Vamos simplificar?
Mas e se falarmos em cuidados com a pele?
Conheça alguns produtos em alta no mercado da beleza quando o assunto são prebióticos
Colaboraram com esta matéria

 

 
Em época de vírus no ar, que tal conhecermos um pouco melhor as bactérias que nos fazem bem? 

Quando falamos em nutrição, duas palavras logo vêm à nossa cabeça: probióticos e prebióticos. Está na internet, todo mundo fala, imaginamos que podem ser benéficos, mas será que sabemos o que são, como agem no nosso organismo e qual a importância dessas bactérias chamadas “do bem”?

Em primeiro lugar, precisamos entender e diferenciar os termos.

Probióticos são micro-organismos vivos que, em quantidades adequadas, agem no corpo facilitando a digestão e a absorção de nutrientes, conferindo benefícios à saúde e fortalecendo a imunidade. São as bactérias boas vivas existentes em nosso organismo que protegem, equilibram e melhoram nossa atividade celular, combatendo os micro-organismos patogênicos, ou seja, aqueles causadores de doenças. Esses micro-organismos atuam promovendo um aumento das bactérias boas no intestino, impedindo o crescimento daquelas más.

Os prebióticos são substâncias responsáveis por estimular o crescimento ou a atividade de bactérias benéficas preexistentes no indivíduo, por exemplo a inulina e a arabinose. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os prebióticos são componentes alimentares não-digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro pelo estímulo seletivo da proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis no cólon. Os prebióticos são encontrados em alguns leites e fórmulas lácteas, na banana, cebola, alcachofra e cereais integrais.

 

Vamos simplificar?

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“De forma didática, os probióticos são os organismos vivos (bactérias e leveduras geralmente) benéficos para nossa saúde, sejam eles aplicados na pele ou mesmo ingeridos. Já os prebióticos são um grupo de alimentos que auxiliam na seleção natural e reprodução dos prebióticos”, explica Rangel César dos Santos, Gerente de PCP da Melhor Indústria e Comércio de Cosméticos.

 

 

 

Segundo Samara Eberlin, Farmacêutica, Mestre em Fisiopatologia Médica e Doutora em Farmacologia pela Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP, a microbiota, também conhecida como flora intestinal, pode ser alterada dependendo do tipo de dieta aplicada. Por exemplo, a ingestão de probióticos como as bifidobactérias - presentes em iogurtes, ou do prebiótico inulina, um polissacarídeo da frutose que estimula o crescimento de bifidobactérias, são essenciais para a saúde intestinal, pois estimulam os movimentos peristálticos. O consumo de probióticos também é favorável no controle de infecções recorrentes do trato urinário feminino.

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“Outros exemplos dos benefícios dos probióticos são: melhora a digestão da lactose, reduz os sintomas da intolerância à lactose, reduz o pH intestinal e o colesterol, favorece a produção de vitamina B e melhora a biodisponibilidade do cálcio”, complementa Samara.

 

 

 

 

Os nomes não são muito fáceis, mas vale a pena conhecer os mais usados na indústria:

Os prebióticos mais conhecidos e mais frequentemente estudados são os frutanos do tipo inulina, incluindo a inulina nativa, a oligofrutose e os fruto-oligossacarídeos sintéticos (FOS). Outros exemplos são galacto-oligossacarídeos (GOS), arabinose, rafinose, lactulose, pirodextrinas, oligossacarídeos de soja e xilo-oligossacarídeos. Esses ingredientes podem ser extraídos de fontes naturais, como raiz de chicória, tubérculos de dália, alcachofra, yacon, agave, alho, cebola, aspargos, alho-poró, linhaça e soja, bem como no leite materno e leite de vaca, segundo Samara.