pityrosporum ovale, existindo correlação entre a gravidade clínica e o número de microorganismos.

2. Qualquer uma, de uma série de drogas não relacionadas entre si, cujo único atributo comum é a capacidade de eliminar o pitirosporo, remove o microorganismo e cura a afecção.

3. A afecção é restabelecida pela reintrodução do microorganismo obtido a partir de culturas.1

As observações de que a caspa evolui para dermatite seborréica, de que ambas as lesões coexistem e podem ser indistinguíveis, e de que ambas respondem similarmente aos mesmos agentes antifúngicos são todas evidências claras de que a caspa é uma manifestação menor da dermatite seborréica.2

Há mais de um século, Malassez propôs a etiologia fúngica, e muitos experimentos, alguns básicos e mais elaborados, empreendidos nos vinte e cinco anos seguintes, deram sustentação a esta hipótese sob razoável controvérsia. Entretanto, tais evidências foram ignoradas ou rejeitadas e suplantadas pela teoria hiperproliferativa, apesar da precariedade técnica e conceitual desta última.

Não há dúvidas de que a redescoberta da antiga, e correta, etiologia pitirospórica teria ocorrido, mais cedo ou mais tarde, a partir da observação de pacientes tratados de moléstias outras com os agentes anti-fúngicos modernos. O atual ressurgimento contudo, ocorreu por motivos totalmente diversos.

Em 1980, escrevi a várias companhias produtoras de produtos cosméticos e de toucador, com intenção de levantar fundos para o estudo laboratorial da função feromonal das glândulas sebáceas.

Em resposta, uma delas solicitou que eu pesquisasse a hipótese proliferativa da caspa, comumente aceita. Tendo eu sugerido