Ativos Fotoprotetores em Produtos de Proteção Solar Comercializados no Brasil
publicado em 06/04/2020
J da Silva Favero, P Lopes de Lima, R Dall Agnol, V Weiss Angeli
Laboratório de Farmacotécnica e Cosmetologia, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul RS, Brasil
O uso de fotoprotetores é imprescindível para a saúde da pele. Foram avaliados rótulos de protetores solares comercializados no Brasil quanto à sua composição. Identifi caram-se 17 fi ltros orgânicos e 2 físicos. O octocrylene e o butyl methoxy dibenzoil methane foram as substâncias mais frequentes. Constatou-se que até 8 filtrosestavam associados em um mesmo produto. Todas as substâncias mencionadas nosrótulos são permitidas pela legislação em vigor.
The use of sunscreen is indispensable for the healthy skin. Sunscreens labels of sun protection products, available in the market in Brazil, were analyzed according to their composition. 17 organic fi lters and 2 inorganic fi lters were identified. Octocrylene and butyl methoxy dibenzoil methane were the most frequent. In this search, it was constated that up to 8 fi lters were associated in the same product. All the substances are allowed by actual Brazilian cosmetics regulation.
El uso de protector solar es indispensable para la piel sana. Las etiquetas de los productos de protección solar, disponibles en el mercado en Brasil, se analizaron según su composición. Se identifi caron 17 fi ltros orgánicos y 2 filtros inorgánicos. Los más frecuentes fueron otocrylene y butyl methoxy dibenzoil methane. En esta búsqueda, se constató que hasta 8 fi ltros estaban asociados en el mismo producto. Todas las sustancias están permitidas por la normativa actual de cosméticos de Brasil.
Materiais e Métodos
Resultados e Discussão
Conclusão
A maior parte do território brasileiro encontra-se entre o trópico de Capricórnio e a linha do Equador, o que caracteriza o Brasil como uma região que recebe um dos maiores índices de radiação solar no mundo ao longo de todo o ano.1 Essa condição eleva o risco de desenvolvimento de envelhecimento precoce e de diversas doenças de pele, como tumores malignos e benignos e imunossupressão, que são consequência da exposição crônica à luz solar.2 No Brasil, o câncer de pele representa o maior número de casos novos (30%) de neoplasias, estimados para o ano de 2016.3 Somente no ano de 2014, o melanoma e outras neoplasias malignas de pele foram responsáveis pela morte de 3.433 pessoas.4
A radiação solar que chega à superfície terrestre é composta de radiação infravermelha (percebida em forma de calor), de luz visível (caracterizada pelas diferentes cores do espectro solar) e de radiação ultravioleta (UV), percebida pelas reações fotoquímicas.
A radiação UV é a de menor comprimento de onda e de maior energia, portanto é capaz de penetrar o tecido cutâneo e causar vários danos à pele. Essa radiação é dividida em três faixas de comprimento de onda: UVA, que abrange a faixa de 320 nm a 400 nm; UVB, que abrange a faixa de 290 nm a 320 nm; e UVC, que abrange a faixa de 100 nm a 280 nm. A luz
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