Material e Métodos
Celulose natural e partículas de referênciaFormulações exfoliantesCaracterização morfológica das partículas de celulose Validação da biodegradabilidadeTestes de eficácia de abrasão e limpeza

Resultados
Caracterização de SEM | Biodegradabilidade | Eficácia da abrasão | Eficácia da limpeza

Discussão

Sumário

 

Vivemos em uma era em que os oceanos estão poluídos por resíduos plásticos. De acordo com a literatura, em 2050, poderá haver três vezes mais plásticos do que peixes nos oceanos.1-4 Partículas microfinas de plástico são levadas pelas águas servidas que vão para os mares e fazem parte da nossa cadeia alimentar. Isso ocorre porque, com dimensões inferiores a 5 mm, as partículas são muito pequenas para que sejam efetivamente removidas pelas instalações de tratamento de águas servidas. Quase todas essas partículas não são biodegradáveis e podem representar perigo para a vida marinha.

O potencial de risco dos microplásticos pode ser caracterizado, principalmente, pelas preocupações a seguir. Primeiramente, os microplásticos podem atrair toxinas ambientais devido às características de sua superfície. Em sua vida útil, as superfícies das partículas plásticas tornam-se ásperas, passando a agir praticamente como ímãs para outras substâncias perigosas que estão presentes no meio ambiente.5 Se essas toxinas e micropartículas plásticas forem ingeridas por organismos marinhos e depois liberadas em seus sistemas gastrointestinais, esses organismos podem sofrer efeitos negativos, como alterações de tecidos, reações inflamatórias, impactos toxicológicos, lesões internas e até mesmo sua morte.6 Em segundo lugar, as características morfológicas das próprias partículas podem representar ameaças.7 

Com base nesses riscos e nas preocupações do consumidor, o uso de micropartículas plásticas, ou seja, de microesferas de