Desenvolvimento de Sistemas Preservantes para Cosméticos
publicado em 01/08/1990
D S Orth, PhD e S R Milstein, PhD
The Andrew Jergens Co., Cincinnatik, OH, Estados Unidos
O desenvolvimento de sistemas preservantes e a comprovação de sua eficácia são partes essenciais da documentação de segurança de produtos cosméticos. Os testes de eficácia, que determinam a concentração mínima de preservantes eficaz para um determinado produto, são de muita importância para a proteção do consumidor, garantindo que não haverá reações adversas, nem deterioração do produto e nem elevação do custo do produto por excesso de preservante. Tomando como referencial uma loção contendo gel de Aloe Vera com seis preservantes, alguns dos quais, embora necessários à preservação do gel de Aloe Vera, poderiam ser desnecessários à preservação do produto final, esse artigo revisa os passos do desenvolvimento racional de sistemas preservantes para produtos cosméticos.
Desenvolvimento Racional
Crescimento e Morte dos Micróbios
Microrganismos de Importância em Cosméticos
Componentes da Fórmula que contribuem para o Sistema Preservante
O Preservante Ideal
Desenvolvimento Racional de Sistemas Preservantes
Validação de Métodos de Teste
Aplicação da Regressão Linear
Testes de eficácia preservante são parte essencial da documentação de segurança de produtos cosméticos. Tais testes têm por objetivo a determinação do tipo e da concentração eficaz mínima de preservante necessário à proteção satisfatória do produto desde a fabricação até a sua utilização final pelo consumidor. Embora os testes de eficácia preservante sejam feitos em várias etapas do desenvolvimento de uma fórmula, a fórmula final deve ser submetida a testes para comprovar a sua segurança e estabilidade microbiológica.
Estes testes são importantes para a aceitação do produto pelo consumidor, considerando as seguintes razões: 1) o uso do preservante inadequado ou em quantidade insuficiente permitirá o crescimento microbiano, o que irá alterar as características do produto (por exemplo, cor, odor, viscosidade etc.), ou torná-lo prejudicial ao consumidor; 2) o uso de quantidade excessiva de preservante pode ocasionar reações adversas na pele (isto é, irritação ou sensibilização de contato), que desagradam ao consumidor; e 3) o uso de preservantes em quantidades muito grandes eleva o custo do produto, custo este que necessariamente será repassado ao consumidor1.
Assim, os testes são feitos para garantir que os cosméticos sejam microbiologicamente seguros e estáveis, além de esteticamente agradáveis e,
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